19 de
Agosto de 2008 - Yara Aquino - Repórter da
Agência Brasil - Antonio Cruz/Abr - Brasília
- O ministro de Minas e Energia, Edson Lobão,
fala à imprensa no Palácio do Planalto
Brasília - O ministro de Minas e Energia,
Edison Lobão, falou hoje (19) sobre a possibilidade
de utilização no Brasil de uma cápsula
de aço que armazena o lixo nuclear e que
garante a segurança dos rejeitos por mais
de 500 anos. Ela abrigaria o lixo nuclear da Usina
de Angra 3 e das próximas que serão
construídas no Brasil.
A proposta foi apresentada ontem
(18) pelo presidente da Eletronuclear, Othon Luiz
Pinheiro da Silva, durante reunião do Comitê
de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro.
O modelo foi apresentado nos Estados Unidos e elogiado
por órgãos ligados a usinas nucleares.
Questionado se essa cápsula de aço
será o modelo usado em Angra 3, Lobão
respondeu que “muito provavelmente” e não
soube precisar qual seria o custo do equipamento.
A discussão sobre a destinação
do lixo nuclear foi tema dominante na reunião
do Comitê realizada ontem (18). Na ocasião,
o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, pediu
mais detalhes técnicos sobre essa proposta
de destinação de rejeitos.
Lobão falou ainda que das
quatro usinas nucleares que o governo estuda construir,
duas seriam instaladas no Nordeste. Até o
momento, quatro estados se propuseram a abrigar
as usinas: Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas.
As declarações de Edison Lobão
foram feitas após reunião no Palácio
do Planalto.
+ Mais
Governo está próximo
de consenso sobre destinação para
lixo nuclear
18 de Agosto de 2008 - Sabrina
Craide e Luciana Lima - Repórteres da Agência
Brasil - Brasília - O grupo criado pelo governo
para debater os rumos da política nuclear
para o Brasil está perto de chegar a um consenso
sobre a destinação do lixo nuclear
da Usina de Angra 3 e das próximas que serão
construídas no Brasil.
O Comitê de Desenvolvimento
do Programa Nuclear Brasileiro se reuniu hoje (18)
com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
e deverá apresentar uma proposta conclusiva
em 60 dias. Nesse período, a ministra-chefe
da Casa Civil, Dilma Rousseff, vai estabelecer um
calendário de reuniões para que a
proposta seja concluída. A assessoria de
imprensa da Presidência não se manifestou
oficialmente, mas auxiliares do Palácio do
Planalto confirmaram a informação.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos
Minc, pediu mais detalhes técnicos sobre
a proposta de destinação dos rejeitos,
apresentada pelo presidente da Eletronuclear, Othon
Luiz Pinheiro da Silva, que garante a segurança
do lixo nuclear por mais de 500 anos. O ministro
chegou a dizer que só autorizaria a retomada
da construção de Angra 3 se o governo
encontrasse uma solução definitiva
para o lixo nuclear.
A Eletronuclear garantiu que as
exigências estabelecidas pelo Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) para a concessão da Licença
de Instalação da Usina de Angra 3
serão cumpridas dentro do prazo previsto.
O programa estratégico
do governo para a área de geração
de energia prevê ainda a continuidade do processo
de enriquecimento de urânio no país
e a construção de submarinos nucleares,
que poderão ser utilizados para a proteção
das reservas de petróleo na camada pré-sal.
A reunião contou com a
presença dos ministros Miguel Jorge (Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior), Nelson
Jobim (Defesa), Dilma Roussef (Casa Civil), Guido
Mantega (Fazenda), Carlos Minc (Meio Ambiente),
Edison Lobão (Minas e Enegia), Sérgio
Rezende (Ciência e Tecnologia), Reinold Stephanes
(Agricultura), Jorge Felix (Gabinete de Segurança
Institucional), Mangabeira Unger (Políticas
a Longo Prazo), além de Samuel Pinheiro,
secretário executivo do Ministério
das Relações Exteriores.
Também participou da reunião, o presidente
da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício
Tolmasquim.