Panorama
 
 
 

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA É O PRINCIPAL PROBLEMA DA AMAZÔNIA, DIZ MANGABEIRA UNGER

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

1 de Agosto de 2008 - Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil - Marcello Casal Jr./Abr - Brasília - O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, fala a emissoras de rádio, no estúdio da Empresa Brasil de Comunicação, sobre o Plano Amazônia Sustentável (PAS) e a Estratégia Nacional de Defesa
Brasília - O ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos e coordenador do Plano Amazônia Sustentável (PAS), Roberto Mangabeira Unger, afirmou hoje (2) que a regularização fundiária é o problema número um da Amazônia brasileira.

Ele adiantou ainda que pretende organizar uma campanha nacional “para que toda a nação exija uma solução imediata para o problema da insegurança da terra na região”.

“Sem tirar a Amazônia da situação de insegurança jurídica em que se encontra – ninguém sabe quem tem o quê – não avançaremos em nada mais”, avaliou, ao participar de entrevista a emissoras de rádio nos estúdios da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

De acordo com o ministro, a tarefa do governo para resolver a questão fundiária na região se resume em três pontos. O primeiro, segundo ele, é que o Estado “tome conta do que é seu”, controlando com mais efetividade o domínio das terras públicas. “E para controlá-las é preciso, em primeiro lugar, conhecê-las”.

Outra questão é equiparar as organização federais e estaduais responsáveis por regularizar as terras no país. Mangabeira Unger ressaltou que já está discutindo “alternativas radicais” para reconstruir o sistema administrativo responsável pela situação fundiária da Amazônia. Sem entrar em detalhes, ele criticou o desempenho do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na região.

“O Incra é uma organização que não tem os meios suficientes para desempenhar sua tarefa na Amazônia e que tem responsabilidades múltiplas, de reforma agrária e de assentamento. Precisamos focar, na Amazônia, a regularização fundiária. Vou ficar insistindo nisso dia e noite.”

O último ponto, segundo o ministro, é uma mudança no próprio conteúdo da legislação brasileira quanto à regularização de terras. Para ele, nenhum dos grandes países que enfrentaram “um problema fundiário dessa dimensão” conseguiu resolver a questão sem simplificar as leis. “Nós não seremos uma exceção. Temos que organizar um caminho largo e rápido da posse inseguro para a propriedade plena.”

Em referência ao desmatamento na Amazônia, Mangabeira Unger destaca que o processo se dá por meio da invasão de terras públicas e ainda pela falta de alternativas voltadas aos pequenos produtores que atuam nas zonas de transição entre a floresta e o Cerrado. Ele acredita que essas pessoas, muitas vezes, se tornam “uma linha de frente involuntária da devastação”, quando deveriam ser convertidas em “um cinturão protetor da floresta”. “Para isso, precisam ter alternativas de produção que sejam economicamente viáveis e ambientalmente seguras.”

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Mangabeira Unger nega presença de guerrilheiros das Farc em território brasileiro

1 de Agosto de 2008 - Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil - Marcello Casal Jr./Abr - Brasília - O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, fala a emissoras de rádio, no estúdio da Empresa Brasil de Comunicação, sobre o Plano Amazônia Sustentável (PAS) e a Estratégia Nacional de Defesa
Brasília - Após denúncia publicada pela revista colombiana Cambio de que a suposta presença de membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Brasil teria chegado "às mais altas esferas do governo”, o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos e coordenador do Plano Amazônia Sustentável (PAS), Roberto Mangabeira Unger, negou que guerrilheiros estejam em território nacional.

“Não há presença das Farc na região. As nossas Forças Armadas têm sido muito eficazes em assegurar a integridade das nossas fronteiras. Mas é verdade que a Amazônia é a nossa maior preocupação de defesa hoje”, disse, em entrevista a emissoras de rádio no estúdio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

De acordo com a agência argentina Telam, a revista colombiana Cambio divulga que dirigentes políticos, militares e membros da Justiça brasileira manteriam contato com a guerrilha.

Ainda segundo informações publicadas pela revista, foram encontrados no correio eletrônico de Raúl Reyes – o número dois das Farc morto por tropas colombianas durante operação em território equatoriano – os nomes de cinco ministros, de um procurador-geral, de um assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de cinco deputados, de um conselheiro e de um juiz.

A publicação cita, entre outros nomes, o do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, da deputada distrital Érika Kokay (PT-DF) e de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, além do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, do assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia e do ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Paulo Vannuchi.

Mangabeira Unger comentou sua visita a Manaus ontem (31) e avaliou que o Brasil, começa uma “grande discussão civil e militar” a respeito dos problemas de defesa das fronteiras. Ele destaca que o país é o “mais pacífico” entre as grandes nações do mundo, mas que é preciso "ser escudo contra as agressões, as ameaças e as tentativas" de intimidação.

Ele negou ter criticado o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) e disse apenas que, durante a visita, tentou compreender os recursos disponíveis no país.

“A defesa da Amazônia passa pelo monitoramento e pela mobilidade. Não podemos estar onipresentes em nosso vasto território e nas nossas imensas fronteiras. Uma das minhas preocupações é superar nossa dependência da tecnologia estrangeira na visualização do nosso território. Precisamos ter um canal que esteja 100% sobre nosso próprio controle.”

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Governadores querem instalação de comissão gestora do Plano Amazônia Sustentável

8 de Agosto de 2008 - Da Agência Brasil - Brasília - A instalação imediata de uma comissão gestora do Plano Amazônia Sustentável (PAS) está entre as 15 reivindicações que os governadores e vices-governadores da região definiram hoje (8), durante o II Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, realizado em Cuiabá (MT).

De acordo com o secretário Estadual de Planejamento do Mato Grosso e coordenador do fórum, Yênes Jesus de Magalhães, os participantes do fórum diascutiram ações de desenvolvimento regional sustentável para a Amazônia Legal para definir soluções voltadas aos problemas ambientais e estruturantes da regional.

“Nesta segunda reunião os gestores governamentais aprofundaram a discussão sobre as questões fundiárias, considerada hoje uma das principais dificuldades enfrentadas pelos estados”, destacou o secretário.

Na Carta de Mato Grosso, divulgada ao final do encontro, constam as prioridades dos governos da região. Entre elas, estão a importância do Zoneamento Ecológico e Econômico (ZEE) como instrumento estratégico para o planejamento e a integração regional e a reconstruçã ou fortalecimento dos institutos de terra para estabelecer, em caráter de urgência, uma política de regularização fundiária.

Os governants também querem incluir no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) as obras complementares dos eixos estruturantes, tais como acessos, viadutos e arcos rodoviários. Além disso, pretendem que o Congresso aprove proposta de emenda constitucional que permita a cobrança de ICMS na geração, transmissão e distribuição de energia, bem como no consumo final. Defendem ainda a revisão do Programa de Ajuste Fiscal (PAF) e efetivação das ações propostas na Operação Arco-Verde, em sintonia com ações dos governos estaduais.

“Discutimos pontos importantes neste fórum, como a cobrança para que o governo federal a implante, o mais rápido possível , uma comissão gestora do Plano Amazônia Sustentável. Também foi reafirmada a importância do zoneamento ecológico e econômico dos estados, informou Magalhães.

A próxima reunião do Fórum de Governadores da Amazônia será realizada dia 7 de novembro, no Amazonas.

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Centro Integrado de Proteção da Amazônia entra em operação em Tabatinga

7 de Agosto de 2008 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - Começou a funcionar hoje (7), em Tabatinga, no Amazonas, o Centro Integrado de Proteção da Amazônia (Cipa), que reúne o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), a Polícia Federal, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Receita Federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Comando Militar da Amazônia (CMA) no trabalho de vigilância e proteção da região.

Segundo o diretor-geral do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Marcelo Lopes, o objetivo maior do Cipa é impedir as ações ilícitas mais comuns nas áreas de fronteira, como o tráfico de drogas e o contrabando.

"Estamos falando, inicialmente, de um conjunto de instituições que atuam e que têm atribuições na região e que decidiram somar esforços, compartilhar informações, para monitorar e proteger a Amazônia. A idéia é, por meio do Cipa, que a atuação conjunta dos órgãos federais aperfeiçoe as ações de monitoramento na fronteira e combata o ilícito na região, contando com a capacidade e a competência de cada uma das instituições envolvidas", explicou.

A inauguração do centro marcou também o período oficial de testes do novo radar de baixa altitude do Sipam. O equipamento será utilizado no controle do tráfego aéreo na área de fronteira do Brasil com a Colômbia.

"Vamos operar de forma sistemática e integrada. O novo radar do Sipam a ser utilizado na região é um equipamento de tecnologia totalmente brasileira, desenvolvido pelo Centro de Tecnologia do Exército. Com esse equipamento, que é um radar tridimensional, será possível fazer o monitoramento de vôos de baixa altitude. Trata-se de uma ferramenta adicional importante para apoiar as ações integradas na região", informou Marcelo Lopes.

As bases do Cipa estão instaladas na Coordenação Especial de Fronteira da Polícia Federal (PF), em Tabatinga. A cidade foi escolhida por estar em uma área de localização estratégica no Amazonas. Cada instituição envolvida deverá escalar, periodicamente, pelo menos um representante para estar na sede do Cipa. Ainda segundo Lopes, não há necessidade de treinamento específico e os trabalhos iniciam de imediato.

"Vamos aproveitar essa estrutura e iniciar essa articulação a partir de Tabatinga. Cada um desses órgãos vai ceder profissionais para participar dos trabalhos a serem realizados pelo Cipa. Serão escalas de revezamento para garantir a permanência constante dessas representações em Tabatinga", disse.

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Ibama autoriza contratação de brigadistas para combater incêndios na Amazônia

4 de Agosto de 2008 - Lourenço Canuto - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) vai contratar mil brigadistas para atuar na prevenção e combate a incêndios em 32 municípios da Amazônia, onde vêm acontecendo queimadas nos últimos anos. O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias, já assinou a portaria autorizando as contratações. Serão recrutadas pessoas que residam nas áreas onde os trabalhos vão ser realizados.

Em cada município, serão empregados 31 brigadistas, sendo um gerente do fogo, seis chefes de brigadas e 24 brigadistas. As contratações vão ser feitas no próximo dia 18 de agosto nos municípios de Tailândia (PA), Porto Velho (RO) e Nova Ubiratã (MT) e a partir de 1º de setembro nos demais municípios.

No processo seletivo será feita análise de currículos e testes de aptidão física e de habilidades agrícolas. Os candidatos deverão apresentar carteira de identidade, comprovação de CPF, PIS/Pasep, título de eleitor e atestado médico. Os aprovados farão curso de 40 horas/aula sobre uso de equipamentos e prática de primeiros socorros.

Os municípios que que vão contar com o trabalho das brigadas são Macapá, Tartarugalzinho e Porto Grande, no Amapá; Apuí e Lábrea no Amazonas; Aripuanã, Brasnorte, Cotriguaçú, Nova Bandeirantes, Nova Ubiratã, Paranaíta, Peixoto de Azevedo, Querência, Tapurah e Vila Rica, no Mato Grosso; Altamira, Cumaru do Norte, Itaituba, Marabá, Mojú, Novo Progresso, Paragominas, São Félix do Xingú e Tailândia no Pará; Buritis, Machadinho d'Oeste, Nova Mamoré e Porto Velho em Rondônia; e em Roraima Boa Vista, Cantá, Bonfim e Mucajaí.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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