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MINC ANUNCIA “REDUÇÃO SIGNIFICATIVA” DO DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA EM JULHO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

13 de Agosto de 2008 - Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, antecipou hoje (13) a conclusão dos dados que serão apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre o desmatamento na Amazônia brasileira no mês de julho. O levantamento mostrará redução "muito significativa" na devastação da área. O ministro não quis adiantar os números, apenas disse que o resultado, que deverá ser anunciado na próxima semana, se deve a ações de fiscalização e a acordos setoriais.

"Eu credito [a redução] não só ao aumento da fiscalização mas a esses acordos setoriais com as cadeias produtivas que nós temos feito com a madeira, com o minério, com a soja. Em alguns casos, são até mais eficientes os acordos com as cadeias produtivas que apenas a fiscalização direta", disse.

Em junho, o desmatamento na Amazônia foi de 876,80 quilômetros quadrados, área 20% menor do que a registrada em maio (1.096 quilômetros quadrados), segundo dados do Inpe. O recordista foi o estado do Pará, que teve 499 quilômetros quadrados desmatados em junho, contra os 262 quilômetros quadrados observados em maio, um aumento de 91%.

O estado que apresentou maior queda no índice de desmatamento foi Mato Grosso, com 70% a menos do que o registrado em maio. Do total do desmatamento, 66,7% são classificados de corte raso, 25,3% de degradação florestal e 8% de desmatamento não confirmados.

As declarações do ministro foram feitas após assinatura de protocolo entre o Ministério do Meio-Ambiente e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O documento prevê diretrizes para futuros instrumentos de colaboração com o objetivo de viabilizar a produção, o uso e o consumo sustentável dos produtos madeireiros da Amazônia.

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Aquecimento global vai provocar queda na produção agrícola brasileira

11 de Agosto de 2008 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O aumento da temperatura global vai provocar crescimento menor da agricultura brasileira nos próximos anos. Essa é uma das conclusões do estudo “Aquecimento Global e Cenários Futuros da Agricultura Brasileira”, elaborado em parceria pela Universidade de Campinas (Unicamp) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O engenheiro agrônomo Hilton Silveira Pinto, diretor do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp, um dos coordenadores da pesquisa, disse à Agência Brasil que o estudo detectou a possibilidade de quebra da produção agrícola, principalmente de grãos.

“Das culturas que nós vimos até agora, apenas a cana-de-açúcar é que sai ganhando, pelo menos até 2050. Nas outras culturas, a área [plantada] diminui e a produtividade diminui”. Ao contrário do que muitos poderiam pensar, essa expansão projetada para a cana não se deve à produção de etanol. “O etanol é conseqüência”, afirmou Hilton Silveira.

Ele esclareceu que a produção de cana vai aumentar porque a modificação climática continua sendo adequada a essa cultura. “O etanol vai sair ganhando porque o clima vai favorecer a produção de cana”.

A mandioca é outro produto que não sairá perdendo com o aquecimento global, segundo o engenheiro agrônomo. Embora o Nordeste deixe de produzir mandioca, também conhecida como aipim ou macaxeira, essa raiz poderá ser cultivada na Amazônia, ainda que não imediatamente.

Isso ocorrerá “acima de um limite de anos em que a diminuição das chuvas na região permita [que se cultive] a mandioca”. Hilton Silveira estima que depois de 2020 e até 2050 serão criadas condições mais propícias para o cultivo de mandioca na Amazônia.

O estudo da Unicamp/Embrapa será divulgado hoje (11) à tarde no 7º Congresso Brasileiro do Agribusiness, em São Paulo e, segundo Silveria, não tem o objetivo de criar “terrorismo climático”.

“O que a gente está querendo é mostrar que tecnologias a serem desenvolvidas podem fazer com que o fantasma do aquecimento global na agricultura não seja tão ruim. A gente pode adaptar culturas, pode perder plantio ou produção de soja no Sul, por exemplo, e ganhar em cana-de-açúcar”.

O engenheiro agrônomo destacou também a necessidade de que as mudanças do clima preparem as autoridades para outro problema da maior relevância no Brasil, que são as migrações sociais e as dificuldades que isso representará na área da saúde.

Outro problema apontado pelo pesquisador da Unicamp é o fato de que “o Brasil tem uma mania muito grande de deixar acontecer para depois correr atrás”. Daí o alerta que está sendo feito para que o governo e a sociedade possam adotar medidas preventivas com bastante antecedência.

Silveira ressaltou que a única instituição que liberou recursos para trabalhos de pesquisa na área da agricultura e mudanças climáticas foi a Embrapa. Nas demais, “fala-se muito e age-se pouco”, criticou. Ele enfatizou que é preciso que o Brasil atue da mesma forma que países desenvolvidos, como Estados Unidos e Inglaterra, e passe a agir imediatamente para minimizar os efeitos do aquecimento global.

Ele criticou também o fato de os dados climáticos existentes não serem disponibilizados pelos órgãos oficiais do setor, como o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e a Secretaria Estadual de Agricultura de São Paulo, o que prejudica os trabalhos dos pesquisadores.

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Desembargador autoriza deságio de até 50% no preço mínimo do "boi pirata"

13 de Agosto de 2008 - Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O desembargador federal Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, autorizou um deságio de até 50% no valor de mercado para o preço mínimo do leilão do chamado "boi pirata", apreendido em junho, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na Estação Ecológica Terra do Meio, no Pará.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, havia pedido, na última semana, em conversa com o desembargador, um deságio de 60%, mas disse à Agência Brasil que “foi boa a decisão”. Segundo Minc, o próximo leilão pode ser realizado já na próxima segunda-feira. O valor de todo o rebanho, com o deságio de 50% deve ficar em torno de R$ 1,6 milhão.

Ficou determinado também o prazo de 30 dias, prorrogável por mais dez, para que os novos proprietários do gado retirem os animais. Segundo nota do TRF, o desembargador alegou em sua decisão que a presença do rebanho no local representa crime, por "impedir ou dificultar a regeneração natural da floresta e demais formas de vegetação".

Justificando o deságio, que havia sido negado no dia 26 de julho pelo desembargador Olindo Menezes, também do TRF da 1ª Região, Prudente alegou que não há como manter o preço de mercado, levando-se em consideração as três tentativas anteriores frustradas e a urgência na defesa e conservação do meio ambiente. "Deve-se ter em mente que a incolumidade do meio ambiente não pode ser comprometida por interesses empresariais nem ficar dependente de motivações de índole meramente econômica".

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Acordo prevê que recomposição das reservas legais pode ser feita em outras áreas

12 de Agosto de 2008 - Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Em mais uma reunião para discutir agendas em comum entre os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, os ministros Reinhold Stephanes e Carlos Minc acordaram que a recomposição de reservas legais poderá ser feita em áreas diferentes das desmatadas. Stephanes preferiu se referir aos acordos como "harmonização de pensamentos".

"O mais importante é incentivar as pessoas a recuperarem as áreas degradadas. E incentivar quem quer fazer sua reserva legal, mesmo em área fora da sua propriedade, porque não diminui a produção", disse Minc. Segundo ele, a recomposição dessas reservas poderia ser feita, inclusive, dentro de área pública ainda não regularizada.

Outro ponto destacado pelos ministros diz respeito aos agricultores que hoje não cumprem a determinação de preservar 20% de sua propriedade com mata original. Ficou acertado que eles poderiam recuperar 10% com florestas que possam ser exploradas economicamente, como o dendê. "Porque está seqüestrando carbono, produzindo um combustível que polui menos e recuperando uma área degradada", explicou Minc. Essa foi a segunda reunião realizada pelos dois ministros para tratar da agenda comum. Para o próximo encontro, o principal tema de discussão será a regularização dos produtores. Stephanes alega que, atualmente, quem tenta regularizar sua propriedade de acordo com a legislação ambiental é punido com multa. Minc reconheceu a situação e disse que deve haver tratamento diferenciado.

"Vamos preparar uma modificação num decreto encaminhado à Casa Civil, dizendo o seguinte: aquele que mostra a situação e diz que quer se regularizar, não pode ser multado. Ele está fazendo exatamente aquilo que a gente quer, que é vir para nós e dizer que vai se regularizar. Essa legalização deve ser incentivada e não punida", afirmou o ministro do Meio Ambiente.

Stephanes informou que, a partir das decisões tomadas, os grupos de trabalho dos dois ministérios estudarão medidas para que as ações sejam implantadas. Ele ressaltou que a principal novidade é o relacionamento estreito entre os dois ministérios. "É a primeira vez que ministros das duas pastas sentam à mesa para discutir as questões que cada um acha que tem em relação à outra área, tentando harmonizar os nossos pontos", afirmou.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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