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ÍNDIOS QUEREM DOMÍNIO SOBRE LAGO MESMO QUE PERCAM A RAPOSA SERRA DO SOL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

18 de Agosto de 2008 - Karina Cardoso - Enviada Especial - Boa Vista (RR) - O representante do Conselho do Povo Indígena Ingaricó (Coping), Dilson Ingaricó, afirmou hoje (18) que a comunidade indígena da etnia Macuxi "não desistirá" do domínio sobre o Lago Caracaranã, área que poderá deixar de ser considerada "terra indígena", caso o Supremo Tribunal Federal decida pela não homologação contínua da reserva da Raposa Serra do Sol, em Roraima.

O lago Caracaranã é um dos principais pontos turísticos da região, lembra Dilson Ingaricó, e "tirar nosso povo de lá é contrariar o direito previsto na Constituição". Ele acrescentou que, da mesma forma, "é inconstitucional tirar dos índios o Parque Nacional Monte Roraima, cuja decisão está nas mãos do STF. Quando se fala de excluir a terra, fala-se da exclusão dos povos", acentuou.

Para o representante Ingaricó, o governo estadual deveria investir nas comunidades indígenas, "para que elas próprias possam atuar nas atividades ecoturísticas da região, contribuindo assim para a economia do estado". O STF deverá decidir pela constitucionalidade ou inconstitucionalidade da demarcação contínua da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em julgamento previsto para o dia 27 de agosto.

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CNBB defende demarcação contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol

21 de Agosto de 2008 - Ana Luiza Zenker - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente e o vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Lyrio Rocha, e dom Luis Soares Vieira, respectivamente, entregaram ao presidente do Supremos Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, uma nota defendendo a demarcação contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol.

A nota foi aprovada pelo Conselho Episcopal de Pastoral da CNBB (Consep), que se reuniu esta semana em Brasília. Com a visita, os religiosos mostraram ao presidente do Supremo a posição da CNBB sobre o caso.

A constitucionalidade da demarcação das terras, homologada em 2005, vai ser julgada na próxima semana pelo STF. Dom Geraldo Lyrio Rocha destacou que a data é significativa para a Igreja, porque coincide com a morte de dom Luciano Mendes de Almeida, que defendia a causa dos povos que vivem na reserva em Roraima.

“Confiantes no julgamento do Supremo Tribunal Federal, esperamos que os direitos dos povos indígenas sejam novamente confirmados, mantendo-se a demarcação e sua homologação para a alegria das 194 aldeias dos povos que tradicionalmente ocupam a Terra Indígena Raposa Serra do Sol”, conclui a nota.

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Movimentos sociais apóiam luta de índios para manter demarcação de reserva em Roraima

20 de Agosto de 2008 - Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - Integrantes do coletivo Makunaima Grita e de entidades da sociedade civil participaram hoje (20) de encontro para expressar apoio à manutenção da demarcação da Terra Índigena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Eles assinaram ainda o livro que será entregue por membros do coletivo, junto com as assinaturas do público e com a petição que está disponível na internet, aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, na próxima segunda-feira (25), dois dias antes do julgamento do STF, marcada para quarta-feira (27).

Segundo Júlia Trujillo, integrante do coletivo Makunaima Grita, o objetivo é mobilizar o maior número de pessoas para chamar a atenção para o problema dos índios da Terra Indígena Raposa Serra dos Sol e que abrange também outras terras indígenas. Ela explicou que até a noite de ontem a petição, que está na internet há duas semanas, já havia sido vista por pessoas de 76 países nos cinco continentes e já contava com cerca de 3.600 assinaturas.

“Na petição, pedimos para que a demarcação não seja revista, de modo que se garanta os direitos dos índios à Terra Indígena Raposa Serra do Sol, conforme está previsto na Constituição. Além disso, é um momento em que a Constituição faz 20 anos e o respeito a ela acaba também ficando em evidência”, disse Júlia.

De acordo com a advogada Ana Valéria Araújo, o STF deveria discutir neste momento a legalidade dessa demarcação para que as dúvidas existentes sejam dirimidas e as terras passem a ser de fato asseguradas aos índios de uma vez por todas. "A área já foi demarcada e homologada em 2005 pelo presidente da República. É isso que tem que ser discutido. O que se vê é uma discussão em torno de questões políticas e econômicas”.

Ela reforçou que vivem na área 19 mil índios de cinco etnias e que o processo de demarcação ocorrido na região foi legítimo e obedeceu todas as etapas e contestações. “Se não conseguirmos fazer valer os direitos dos índios nesse caso , colocaremos em risco tudo o que já foi feito até hoje”, afirmou.

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Pesquisador teme degradação ambiental com permanência de agricultores em terra indígena

19 de Agosto de 2008 - Karina Cardoso - Enviada Especial - Boa Vista (RR) - O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) Ciro Campos prevê cenário ambiental de degradação na terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, caso os produtores rurais permaneçam na região.

O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da homologação em área contínua e a retirada de não-índios da região está previsto para o dia 27.

“O cenário para os próximos anos é de crescimento maciço da agricultura, mas também de poluição dos mananciais e de degradação das matas [...] A monocultura na região é feita na beira dos rios, em áreas de preservação permanente.”

Para Campos, o estado de Roraima não tem mecanismos de controle nem de fiscalização adequados para avaliar os impactos ambientais da produção de arroz na região. Segundo ele, “preservar os recursos naturais pode ser, no futuro, muito mais lucrativo que plantar arroz”.

O produtor rural Aluísio Nascimento defende que o potencial econômico da Raposa Serra do Sol tem que ser aproveitado. “Nós temos 3% a mais de óleo em cada grão de soja produzido aqui. E 6% a mais de proteína [em relação à monocultura em Mato Grosso]."

Nascimento garante ainda que os produtores rurais em Roraima possuem licenças ambiental, de supressão vegetal e de operação.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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