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MINC DIZ QUE MUDANÇA NO PROJETO DE JIRAU TEM QUATRO PONTOS POSITIVOS E UM NEGATIVO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

11 de Agosto de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A mudança no projeto básico da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, que deslocou em nove quilômetros o local de construção da barragem “tem quatro pontos negativos e um positivo”, de acordo com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Equipes do ministério e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estão no local avaliando os impactos da mudança anunciada pelo consórcio vencedor da licitação após o leilão do empreendimento.

“Do ponto de vista ambiental, até agora nós identificamos quatro impactos positivos e um negativo. Os positivos são em relação à questão da malária, à sedimentação, do bota-fora das rochas e da questão dos peixes. E o impacto negativo é o aumento da área inundada. Nossa equipe está no terreno querendo saber exatamente o que há nessa área inundada, se há muita população ou pouca, se tem espécies de alto valor do ponto de vista de flora, de fauna; estamos mensurando o tamanho do impacto negativo”, detalhou Minc hoje (11), durante anúncio da licença de instalação da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, que também integra o complexo energético do Rio Madeira.

A identificação de mais pontos positivos que negativos na mudança do projeto não significa que o Ibama irá aprovar a alteração. O presidente do órgão, Roberto Messias Franco, ponderou que “nem sempre quatro é maior que um”, ao comentar as possibilidades de aprovação ambiental da mudança. “Comer um boi, por exemplo, é mais que comer quatro galinhas”, comparou, brincando.

Segundo Minc, a área ambiental decidirá “em breve” sobre Jirau. “Outros aspectos: econômicos, financeiros, licitações, isso é com o Ministério de Minas e Energia e com a Agência Nacional de Emergia Elétrica [Aneel]. Nossa questão é ambiental”, disse o ministro do Meio Ambiente. O contrato de concessão da UH de Jirau será assinado amanhã (12) no Palácio do Planalto.

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ANA publica resolução para o aproveitamento hidrelétrico do Rio Madeira

12 de Agosto de 2008 - Da Agência Brasil - Brasília - A Agência Nacional de Águas (ANA) publicou na edição de hoje (12) do Diário Oficial da União, a autorização de uso de recursos hídricos do Rio Madeira (RO) para o aproveitamento hidrelétrico da Usina de Santo Antônio.

A Resolução n.º 465 assegura que o abastecimento de água da cidade de Porto Velho e de outras comunidades afetadas pelo reservatório não poderá ser interrompido em decorrência da implantação do empreendimento, em suas fases de construção.

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias Franco, assinou, ontem (11), a licença ambiental de instalação da usina.

Na ocasião, a ANA também listou novas exigências para a hidrelétrica. A principal delas é a elaboração de um projeto básico para a construção de eclusas e canais de navegação no Rio Madeira. Mais informações estão disponíveis no site da ANA.

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Empresa quer licença especial para iniciar obras da Hidrelétrica de Jirau em setembro

12 de Agosto de 2008 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O grupo responsável pela construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, vai tentar convencer o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a conceder uma licença de instalação específica para o canteiro de obras, para permitir que a construção da usina comece em setembro, como programado.

Se perder esse prazo, a obra só poderá ter início em abril, quando a vazão do rio diminuir novamente, e o prazo de geração de energia, previsto para dezembro de 2011, deverá atrasar em cerca de quatro meses. O contrato de concessão para a Usina de Jirau foi assinado hoje (12), no Palácio do Planalto.

A previsão do Ibama para conceder a licença de instalação de Jirau é de 90 dias a partir de hoje. “Esse é um prazo que fecha a janela hidrológica. Estamos mostrando que entendemos que é possível sair uma licença específica para a instalação do canteiro”, afirmou o presidente da Energia Sustentável do Brasil, Victor Paranhos. O consórcio é o responsável pelas obras da usina.

O Ibama confirma que já recebeu o pedido da licença específica para o canteiro de obras e esclarece que não existe uma legislação que proíba a concessão. A assessoria do instituto informou que o procedimento já foi adotado anteriormente, mas nunca para uma hiderlétrica.

Além da questão ambiental, a empresa pode ter que superar possíveis problemas com o grupo liderado pela Odebrecht, que perdeu a disputa pelo leilão de Jirau, e pode questionar na Justiça as alterações no projeto apresentadas pelos vencedores. Paranhos garantiu que a Energia Sustentável não quer briga e está pronta para conversar com a Odebrecht. “Minha mãe falava que, quando um não quer, dois não brigam. Nós não queremos, nunca brigamos, nunca atacamos ninguém”, disse Paranhos.

Uma das mudanças previstas é a da localização da usina, que ficaria 9,2 quilômetros distante do ponto previsto nos estudos de impacto ambiental. Paranhos garantiu que a nova proposta apresentada é melhor, dos pontos de vista ambiental, social e econômico. O novo projeto ainda terá que ser aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Paranhos também destacou a necessidade de os dois grupos trabalharem juntos para minimizar os impactos ambientais das duas obras. “A gente não vai poder pintar cada mosquito e definir qual é de Jirau, qual é de Santo Antônio. E os peixes não têm passaporte. O mesmo bagre que tem que subir no mecanismo de transposição de Santo Antônio tem que subir no mecanismo de Jirau”, disse ele.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, acredita que os dois grupos cheguem a um consenso ainda nesta semana, quando haverá uma reunião em Brasília, mediada por ele. “Vou presidir essa reunião final deles para que o entendimento seja selado definitivamente”, disse Lobão, que não descartou a possibilidade de o governo assumir as obras, no caso de a briga parar na Justiça. “O governo saberá o que fazer. O fato é que as obras começarão dentro do prazo.”

Paranhos também disse hoje que tomou conhecimento de partes de um dossiê, que teria sido elaborado pela Odebrecht, com informações confidenciais da Energia Sustentável. Segundo ele, o documento continha um cronograma detalhado das obras e uma proposta comercial de uma fabricante de turbinas ao consórcio.

“Eu não sei como foram parar lá, não sei se é espionagem industrial, mas digo que estão lá, e são documentos importantes e confidenciais.” De acordo com Paranhos, o dossiê também traz informações sobre a intenção da própria Odebrecht de mudar o local de construção da Usina de Jirau. “Eles tinham alternativas bem mais baratas, só não dizem onde seria o novo eixo. Mas eles estudaram a Ilha do Padre, conheciam aquela região”, disse Paranhos, referindo-se ao novo local escolhido para a usina.

Ele ressaltou que sua empresa não irá tomar nenhuma atitude sobre o caso. Apenas “tomará mais cuidado” com as informações. A Odebrecht ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto.

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Ibama assina licença ambiental de instalação da Usina de Santo Antônio

11 de Agosto de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias Franco, assinou, há pouco, a licença ambiental de instalação da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira.

Entre as condicionantes para a construção da usina, o documento lista a adoção de duas unidades de conservação, investimentos de R$ 30 milhões em obras de saneamento ambiental do município de Porto Velho, a demarcação e monitoramento de duas terras indígenas no estado de Rondônia e investimentos de R$ 6 milhões em equipamentos para o Corpo de Bombeiros e o Batalhão de Polícia Ambiental.

Ao participar da solenidade, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que a autorização teve que ser concedida em tempo recorde por causa do atraso do empreendedor, o consórcio formado pelas empresas Odebrecht e Furnas, na entrega de documentos indispensáveis para obtenção da licença.

A autorização concedida hoje é a segunda etapa do processo de licenciamento de uma obra. A etapa seguinte é a licença de operação, concedida quando a obra estiver concluída. A Usina de Santo Antônio, cuja conclusão está prevista para 2012, terá capacidade de produzir 3.150 megawatts.

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Lobão pede que empresas responsáveis por usinas do Madeira se entendam

12 de Agosto de 2008 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, voltou a chamar a atenção hoje das empresas responsáveis pela construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira (RO), durante a cerimônia de assinatura do contrato de concessão da Usina de Jirau, no Palácio do Planalto. Segundo ele, o Brasil necessita da energia das duas usinas e o povo não pode ser prejudicado pela briga entre os consórcios.

"A Nação necessita dessa energia, todos assistimos a uma disputa entre os empresários. O governo brasileiro não admitirá que os consumidores sejam prejudicados por conta de disputas entre os dois consórcios. Faço um apelo para que os consórcios se entendam", disse, se colocando à disposição para ajudar na busca de um entendimento.

A briga entre as duas empresas começou depois que o consórcio vencedora do leilão de Jirau decidiu fazer alterações no no projeto previsto nos estudos de impacto ambiental, entre elas está a mudança do local da construção da usina, 9,2 quilômetros distante do ponto original.

O presidente da empresa responsável pela construção de Jirau, a Energia Sustentável do Brasil, Victor Paranhos, disse que, se o governo autorizar no próximo mês o início das obras, o empreendimento poderá ser inaugurado em dezembro de 2011, um ano antes do prazo previsto.

Ele destacou que o projeto para a construção de Jirau buscou reduzir os custos e os impactos ambientais. "O nosso projeto permitirá a produção de energia em menos tempo, com menor impacto ao meio ambiente e menor custo", disse.
A Energia Sustentável do Brasil é formada pelas empresas Suez, Camargo Corrêa, Eletrosul e Chesf.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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