21 de
agosto de 2008 - O Parque Estadual do Rio Doce recebeu
nesta quinta-feira (21), no Espaço Municipal
da Prefeitura de Belo Horizonte, o Certificado Nacional
de Gestão Pública. O Ministério
do Planejamento e Gestão do Governo Federal
premiou a auto-avaliação da gestão
do Parque no ciclo 2007/2008.
O Certificado é uma ação
estratégica do Programa Nacional de Gestão
Pública e Desburocratização
(Gespública), que segue modelos contemporâneos
e universais de excelência em gestão
utilizados em vários países. Além
da unidade de conservação, receberam
a certificação em Minas Gerais a Gerência
Regional de Administração do Ministério
da Fazenda, a 4ª Superintendência de
Polícia Rodoviária Federal de Minas
Gerais, a 8ª Delegacia da Polícia Rodoviária
Federal de Leopoldina e a Gerência de Apoio
Logístico da Secretaria de Gestão
Participativa da Prefeitura de Belo Horizonte.
As organizações
públicas que aderem ao programa recebem um
conjunto de orientações e parâmetros
para avaliação da gestão, tendo
como referência o Modelo de Excelência
em Gestão Pública e os conceitos e
fundamentos definidos pelo Gespública. As
organizações podem participar de três
fases de avaliação: auto-avaliação;
validação externa e implementação;
e monitoramento. A partir do resultado dessas avaliações,
é possível melhorar o sistema de gestão
da organização avaliada de forma objetiva
e consistente.
O Parque Estadual do Rio Doce
participou no ciclo 2007/2008 da primeira fase de
avaliação e recebeu 205 pontos, de
um total de 250. O Gespública serviu de base
para o diagnóstico de desempenho gerencial
desenvolvido na unidade e seguiu os critérios
propostos pelo programa: liderança; estratégias
e planos; cidadãos e sociedade; informações
e conhecimento; gestão de pessoas; gestão
de processos e resultados. Estes critérios
permitem trabalhar a organização de
forma sistêmica orientando pessoas, atividades
e processos em função de resultados.
Desde 2004, ações
de Planejamento estratégico impulsionadas
pelo Projeto Choque de Gestão do governo
de Minas, que estabelece um novo modo de operação
do Estado buscando a eficácia administrativa
e é fundamentado em um modelo de gestão
focado em resultados, vêm sendo desenvolvidas
na Unidade de Conservação. “Essa certificação
tem uma importância muito grande porque através
desses indicadores podemos avaliar nossas metas,
resultados e objetivos para melhorar e corrigir
qualquer desvio, além da possibilidade de
testar a eficiência da nossa gestão”,
ressalta o gerente do Parque Estadual do Rio Doce,
Marcus Vinicius de Freitas.
Mudanças significativas
já podem ser observadas nas práticas
gerenciais do Parque, implementadas a partir da
nova cultura organizacional. Em 2006 o Parque Estadual
do Rio Doce obteve a maior efetividade de gestão
em Unidades de Conservação atingindo
80,8% de efetividade em suas ações.
O PERD apresentou também melhorias em seus
planos de trabalho anuais, na implementação
do conselho consultivo, na melhoria na educação
ambiental, no número de pesquisas realizadas,
entre outros.
Investimentos – Projeto de Proteção
da Mata Atlântica (Promata-MG) vem propondo
também o desafio de transformar o Parque
Estadual do Rio Doce em “parque modelo”, fazendo
com que a Unidade de Conservação seja
referência em boas práticas de gestão
na conservação da biodiversidade.
Entre 2004 e 2007, cerca de R$
4,2 milhões foram investidos pelo Promata
no Parque, oferecendo uma completa infra-estrutura
para atendimento a turistas e pesquisadores, incluindo
obras de reforma da portaria, estacionamento, área
de camping, vestiários, restaurante, anfiteatro,
Centro de Visitantes, Centro de Pesquisas, Viveiro
e posto da Polícia de Meio Ambiente. Foram
realizadas também a construção
do Centro de Visitantes do Macuco, o apoio ao serviço
de barcos, o ancoradouro e o heliponto.
O Parque - Primeira unidade de
conservação estadual criada em Minas
Gerais, o Parque do Rio Doce está situado
na porção sudoeste do Estado, a 248
km de Belo Horizonte, na região do Vale do
Aço, inserido nos municípios de Marliéria,
Dionísio e Timóteo. Em seus 36.970
hectares, a unidade de conservação
abriga a maior floresta tropical de Minas.
Árvores centenárias,
madeiras nobres de grande porte e uma infinidade
de animais nativos compõem o cenário
de um dos poucos remanescentes de Mata Atlântica
no Brasil.
O Parque abriga quarenta lagoas
naturais, dentre as quais destaca-se a Lagoa Dom
Helvécio, com 6,7 Km2 e profundidade de até
32,5 metros, proporcionando um espetáculo
de rara beleza. As lagoas abrigam uma grande diversidade
de peixes, que servem de importante instrumento
para estudos e pesquisas da fauna aquática
nativa, com espécies como bagre, cará,
lambari, cumbaca, manjuba, piabinha, traíra,
tucunaré, dentre outras.
No Parque do Rio Doce também
é possível encontrar espécies
da avifauna, como o beija-flor-besourinho, o chauá,
o jacu-açu, a saíra e a anumará,
entre outras. Também são freqüentes
na unidade animais conhecidos da fauna brasileira,
como a capivara, a anta, o macaco-prego, o sauá,
a paca e a cotia, bem como espécies ameaçadas
de extinção, como a onça-pintada,
o macuco e o mono-carvoeiro, maior primata das Américas.
Ascom/Sisema