Os excelentes
resultados do programa paranaense de recolhimento
de embalagens de agrotóxicos vazias – 97%
das embalagens comercializadas são recicladas
ou incineradas – estão garantidos por mais
um ano. Na última semana, o secretário
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca
Rodrigues, renovou o convênio com o Instituto
Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev)
e Universidade Federal do Paraná (UFPR) para
dar continuidade a ação que já
dura seis anos.
Os índices de recolhimento
demonstram a participação efetiva
e a conscientização ambiental do homem
do campo, segundo o secretário Rasca. “Hoje
a tríplice lavagem e a entrega das embalagens
já fazem parte do dia-a-dia dos produtores
paranaenses. Eles encaram com naturalidade e não
mais como obrigação”, afirmou.
“Além disso, o mercado
vem exigindo cada vez mais esse comprometimento
com o meio ambiente”, comentou o secretário.
O presidente do Inpev, João Rando, concorda
com ele. “A busca pela certificação
ambiental das propriedades foi um fatores que colaborou
com o aumento dos índices de reciclagem.
Isso aproximou mais o setor produtivo da legislação
ambiental”, analisou.
Somente nos seis primeiros meses
deste ano foram coletadas no Paraná mais
de 2 mil toneladas de recipientes – 20% a mais do
que o mesmo período do ano passado (cerca
de 1,7 mil toneladas). Cada tonelada representa
aproximadamente 25 mil embalagens retiradas do meio
ambiente.
O presidente da Superintendência
de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental
(Suderhsa), João Lech Sameck, destacou que
quando o programa começou a ser desenvolvido
eram coletadas 200 toneladas de embalagens a cada
ano. “Hoje são 370 mil toneladas”, acrescentou.
Vinculada à Secretaria
do Meio Ambiente, a Suderhsa é a instituição
responsável pelo controle da devolução
das embalagens, fiscalização dos agricultores
e das centrais de recebimento, licenciamento ambiental
dos pontos de coleta e treinamento dos técnicos
que recebem as embalagens.
De acordo com os dados da autarquia,
o procedimento da tríplice lavagem ainda
pode ser melhorado em alguns municípios.
“Enquanto em Arapongas apenas 1% dos agricultores
realizam um procedimento insatisfatório,
em alguns municípios esse índice chega
a 23%”, detalhou Rui Mueller, responsável
pelo programa na Suderhsa.
Para ampliar a adesão dos
agricultores nestes municípios, será
intensificado o controle feito na entrega das embalagens.
“Será reforçada a importância
da tríplice lavagem entre os produtores reincidentes,
identificados pelo cadastro preenchido na entrega
das embalagens”, declarou o diretor de Saneamento
Ambiental da Superintendência, Jorge Callado.
PARCERIA - O convênio visa
orientar e capacitar agricultores paranaenses na
devolução e destinação
correta das embalagens vazias de agrotóxicos.
Ao Inpev cabe a responsabilidade sobre o transporte
e destinação correta das embalagens
vazias coletadas nas centrais e encaminhadas para
reciclagem ou incineração. Já
a UFPR realiza o trabalho de treinamento e pesquisa
de campo, com o apoio de universitários e
orientação dos professores.
Atualmente o Paraná conta
com 74 pontos de recolhimento de recipientes: 14
centrais instaladas nos municípios de Cambé,
Campo Mourão, Cascavel, Colombo, Cornélio
Procópio, Maringá, Palotina, Ponta
Grossa, Prudentópolis, Francisco Beltrão,
São Mateus do Sul, Guarapuava, Santa Terezinha
do Itaipu e Umuarama; e mais de 60 postos licenciados
para o recebimento.
A reciclagem dessas embalagens
pode servir de matéria-prima para diversos
outros produtos. São fabricados mais de 12
artigos como barricas de papelão, conduítes,
caixas de passagem de fios elétricos, embalagem
para óleo lubrificante, sacos plásticos
para descarte de lixo hospitalar, entre outros.
+ Mais
Ação Integrada de
Fiscalização garante ao Litoral segurança
e tranqüilidade
A Ação Integrada
e Fiscalização Urbana (AIFU) vem garantindo
segurança e tranqüilidade aos municípios
litorâneos durante todo o ano. No último
final de semana, 19 estabelecimentos comerciais
em Guaratuba, Matinhos e Paranaguá foram
fiscalizados. Seis deles foram advertidos pelo Instituto
Ambiental do Paraná (IAP) por desrespeitar
os limites de poluição sonora permitidos
pela legislação.
O secretário do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, explicou
que nestes casos a advertência é a
primeira medida tomada pelos fiscais do IAP. “Além
disso, orientamos comerciantes, moradores e proprietários
de casas noturnas para que façam o isolamento
acústico do estabelecimento ou reduzam o
volume do som”, acrescentou. Havendo reincidência,
os proprietários são multados. “Este
é um trabalho essencial para garantir o sossego
dos moradores e turistas que vão ao litoral
do Paraná fora de temparada para descansar”,
comentou o secretário.
Em média foram realizadas
mais de 30 medições do volume de som
praticado em cada estabelecimento. O aparelho utilizado
para medir o volume emitido é o decibelímetro
e, de acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama), os níveis de emissão de
ruído permitidos após as 22 horas
são de 60 decibéis. Durante o dia,
a restrição é para até
70 decibéis.
] “Os números de autuações
e denúncias vêm diminuindo significativamente
depois do trabalho periódico da AIFU, o que
demonstra a eficiência deste trabalho”, afirmou
Vitor Hugo Burko, presidente do IAP. “Agora muitos
estabelecimentos já se preocupam com a acústica
e com os níveis permitidos. Para melhorar
ainda mais estes números, as operações
serão freqüentes, todos os meses”, ressaltou.
AIFU – Além do monitoramento
dos níveis permitidos de som, o trabalho
conjunto visa verificar se alguma lei ambiental
está sendo desrespeitada, coibir o tráfico
de drogas, o consumo de bebidas alcoólicas
por menores e as condições de higiene
do local. Também participam da Ação
Integrada Conselho Tutelar, Vigilância Sanitária,
Corpo de Bombeiros e Polícias Civil e Militar.
+ Mais
Especialistas japoneses vêm
discutir monitoramento costeiro no Paraná
A Secretaria do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos, em parceria com a Agência
de Cooperação Internacional do Japão
(JICA) e Associação de Avanços
Ambientais de Hyogo (HEAA), promove no próximo
mês o III Seminário sobre Desenvolvimento
Sustentável no Litoral do Paraná,
enfocando o Monitoramento Costeiro e Marinho.
A iniciativa faz parte do tratado
de cooperação internacional firmado
em 2003 entre Paraná e Hyogo para troca de
experiências e apoio técnico no monitoramento
e desenvolvimento socioeconômico do litoral
paranaense.
Segundo o secretário do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca
Rodrigues, o seminário terá dois grandes
objetivos. “Além de dar o pontapé
inicial para construção de um sistema
de monitoramento costeiro, neste evento começaremos
a discutir a implantação do comitê
da bacia hidrográfica Litorânea”, detalhou
Rasca, acrescentando que desde o início a
parceria com o governo japonês tem garantido
excelentes resultados.
O seminário será
realizado entre os dias 08 e 11 de setembro na Associação
Banestado, em Praia de Leste, balneário de
Pontal do Paraná. Mais de 300 técnicos,
pesquisadores, além de estudantes de instituições
públicas e privadas são esperados
para avaliar, discutir e apresentar propostas sobre
monitoramento costeiro e marinho e sua inclusão
nas políticas públicas. A solenidade
de abertura contará com a presença
do secretário de Meio ambiente da Província
de Hyogo, Junichi Kikui.
Para obter mais informações
sobre o evento acesse o Portal do Meio Ambiente
- www.meioambiente.pr.gov.br