Panorama
 
 
 

RELATOR DA ONU ESTÁ NO BRASIL PARA CONHECER INDIGENISTA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

14 de Agosto de 2008 - Ana Luiza Zenker - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O relator especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e as Liberdades Fundamentais dos Povos Indígenas, James Anaya, se reuniu hoje (14), separadamente, com o ministro da Justiça, Tarso Genro; o ministro-chefe da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH), Paulo Vannuchi, e o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira.

De acordo com a assessoria da Funai, que acompanha a visita do relator ao Brasil, nos encontros não foram tratados temas específicos sobre alguma área indígena.

O relator da ONU, que fica no país até o dia 25 como observador, só fez perguntas genéricas sobre a situação dos índios e a política indigenista brasileira.

Anaya segue amanhã (15) para visitas a Mato Grosso, ao Amazonas e a Roraima, onde deve visitar a Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

De acordo com o Centro de Informações da ONU no Brasil, nessas visitas o relator deve se reunir com representantes do governo, de comunidades indígenas e de setores da sociedade civil.
James Anaya não deve falar à imprensa até o final das suas visitas.

O relator deve elaborar um relatório do que observou no país, que será apresentado na próxima sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

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Mortes infantis indígenas serão investigadas por comissões nacional e distritais

9 de Agosto de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Danilo Forte, assinou nesta semana portaria que institui as Comissões Nacional e Distrital de Investigação e Prevenção do Óbito Infantil e Fetal Indígena. O objetivo é reduzir o número de mortes de crianças e recém-nascidos nas comunidades indígenas, que, apesar de estar em queda, permanece com taxa maior do que o dobro da média nacional.

No ano passado, entre os índios, a taxa foi de 46,7 para cada mil nascidos vivos e a média nacional ficou em 21,7. Ao criar as comissões , Forte destacou “a necessidade de conhecer as circunstâncias da ocorrência de óbitos infantis e fetais indígenas, identificar os fatores de risco e propor medidas de melhoria da qualidade da assistência à saúde” para os índios.

Cada comissão será formada por profissionais de nível superior e técnicos especializados no tratamento das questões de saúde indígena. A comissão distrital receberá fichas sobre cada ocorrência, preenchidas pelas equipes de saúde atuantes nos 34 distritos sanitários especiais indígenas existentes no Brasil. A partir daí, a comissão poderá investigar os casos em que sejam insuficientes as informações sobre as circunstâncias da morte e elaborar propostas de intervenção.

“Cada caso será averiguado de forma específica para que se busquem soluções adequadas no sentido de evitar a repetição”, explicou á Agência Brasil o coordenador geral de Atenção à Saúde Indígena da Funasa, Fávio Nunes.

A comissão nacional, além de monitorar e subsidiar o trabalho das comissões distritais, terá como responsabilidade estimular a mobilização do poder público, instituições e sociedade civil nas políticas de prevenção da mortalidade infantil e fetal indígena.

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Comissões que vão investigar mortes de crianças indígenas estão no Diário Oficial

12 de Agosto de 2008 - Da Agência Brasil - Brasília - Está na edição de hoje (12) do Diário Oficial da União, a criação das Comissões Nacional e Distrital de Investigação e Prevenção do Óbito Infantil e Fetal Indígena pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

De acordo com a Portaria n.º 883, a finalidade "é conhecer as circunstâncias da ocorrência de óbitos infantis e fetais indígenas, identificar os fatores de risco e propor medidas de melhoria da qualidade da assistência à saúde para a redução da mortalidade de bebês e de crianças entre esses povos".

Cada comissão é formada por profissionais de nível superior e técnicos especializados no tratamento das questões de saúde indígena. A comissão distrital receberá fichas sobre cada ocorrência, preenchidas pelas equipes de saúde atuantes nos 34 distritos sanitários especiais indígenas existentes no Brasil. A partir daí, a comissão poderá investigar os casos em que sejam insuficientes as informações sobre as circunstâncias da morte e elaborar propostas de intervenção.

A comissão nacional, além de monitorar e subsidiar o trabalho das comissões distritais, terá como responsabilidade estimular a mobilização do poder público, instituições e sociedade civil nas políticas de prevenção da mortalidade infantil e fetal indígena.

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Mortalidade infantil indígena diminuiu, mas é preciso intensificar políticas, diz Funasa

9 de Agosto de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Estudo produzido pelo Departamento de Saúde Indígena da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) nos distritos sanitários especiais indígenas mostrou que os indicadores de ocorrência de doenças e mortes nas comunidades tradicionais caíram nos dois últimos anos. A mortalidade infantil indígena atingiu em 2007 a menor taxa dos últimos oito anos: 46,7 para cada mil nascidos vivos (em 2000 a taxa era de 74,61).

Entretanto, os índices são tratados com cautela pela Funasa, já que ainda permanecem altos. A taxa de mortalidade infantil indígena é mais do que o dobro da média nacional, de 21,7 para cada mil nascidos vivos. “Não é motivo de comemoração, mas aponta para um controle que deve ser intensificado. As políticas estão impactando os indicadores, mas não pode haver descontinuidade”, disse o coordenador geral de Atenção à Saúde Indígena da Funasa, Flávio Nunes, em entrevista à Agência Brasil.

Os casos de malária registrados no primeiro semestre deste ano (11.841) regrediram 28% em relação ao mesmo período do ano passado (17.566). Segundo Nunes, 99% dos casos de malária entre índios são registrados na Amazônia Legal, que concentra 60% da população indígena brasileira. O fato se explica por muitas comunidades estarem em áreas remotas, de difícil acesso, menos favorecidas historicamente por políticas de saneamento, habitação e serviços essenciais de saúde.

O atual processo de desenvolvimento econômico na Amazônia Legal também ocorre sem uma regulação mais rígida, o que gera reflexos negativos para os índios. As comunidades tradicionais têm vulnerabilidade maior ao contato com doenças sexualmente transmissíveis e com vetores (mosquitos transmissores de doenças).

“A vigilância e o controle da malária contemplam elementos que extrapolam o setor de saúde. Outros fatores interferem: a expansão das fronteiras agrícolas, o uso de agrotóxicos, a implantação de grandes empreendimentos e o processo de urbanização, que contribuem para a proliferação do vetor e expõem a população daquela região a situações de risco”, afirmou Nunes.

Para a Funasa, existe uma relação direta entre práticas como desmatamento e reativação de garimpos com os problemas de saúde da população indígena. “Hoje observamos um recrudescimento da malária em Rondônia, em áreas de atuação de garimpo. Esses modelos de desenvolvimento têm que ser observados com cuidado para não comprometer a qualidade de vida da população”, defendeu o coordenador.

Segundo Nunes, a queda no número de casos de malária e na taxa de mortalidade infantil indígena foi possível com a adoção de critérios objetivos na aplicação dos recursos em programas de diagnóstico e tratamento. “As decisões para investimento se basearam em informações técnicas, e esse aperfeiçoamento do modelo de gestão foi fundamental para alcançar as metas. É aplicar os recursos onde precisa e não fazer regra de três, com metade para cada um”, ressaltou.

Uma das apostas da Funasa para que os índices continuem caindo, até com maior rapidez, é a autonomia administrativa e financeira aos Distritos Sanitários Especiais Indígenas. Essa é antiga bandeira das comunidades e deverá ser contemplada até o fim de agosto por um decreto presidencial.

“A proposta agora é que as autoridades sanitárias locais estejam habilitadas para gerenciar recursos financeiros, materiais e humanos, otimizando-os. Se é preciso fazer a remoção de um paciente, atualmente a autorização tem que vir de instâncias superiores. Com a autonomia, o gestor local poderá tomar as decisões, o que vai melhorar a qualidade da assistência prestada”, explicou Nunes.

O levantamento da Funasa também revela números gerais sobre a população indígena brasileira. A fundação contabilizou no ano passado 488.411 índios de 210 etnias, vivendo em 3.751 aldeias divididas entre 611 terras indígenas.

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Funasa pretende vacinar 120 mil índios na campanha nacional contra rubéola

9 de Agosto de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) espera vacinar 120 mil índios contra rubéola, na faixa de 12 a 39 anos, de hoje (9) até 12 de setembro, período da campanha nacional de vacinação Brasil Livre da Rubéola, promovida pelo Ministério da Saúde.

Segundo o coordenador geral de Atenção à Saúde Indígena da Funasa, Flávio Nunes, os índios demandam uma prevenção imunológica rigorosa por estarem mais vulneráveis a doenças do que grande parte da população urbana.

“As comunidades indígenas poderão ser vacinadas em postos de saúde fixos, nos pólos-base, ou pelas equipes volantes”, informou Nunes. Existem atualmente no Brasil 34 distritos sanitários especiais indígenas, cada qual dotado de postos e casas de saúde.

A rubéola é uma doença infecto-contagiosa causada por vírus que atinge principalmente as crianças. Provoca sintomas como febre, manchas pelo corpo, dor nas articulações, perda de apetite e tosse.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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