Panorama
 
 
 

FOTOGRAFIA AJUDA TRABALHO DE PESQUISA DA ONÇA-PINTADA DO PANTANAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

22 Aug 2008 - Por Geralda Magela - A máquina fotográfica é companheira inseparável do pesquisador Fernando Azevedo e sua equipe nas atividades de estudo das onças no Pantanal. Ele coordena o projeto Onça Pantaneira do Instituto Pró-Carnívoros, desenvolvido no município de Corumbá (MS) com o apoio do programa Pantanal para sempre do WWF-Brasil.

O registro de imagens, mesmo não sendo de um fotógrafo profissional, é muito importante para o acompanhamento do projeto. Por isso, junto com todo o aparato de pesquisa, que inclui colares com rádios transmissores para monitoramento via GPS, dardos, tranqüilizantes, balança de pesagem, antena para recepção de sinais e outros equipamentos, a máquina fotográfica nunca pode ser esquecida.

Biólogo especializado no estudo do comportamento dos felinos, Fernando vem pesquisando os padrões de predação das onças do Pantanal desde 2003, primeiro por meio do projeto Gadonça, desenvolvido na Fazenda São Francisco, no município de Miranda (MS). No final de 2007, iniciou o projeto Onça Pantaneira, na Fazenda São Bento no município sul-matogrossense de Corumbá.

O trabalho de captura para estudo envolve a avaliação das condições físicas dos animais, coleta de sangue, pesagem e instalação de colares com rádios transmissores para o monitoramento dos hábitos das onças durante o período da pesquisa. No mês de julho, a equipe de Fernando comemorou a marca de oito onças monitoradas pelo projeto, desde que o trabalho de campo começou no início de 2008.

Entre os animais encontrados e que agora estão sendo monitoradas pelo projeto Onça Pantaneira está um macho de aproximadamente sete anos de idade pesando 128 kg. “Vamos completar a meta de 10 animais com rádios transmissores”, ressalta Fernando, explicando que todo o trabalho é registrado em um banco de dados devidamente ilustrado com fotos das onças.

As fotografias produzidas bem de perto, quando a onça está sob efeito do tranqüilizante, ajudam a identificar características específicas do animal que depois serão analisados durante o processo da pesquisa. Um exemplo são as manchas existentes na pele, que são diferentes em cada animal. “É uma espécie de impressão digital, única, que nunca se repete”, explica o pesquisador.

De acordo com ele, por essa razão, a equipe fotografa as laterais da onça e também a parte da cabeça. ”Desta forma, se uma onça for morta por um caçador e for retirado o colar transmissor, é possível identificá-la comparando as fotos com a pele do animal morto”, diz. As fotos são anexadas no material de pesquisa junto com os dados coletados.

Onça Pantaneira - Espécie ameaçada de extinção e, ao mesmo tempo, emblemática das florestas brasileiras, a onça muitas vezes é considerada pelos fazendeiros uma ameaça, devido à predação do gado. Diminuir esse conflito é um dos objetivos do projeto Onça Pantaneira, que busca entender melhor os diferentes fatores envolvidos na predação de animais domésticos e as possíveis formas de minimizar essas ocorrências.

Durante três anos, Fernando e sua equipe vão estudar o comportamento das onças para saber os padrões de predação, hábitos alimentares entre outras informações sobre a espécie. As informações obtidas estão sendo repassadas aos proprietários das fazendas de gado, para ajudá-los a encontrar alternativas de manejo que permitam o desenvolvimento da atividade pecuária e a conservação da onça.

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Para WWF-Brasil Fundo Amazônia é bom, mas não é a única opção

22 Aug 2008 - O Fundo Amazônia é uma boa opção para receber e organizar recursos para fortalecer a luta para vencer o maior desafio brasileiro quando se fala em emissão de gases de efeito estufa: o desmatamento. Esta é a avaliação do WWF-Brasil sobre este mecanismo voluntário lançado em agosto pelo governo brasileiro. Porém, o WWF-Brasil alerta que limitar-se a essa estratégia específica não é suficiente.

É preciso buscar outras opções de arrecadação de recursos, como o mercado internacional de carbono, o desenvolvimento de um mercado nacional, outros sistemas nacionais ou internacionais de compensações, além de alocação de recursos do próprio orçamento dos governos federal e estaduais brasileiros.

De acordo com a idéia apresentada pelo governo brasileiro, será traçada uma linha-base com as taxas de desmatamento dos últimos dez anos e, a partir daí, estabelecida uma média para servir de coeficiente para o cálculo da redução de emissões. Caso o desmatamento não seja reduzido abaixo dessa média, o pagamento antecipado ficará como déficit acumulado para os anos seguintes.

Para que o fundo cumpra o papel esperado, é preciso ainda responder a algumas perguntas. Como o dinheiro chegará ao campo, às mãos dos moradores, comunidades locais e povos indígenas da Amazônia que realmente precisam para suas estratégias de sobrevivência? Ou a outros produtores rurais que precisam ser incentivados a conservar a natureza? Quem deve ser compensado? Como será definido quem é o responsável pela queda nos índices de desmatamento, órgãos públicos de controle ou unidades de conservação, por exemplo? Deve-se trabalhar também com projeções ou incentivos em termos de perspectivas futuras para promover mais a queda? Essas são questões que o governo brasileiro terá de responder à sociedade.

Somente no ano passado o tema florestas foi incluído definitivamente nas discussões internacionais sobre clima, e a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas reconheceu que o desmatamento e a degradação de florestas são responsáveis por cerca de 20% das emissões globais de gases de efeito estufa.

No contexto desta Convenção da ONU existem muitas propostas sendo feitas sobre como interligar os temas clima e florestas. Uma outra opção para o Brasil poderia ser a venda de créditos de carbono florestais certificados, que estão sendo estudados hoje como uma alternativa para o próximo período de compromisso do Protocolo de Quioto.

Para o WWF-Brasil, é preciso explorar esse e outros mecanismos, e o Brasil deve ser protagonista nessa tarefa, mas com o cuidado de incentivar sempre o desenvolvimento sustentável e garantir o bem-estar das populações que vivem nas florestas.

Quanto aos mecanismos de compensação, é importante ter em mente que devem sempre complementar outras ações, como recomendado no Pacto pela Valorização da Floresta Amazônica e Redução do Desmatamento, proposto por um conjunto de ONGs, entre elas o WWF-Brasil.

Muitas destas ações já estão em curso, mas precisam de fortalecimento, como é o caso do controle de ações ilegais de desmatamento, criação e implementação de áreas protegidas e fomento ao manejo sustentável de recursos naturais.

Informações sobre o Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia foi criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, no dia 1º de agosto, com a assinatura do decreto nº 6.527, que autoriza o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a captar recursos, privados ou governamentais, tanto nacionais quanto internacionais, para ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento da Amazônia. O governo brasileiro espera que Fundo Amazônia capte, já no primeiro ano, US$ 1 bilhão.

O Fundo Amazônia será destinado a projetos de manejo florestal sustentável, manejo de áreas protegidas e florestas públicas, fiscalização e controle ambiental, atividades econômicas com base no uso sustentável dos recursos naturais, regularização fundiária e projetos de conservação e uso sustentável da biodiversidade. O fundo também financiará pesquisas científicas e tecnológicas e equipará os órgãos de fiscalização, para que possam fiscalizar com mais eficiência a riqueza amazônica.

O Fundo será administrado pelo BNDES, e as decisões de investimentos serão tomadas pelo Comitê Técnico do Fundo Amazônia, formado por membros do governo federal (Ministério do Meio Ambiente e Secretaria de Assuntos Estratégicos), governos dos estados amazônicos e representantes da sociedade civil (ONGs, empresas, universidades, sindicatos). Os critérios de aprovação de projetos serão os mesmos utilizados nos investimentos regulares do BNDES, e os doadores não terão nenhuma influência na gestão do fundo ou nas decisões de investimentos. O BNDES estima que o fundo tem potencial para captar US$ 21 bilhões até 2021.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente

 
 

Fonte: WWF-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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