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LICENÇA PARA USINA DE SANTO ANTÔNIO EXIGE CONTRAPARTIDA AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

11/08/2008 - Gisele Teixeira - O consórcio formado pela construtora Odebrecht e por Furnas, que irá construir a Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, terá de bancar a manutenção de duas unidades de conservação - os parques nacionais de Mapinguari, no Amazonas, e a Reserva Biológica do Jaru, em Rondônia - bem como o custeio da demarcação e do monitoramento de duas reservas indígenas no Estado (Karipuna e Karitiana). As condicionantes fazem parte da licença de instalação concedida às empresas associadas pelo Ibama nesta segunda-feira (11).

Durante entrevista coletiva, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse ainda que o consórcio terá também de contribuir com R$ 30 milhões para o saneamento na cidade de Porto Velho, bem como aplicar em educação ambiental na região e equipar o Batalhão Florestal da Polícia Militar de Rondônia e o Corpo de Bombeiros do Estado, no valor de até R$ 6 milhões, para prevenir incêndios e crimes ambientais. Outras exigências são o monitoramento da sedimentação do rio e da qualidade da água e a recuperação de outras áreas de preservação nos arredores da usina. São cerca de 40 condicionantes. A licença deve ser publicada no Diário Oficial desta terça-feira (12).

O cálculo da compensação ambiental pela construção da usina, porém, ainda não foi concluído pelo ministério. Segundo Minc, a definição ficará para a semana que vem, após reunião com a Câmara Técnica de Compensação Ambiental - formada por membros do governo, empresários, terceiro setor e universidade -, que irá bater o martelo sobre a nova fórmula de cálculo. Decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em abril, decidiu que o mínimo a ser pago pelas empresas para recuperar o meio ambiente não pode ser 0,5% do valor total da obra e que o cálculo tem de ser feito apenas sobre o trecho da obra que provoca impactos ambientais significativos.

Segundo Minc, o cálculo compensatório incluirá a diminuição da área inundada e, ainda, a criação de alternativas para o fluxo migratório de peixes. O ministro lembrou que a usina não causará nenhum impacto em relação à Bolívia. "Estamos analisando a questão do ponto de vista ambiental e também do uso da água. A parte jurídica está sendo tratada em outras esferas do governo", afirmou. A Agência Nacional de Águas (ANA) já outorgou o uso das águas na região. Essa seria uma das exigências para que a licença de instalação da usina fosse concedida.

Minc reclamou que a autorização teve que ser concedida em tempo recorde por causa do atraso do empreendedor na entrega de documentos indispensáveis para obtenção da licença. "Vários documentos importantes foram entregues há uma semana, dez dias atrás e até três dias atrás. Isso não é admissível", afirmou, destacando que, apesar dos atrasos do empreendedor, houve um esforço sobrenatural para a concessão da licença, que foi feito com máximo rigor e responsabilidade. O ministro destacou que para as próximas licenças os prazos serão mais rígidos, "para que não se coloque, de forma injusta, nas costas dos órgãos ambientais e da ANA, a culpa pelo atraso na liberação das licenças".

A usina de Santo Antônio, cuja conclusão está prevista para 2012, terá capacidade de produzir 3.150 megawatts. A autorização concedida hoje é a segunda etapa do processo de licenciamento de uma obra. A etapa seguinte é a licença de operação, concedida quando a obra estiver concluída.

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Programa da SBF incentivará recuperação de áreas de Mata Atlântica

14/08/2008 - Daniela Mendes - Está em elaboração pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) do Ministério do Meio Ambiente um programa que tem por objetivo estimular a recuperação em larga escala de áreas da Mata Atlântica e proporcionar ao proprietário dessas áreas acesso aos mercados de carbono.

A proposta foi discutida nesta quinta-feira (14) em um workshop promovido pela SBF com a participação de outros departamentos do MMA, entre eles a Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental; além de entidades atuantes no bioma como a Rede de Ongs Mata Atlântica, o FBOMS, o Vitae Civilis, o Instituto Socioambiental, entre outros.

A versão final do programa deverá ser concluída até setembro e será apresentada durante o evento da Semana da Mata Atlântica, em outubro, no Rio de Janeiro.

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Sociedade vai construir plano para bacia Tocantins/Araguaia

13/08/2008 - Suelene Gusmão - Lideranças sociais e representantes municipais e estaduais de Goiás, Tocantins, Pará, Maranhão, Mato Grosso e Distrito Federal vêm se reunindo desde junho para elaborar um plano de revitalização para a bacia dos rios Tocantins e Araguaia. A previsão é que até o final deste ano, com as informações recolhidas nesses encontros, sejam apontadas as diretrizes gerais que farão parte do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio Tocantins-Araguaia (Protar).

Até o momento, dois encontros já foram realizados em Belém (PA) e três outros estão agendados para o mês de agosto. O primeiro deles será em Palmas, no Tocantins, entre os dias 19 e 20, outro em Imperatriz (MA), nos dias 21 e 22, e no dia 26 em Brasília (DF). A fase de oficinas termina em outubro com um encontro agendado para os dias 1 e 2 em São Félix do Araguaia (MT).

Depois de encerrada a fase das seis oficinas, o Departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas, da SHRU, vai trabalhar na consolidação das diretrizes apontadas pelos participantes. De acordo com a gerente do Departamento, Solange Castrillon, a estimativa é de que até o final de 2008 o Protar tenha definido o planejamento estratégico essencial para a obtenção de recursos capazes de garantir sua continuidade.

Com um grande potencial hidrelétrico, a região da Bacia do Tocantins-Araguaia, zona de transição entre os biomas floresta amazônica e cerrado, é ainda considerada de baixo impacto com relação à degradação ambiental, tendo como parâmetro outros biomas, o que torna o trabalho de revitalização ainda mais importante. Com uma área de cerca de mil quilômetros quadrados, corresponde a cerca de 11% do território nacional.

O Rio Tocantins nasce em Goiás, sendo formado pelos rios das Almas e Maranhão. Ele tem como principal tributário o rio Araguaia, com 2.600 quilômetros de extensão. Com uma vazão média de cerca de 15 mil metros cúbicos por segundo, corresponde a 9,6% do total do país. Para a região estão previstas a implantação de obras de infra-estrutura, entre as quais a expansão da malha viária e implantação de hidrovia.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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