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MINC QUER AMPLIAR PARCERIAS NO COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

Brasília (11/08/08) - O ministro do Meio ambiente Carlos Minc defendeu hoje, durante reunião técnica dos coordenadores estaduais do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Ibama, a elaboração de um plano nacional de combate a queimadas e incêndios florestais que abranja outros órgãos públicos fora da área de meio ambiente, como o Ministério da Agricultura, departamentos de estradas, Forças Armadas, Polícias Militares, Corpo de Bombeiros,e Defesa Civil. “A proposta é criar uma cooperação importante, solidária como temos hoje com a embaixada italiana e a Unesco e com instituições de meio ambiente”, disse o ministro.

A idéia é utilizar a estrutura desses órgãos para impedir o uso do fogo. “De que adianta contratar brigadistas se a orientação do Ministério da Agricultura for usar o fogo para preparar o pasto ou o plantio na estiagem? Ou se os departamentos de estradas contratarem empresas que usam o fogo para limpar as margens ao longo das rodovias?”, argumentou Minc. Ele contou que vai incluir a criação do plano nacional de combate a queimadas e incêndios florestais na pauta da reunião agendada com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para a próxima quinta-feira.

Minc que ganhou do Prevfogo um colete com a logomarca do centro - um tamanduá segurando uma pá - disse que fez questão de saudar pessoalmente os coordenadores que estão na linha de frente de combate ao fogo, muitas vezes arriscando a vida para defender as unidades de conservação. E acrescentou que o Ministério do Meio Ambiente os reconhece como essenciais e estratégicos. Porém, ressaltou que a melhor defesa das Ucs é o bom uso: estruturar, implantar planos de manejo, aplicar os recursos da Câmara de compensação ambiental, realizar a regularização fundiária, abrir as portas para a comunidade científica e investir na educação ambiental e no ecoturismo.

O presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, reiterou as boas-vindas aos representantes do Prevfogo e se referiu ao trabalho realizado por eles como prioritário. “Sabemos da urgência e da prioridade e quanto os incêndios florestais expõem o Brasil na emissão de CO2?, afirmou Messias Franco. O diretor de Proteção Ambiental, Flavio Montiel, observou que o momento é de amadurecimento do quadro atual de prevenção e combate a incêndios florestais. “A sinergia entre parceiros é fundamental para aumentar a eficiência das ações”, concluiu.

Ibama vai contratar mais de 2,4 mil brigadistas este ano
Segundo o coordenador nacional do Prevfogo, Elmo Monteiro, a previsão de contratação de brigadistas para este ano é de 1.412 para o combate a incêndios no interior das unidades de conservação e mais 1000 para atuarem em 32 municípios localizados em seis estados (PA,RO,MT,AP,AM e RR), selecionados como os mais críticos em relação a incêndios florestais numa lista de cem. As contratações para os municípios de Tailândia/PA, Porto Velho/RO e Nova Ubiratã/MT começam na próxima segunda, 18. O restante das contratações será feito até o final do ano, de acordo com as necessidades locais (em alguns estados, a estiagem só chega depois de novembro como em RR).

De acordo com os dados do Prevfogo, a quantidade de área queimada diminuiu desde a criação do centro em 1989. No ano passado, foram detectados 85,3 mil focos de calor na Amazônia, em comparação com 66,3 mil em 2006. Oitenta servidores do Ibama lotados em Brasília e nos estados monitoram queimadas e coordenam ações de combate em parceria com o ICMBio. A previsão do Prevfogo é treinar 107 chefes das UCs para gerenciar situações emergenciais. Mais de 50 servidores do Ibama e instituições parceiras serão capacitados neste ano em investigação de causa e origens de incêndios florestais. Os números do Prevfogo apontam que 93% das causas de ocorrências de incêndios florestais são ligadas à ação do homem.
Kezia Macedo
Ascom/Ibama
Foto: Jefferson Rudy/MMA

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Licença para usina de Santo Antônio exige contrapartida ambiental

Brasília (12/08/2008) - O consórcio formado pela construtora Odebrecht e por Furnas, que irá construir a Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, terá de bancar a manutenção de duas unidades de conservação - os parques nacionais de Mapinguari, no Amazonas, e a Reserva Biológica do Jaru, em Rondônia - bem como o custeio da demarcação e do monitoramento de duas reservas indígenas no Estado (Karipuna e Karitiana). As condicionantes fazem parte da licença de instalação concedida às empresas associadas pelo Ibama nesta segunda-feira (11).

Durante entrevista coletiva, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse ainda que o consórcio terá também de contribuir com R$ 30 milhões para o saneamento na cidade de Porto Velho, bem como aplicar em educação ambiental na região e equipar o Batalhão Florestal da Polícia Militar de Rondônia e o Corpo de Bombeiros do Estado, no valor de até R$ 6 milhões, para prevenir incêndios e crimes ambientais. Outras exigências são o monitoramento da sedimentação do rio e da qualidade da água e a recuperação de outras áreas de preservação nos arredores da usina. São cerca de 40 condicionantes. A licença deve ser publicada no Diário Oficial desta terça-feira (12).

O cálculo da compensação ambiental pela construção da usina, porém, ainda não foi concluído pelo ministério. Segundo Minc, a definição ficará para a semana que vem, após reunião com a Câmara Técnica de Compensação Ambiental - formada por membros do governo, empresários, terceiro setor e universidade -, que irá bater o martelo sobre a nova fórmula de cálculo. Decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em abril, decidiu que o mínimo a ser pago pelas empresas para recuperar o meio ambiente não pode ser 0,5% do valor total da obra e que o cálculo tem de ser feito apenas sobre o trecho da obra que provoca impactos ambientais significativos.

Segundo Minc, o cálculo compensatório incluirá a diminuição da área inundada e, ainda, a criação de alternativas para o fluxo migratório de peixes. O ministro lembrou que a usina não causará nenhum impacto em relação à Bolívia. “Estamos analisando a questão do ponto de vista ambiental e também do uso da água. A parte jurídica está sendo tratada em outras esferas do governo”, afirmou. A Agência Nacional de Águas (ANA) já outorgou o uso das águas na região. Essa seria uma das exigências para que a licença de instalação da usina fosse concedida.

Minc reclamou que a autorização teve que ser concedida em tempo recorde por causa do atraso do empreendedor na entrega de documentos indispensáveis para obtenção da licença. “Vários documentos importantes foram entregues há uma semana, dez dias atrás e até três dias atrás. Isso não é admissível”, afirmou, destacando que, apesar dos atrasos do empreendedor, houve um esforço sobrenatural para a concessão da licença, que foi feito com máximo rigor e responsabilidade. O ministro destacou que para as próximas licenças os prazos serão mais rígidos, “para que não se coloque, de forma injusta, nas costas dos órgãos ambientais e da ANA, a culpa pelo atraso na liberação das licenças”.

A usina de Santo Antônio, cuja conclusão está prevista para 2012, terá capacidade de produzir 3.150 megawatts. A autorização concedida hoje é a segunda etapa do processo de licenciamento de uma obra. A etapa seguinte é a licença de operação, concedida quando a obra estiver concluída.
Gisele Teixeira
Ascom/MMA
Foto: Jefferson Rudy/MMA

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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