21 de
Agosto de 2008 - Luana Lourenço - Repórter
da Agência Brasil - Brasília - A Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança
(CTNBio) aprovou hoje (21), por 18 votos a favor,
três contra e duas abstenções,
a liberação comercial de algodão
transgênico resistente ao herbicida glufosinato
de amônia.
De acordo com informações
do Ministério da Ciência e Tecnologia
(MCT), a liberação atende pedido da
multinacional alemã Bayer CropScience.
A liberação do cultivo
de algodão transgênico também
era uma demanda dos representantes de produtores.
O próximo passo é a liberação,
ou não, do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa). Na sessão
de hoje, a CTNBio também aprovou 30 pedidos
de liberação de pesquisas.
"Os trabalhos estão
sendo produtivos. Estamos trabalhando desde fevereiro
em pareceres e outras atividades, e só agora
conseguimos votar. Não podemos apressar essas
decisões", afirmou o presidente da CTNBio,
Walter Colli, de acordo com as informações
do MCT.
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Algodão transgênico
coloca “agrobiodiversidade” em risco, diz Greenpeace
21 de Agosto de 2008 - Luana Lourenço
- Repórter da Agência Brasil - Brasília
- A organização não-governamental
(ONG) Greenpeace criticou a liberação
do cultivo de algodão transgênico resistente
ao herbicida glufosinato de amônia, aprovada
hoje (21) pela Comissão Comissão Técnica
Nacional de Biossegurança (CTNBio).
A ONG classificou a aprovação
como uma “ameaça à agrobiodoversidade
do país, especialmente do semi-árido,
área rica em variedades silvestres de algodão”.
O algodão liberado é
patenteado como Liberty Link pela multinacional
alemã Bayer CropScience. Segundo o Greenpeace,
o glufosinato, que poderá ser utilizado no
cultivo desse algodão, “tem um histórico
polêmico de contaminação do
solo e com potenciais riscos à saúde
humana”.
De acordo com o Greenpeace, a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) alertou para os riscos do herbicida para
a saúde humana quando a CTNBio aprovou o
milho transgênico da mesma multinacional em
2007, que, segundo a ONG, utiliza o mesmo princípio
ativo do algodão liberado hoje.
“Segundo a Anvisa, o herbicida
não é seguro para gestantes, lactantes
e bebês recém-nascidos. Como tanto
o milho como o algodão da Bayer são
resistentes ao glufosinato, há o risco de
grande aumento no uso desse herbicida e, com isso,
aparecimento de ervas daninhas resistentes, além
do aumento de resíduo do veneno na comida”,
apontou o Greenpeace.