Panorama
 
 
 

EM MAIS UM GOLPE À BIODIVERSIDADE BRASILEIRA, ALGODÃO DA BAYER É APROVADO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Agosto de 2008

21 de Agosto de 2008 - Brasil transgênico: CTNBio aprova segunda variedade de algodão geneticamente modificado no país. Em 2005 foi o Bt da Monsanto. Agora, o Liberty Link da Bayer. Bom as para empresas, ruim para a biodiversidade brasileira.
Aumentar a ImagemBrasília (DF), Brasil — Variedade resistente ao glufosinato é liberada apesar das evidências científicas de que é uma ameaça à saúde e ao meio ambiente.

Más notícias para a biodiversidade brasileira. A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quinta-feira, em Brasília, mais uma variedade transgênica de algodão no Brasil. Depois de liberar em 2005 o algodão Bt da Monsanto, agora a Comissão deu a permissão para o plantio e comercialização do algodão Liberty Link, da Bayer CropScience. Trata-se de uma variedade que é resistente ao glufosinato, herbicida que tem um histórico polêmico de contaminação do solo e com potenciais riscos à saúde humana.

A aprovação do algodão transgênico da Bayer contou com 18 votos de integrantes da CTNBio - três votaram contra e houve duas abstenções.

Ao explicar seu voto contrário à liberação, Paulo Kageyama, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), de Piracicaba (SP) e representante do Ministério do Meio Ambiente na CTNBio, afirmou que o algodão transgênico da Bayer é uma grande ameaça a espécies e variedades silvestres em todos os seis biomas brasileiros.

"Ou seja, estamos colocando em risco toda a agrobiodiversidade do país, especialmente no semi-árido, área rica em variedades silvestres de algodão", afirma Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace Brasil.

Paulo Barroso, especialista do Embrapa na área vegetal e representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, votou a favor do algodão transgênico alegando ter levado em conta "estudos independentes além dos apresentados pela empresa". Curiosamente, ignorou em sua pesquisa um dos mais significativos, o da European Food Safety Authority (EFSA), que aponta inúmeras evidências científicas dos riscos à saúde humana e ao meio ambiente relacionados ao uso de herbicidas à base de glufosinato - leia aqui o relatório da EFSA.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão ligado ao Ministério da Saúde, já alertou para os riscos do glufosinato para a saúde humana quando a CTNBio aprovou o milho transgênico da Bayer (maio de 2007) que usa o mesmo princípio ativo do algodão agora liberado. Segundo a Agência, o herbicida não é seguro para gestantes, lactantes e bebês recém-nascidos. Como tanto o milho como o algodão da Bayer são resistentes ao glufosinato, há o risco de grande aumento no uso desse herbicida e, com isso, aparecimento de erva daninhas resistentes, além do aumento de resíduo do veneno na comida - o óleo de algodão é usado em diversos produtos industrializados.

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Novo relatório aponta problemas e soluções para oceanos

19 de Agosto de 2008 Leandra Gonçalves, do Greenpeace Brasil, fala durante coletiva de lançamento da nova campanha de Oceanos. Com ela na mesa (da esquerda para a direita): Gilberto Salles (Instituto Chico Mendes), Almirante Ibsen de Gusmão Câmara e Ana Paula Prates (Ministério do Meio Ambiente)
São Paulo (SP), Brasil — Estudo À Deriva - Um Panorama dos Mares Brasileiros, lançado pelo Greenpeace, marca a nova campanha de Oceanos da organização.

O Brasil tem apenas 0,4% de áreas marinhas protegidas e cerca de 80% de seu estoque pesqueiro está ameaçado. As conclusões são do novo relatório do Greenpeace Brasil, À Deriva - Um Panorama dos Mares Brasileiros, lançado nesta terça-feira em São Paulo.

O lançamento do relatório é o destaque da nova campanha do Greenpeace em defesa dos mares. O estudo foi elaborado a partir de entrevistas com 46 especialistas da área e aponta os principais desafios e soluções para a conservação dos oceanos.

São quatro os temas prioritários identificados pelo relatório: Áreas Marinhas Protegidas, Estoques Pesqueiros, Impacto das Mudanças Climáticas e Política Nacional de Oceanos.

Acompanha o relatório um documentário, O Mar É Nosso?, realizado em parceria com a Canal Azul a partir do relatório. O filme faz uma viagem pelos mares brasileiros, apontando os problemas causados pelo homem. A narrativa, conduzida por um pescador fictício interpretado por Guilherme Santana, também aponta soluções e convida para um engajamento pela conservação marinha.

"O bioma marinho nunca foi prioridade para o governo brasileiro. O descaso não está relacionado à falta de órgãos gestores, mas sim à falta de coordenação entre eles", afirma Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de Oceanos do Greenpeace Brasil.

"Hoje mesmo as pessoas têm dificuldade para localizar o órgão onde devem pedir as devidas licenças ambientais. Há uma sobreposição de poderes."

Uma das principais ferramentas de sensibilização da população na luta em defesa dos oceanos é o túnel sensorial que percorrerá todo o país a partir desta semana. A instalação criada pela Futuratech conta com quatro espaços cenográficos e um cine/iglu, onde os visitantes serão estimulados pela visão, audição e olfato a se engajarem na causa.

São Paulo será a primeira cidade a receber o túnel. Neste final de semana (23 e 24 de agosto), a instalação ficará aberta à visitação no Parque Villa-Lobos. No sábado, dia 16/8, voluntários e ativistas do Greenpeace e de outros grupos como a União de Escoteiros do Brasil (grupos Quarupe, Tocantins, Araguaçu, Blia, Paineiras, Raposo, Jacareí e outros), SOS Mata Atlântica, EcoSurf e Surfrider Foundation, além do público que passeava pelo parque, formaram uma grande onda humana e a palavra 'socorro'.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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