Panorama
 
 
 

PESQUISA COMPROVA QUE MUDANÇAS CLIMÁTICAS ALTERAM DOENÇAS NA AGRICULTURA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

(07/08/2008) Joanicy Brito - A vulnerabilidade da agricultura com relação à ocorrência de doenças de plantas é um assunto estratégico para o Brasil e as mudanças climáticas certamente vão alterar o atual cenário dos problemas fitossanitários da agricultura no País. O alerta é da pesquisadora do Laboratório de Microbiologia Ambiental da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e professora do curso de pós-graduação da Universidade Estadual Paulista (Unesp/Botucatu), Raquel Ghini, uma das coordenadoras do livro Mudanças climáticas: impactos sobre doenças de plantas no Brasil, que será lançado no dia 15 de agosto, às 19h30, no auditório A, durante a programação da 20ª Bienal de São Paulo.

Segundo ela, as modificações na importância relativa das doenças das culturas podem ocorrer em algumas décadas. “Os impactos econômicos, sociais e ambientais podem ser positivos, negativos ou neutros, pois as mudanças climáticas podem diminuir, aumentar ou não ter efeito sobre os diferentes problemas fitossanitários, em cada região”, diz.

A pesquisadora explica para a elaboração do livro que aborda o assunto foram usados mapas, obtidos a partir de dados climáticos dos cenários futuros do Brasil, disponibilizados pelo terceiro relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Todo o material foi entregue e analisado por renomados fitopatologistas de diversas instituições públicas e privadas, com a finalidade de discutir as alterações na incidência de problemas fitossanitários de importantes culturas do País.

Os primeiros capítulos da publicação, editada pela Embrapa Informação Tecnológica, descrevem a metodologia adotada e a caracterização do clima em cenários futuros. Dividido por culturas, incluindo doenças de hortaliças (batata, tomate, pimentão e melão), de grãos (arroz, cereais de inverno, milho e soja) e outras de fundamental importância para o País (bananeira, cana-de-açúcar, cafeeiro, citros, seringueira e eucalipto), o livro discute também os impactos potenciais sobre a incidência de fitonematóides, sobre o controle biológico e químico de doenças de plantas, assuntos que carecem de informações na literatura nacional e internacional.

A obra constitui um avanço nos trabalhos sobre os impactos das mudanças climáticas na agricultura e certamente direcionará a pesquisa sobre o assunto no País. O livro contou com a participação da pesquisadora Emília Hamada, da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e de uma equipe interdisciplinar de especialistas das áreas de fitopatologia e geoprocessamento, responsável pelo desenvolvimento da metodologia usada na abordagem do tema.

Raquel Ghini
Graduada em Agronomia (1981), Raquel Ghini tem mestrado (1984) e doutorado em Fitopatologia (1988) pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo, e pós-doutorado pela Universidade de Torino (Itália, 1995). Há 23 anos é pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, no Laboratório de Microbiologia Ambiental e é credenciada como professora do curso de pós-graduação da Universidade Estadual Paulista (Unesp)/Botucatu, onde dá aula na disciplina “Mudanças climáticas e proteção de plantas”.

Tem experiência na área Fitopatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: mudanças climáticas globais, solarização do solo, patógeno de solo, controle físico e biológico. Desenvolveu um equipamento denominado “coletor solar”, para desinfestação de substrato em substituição ao brometo de metila. O equipamento é utilizado por diversos produtores comerciais de mudas de plantas. Há seis anos, dedica-se ao estudo dos impactos das mudanças climáticas sobre doenças de plantas.

É autora de três livros, 51 artigos em periódicos, 32 capítulos de livros, orientou quatro dissertações de Mestrado e duas teses de Doutoramento. Atualmente, lidera um projeto de pesquisa em rede, intitulado “Impactos das mudanças climáticas globais sobre problemas fitossanitários”.
Cristina Tordin
Embrapa Meio Ambiente

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Solo e água em debate no Rio de Janeiro

(07/08/2008) - Reprodução - O Hotel Glória, na cidade do Rio de Janeiro, abriga entre os dias 10 e 15 de agosto, a XVII Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água (RBMCSA). O congresso que aborda esses dois temas fundamentais para o meio ambiente – solo e água – é um dos primeiros eventos científicos do país a neutralizar suas emissões de carbono.

Em parceria com três ONGs fluminenses foi construído um viveiro com mil mudas de espécies da Mata Atlântica em Teresópolis (RJ). O papel utilizado na Reunião é todo reciclado e cada um dos mais de 800 participantes receberá sua caneca, economizando milhares de copos de plástico.

A conferência de abertura, na segunda(11), às 9h, recebe o pesquisador candense Julian Dumanski, que falará sobre conservação do solo ao redor do mundo. Julian é professor na Universidade de Saskatchewan (Canadá) e consultor do Banco Mundial com experiência em uso sustentável da terra.

Já na terça (12), às 17h30, o presidente da Embrapa, Silvio Crestana, vem ao Rio de Janeiro para lançar o livro Instrumentação Avançada em Ciência do Solo.

A mostra Solos na Escola, que acontece paralela ao evento, vai exibir livros, painéis e material didático de diversas instituições, tais como USP, UFPR, Universidade Federal de Viçosa (MG) e Departamento de Recursos Mineirais (DRM).

O objetivo do evento é ser um ponto de encontro de discussões técnico-científicas sobre o estado-da-arte, das perspectivas de avanços científicos e do delineamento de alternativas para a conservação do solo e da água no Brasil, face às mudanças ambientais. Pretende-se contribuir com o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, capaz de atender demandas crescentes pela produção de alimentos, energia e fibras, bem como pela manutenção de serviços ambientais.

No último dia do evento acontece excursão técnica pelo estado do Rio de Janeiro, onde serão expostas situações referentes às práticas de manejo e conservação do solo e da água.

O evento é organizado pela Embrapa Solos (RJ), Embrapa Agrobiologia (RJ), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e promovido pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.
Carlos Dias

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Encontro aborda recuperação de áreas degradadas

(07/08/2008) Práticas simples, de baixo custo, para o preparo de área sem o uso do fogo, com base em conceitos agroecológicos que resultam na recuperação de áreas degradadas, dão o tom do dia de campo que acontece nesta quinta-feira (7) na comunidade São Benedito, no município paraense de Bonito.

O encontro técnico é promovido pela Embrapa Amazônia Oriental (Belém/PA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Durante o evento, agricultores familiares e técnicos de extensão rural vão poder trocar informações sobre manejo da mandioca, uso de leguminosas para formação de palhada, plantio direto agroecológico, condições do solo e preservação ambiental com os pesquisadores Otávio Manoel Nunes Lopes e Eduardo Jorge Maklouf, responsáveis pelas pesquisas na área.
De acordo com Otávio Lopes, o plantio direto agroecológico em pequenas propriedades é uma tecnologia sem precedentes, inovadora, “pois o sistema de plantio direto utilizado no Brasil costuma ser aplicado à agricultura empresarial e não à familiar".

Os experimentos de solo e plantio direto foram conduzidos dentro do projeto “Indicadores de degradação e de sustentabilidade para diferentes sistemas tradicionais e alternativos de uso da terra na Amazônia”, que integra o Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil - PPG7.

PROSA RURAL E DCTV

O plantio direto agroecológico desenvolvido pelo pesquisador Otavio Lopes foi tema Este ano de um Prosa Rural, o programa de rádio da Embrapa, e também de um Dia de Campo na TV (DCTV), o programa de televisão da Embrapa. Ambos foram realizados pela Embrapa Informação Tecnológica (SCT) em parceria com a Embrapa Amazônia Oriental.
O Prosa Rural sobre o tema, com 15 minutos de duração, pode ser ouvido diretamente do sítio do SCT (www.sct.embrapa.br).

Chega-se ao link localizando-se a grade de programação 2008 do Prosa Rural para a região Norte. O programa foi disponibilizado ao público na terceira semana de março, com o título “Plantio direto com preservação ambiental na pequena propriedade”. O DCTV “Plantio Direto Agroecológico”, com uma hora de duração, foi ao ar ao vivo no dia 23 de maio último e cópias em DVD podem ser adquiridas por meio da Livraria Virtual da Embrapa.
Izabel Drulla Brandão

 
 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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