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FAZENDEIROS TÊM ATÉ SETEMBRO PARA DEIXAR TERRA DO MEIO SEM PERDER REBANHOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

29 de Agosto de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Termina no mês de setembro o prazo para que seis fazendeiros acusados de ocupar irregularmente terras em unidades de conservação da Terra do Meio, região paraense entre os municípios de Altamira e São Félix do Xingu, deixem a área. Os ruralistas são processados por grilagem pelo Ministério Público Federal e insistem em permanecer no local, apesar de ordens de despejo já terem sido decretadas.

A primeira ordem de despejo foi para Lourival Medrado. A Justiça também decretou o perdimento, em favor da União, de mais de 3 mil cabeças de gado que estavam nas terras. O lote foi vendido ontem (28) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por R$ 1,3 milhão, após três tentativas frustradas de leilão. O valor arrecadado será revertido para o Programa Fome Zero.

Assim como ocorreu com Medrado, os fazendeiros José Avelino Neto, João Soares Rocha, Ozório de Oliveira Pereira, Raimundo Alves Pinheiro, Abel Rodrigues Filho e Sebastião da Silva Lopes também podem perder as boiadas caso não retirem o gado e deixem a área até setembro. Eles receberam ordens de despejo no início de 2008.

O procurador da República Felício Pontes esclareceu que o prazo vence em datas específicas para cada um dos fazendeiros. "Os outros [fazendeiros] deviam estar achando que não íamos cumprir a medida, mas se enganaram. Espero que eles cumpram o prazo porque se não vamos fazer o mesmo pedido aplicado ao Lourival."

Pontes adiantou que, em eventual resistência à desocupação, a Polícia Federal será acionada para fazer cumprir a medida. "Pedimos ao juiz que, nestes casos, nomeie a PF como oficial de justiça. Ela vai com uma ordem para retirar todas as pessoas da área. Em relação ao gado, pediremos ao Ibama que faça a retirada e fique com a venda do boi", disse.

Os ruralistas ainda respondem a processos por danos ambientais, já que teriam, de acordo com o MPF, recorrido ao desmatamento para criação de pastagens nas unidades de conservação. Na Estação Ecológica da Terra do Meio e no Parque Nacional da Serra do Pardo, 24 mil hectares da cobertura florestal foram derrubados.

As áreas fazem parte do mosaico de unidades contínuas de conservação implantado pelo governo federal depois do assassinato da missionária Dorothy Stang, em 2005, vítima da ação de grileiros.

O procurador avalia que as desocupações na Terra do Meio marcarão uma nova forma de enfrentamento ao crime ambiental na Amazônia.

"O efeito pedagógico destas ações na Terra do Meio é muito forte na Amazônia toda. Quem estiver na ânsia de ocupar terras públicas para ter proveito particular, sabe agora que vai arcar com um ônus muito pesado. Pode sofrer não só privação de liberdade, mas perder todo o investimento feito", garantiu.

Ainda segundo Pontes, só terão direito à indenização por benfeitorias os fazendeiros que conseguirem comprovar que o fizeram de boa-fé. Em princípio, o procurador acredita que nenhum deles se enquadre nessa situação.

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Em leilão, Ibama vende "bois piratas" pelo preço mínimo

28 de Agosto de 2008 - Roberta Lopes - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vendeu hoje (28) as 3.046 cabeças de gado apreendidas na Estação Ecológica da Terra do Meio (PA) pelo valor de R$ 1.259.867,38, lance mínimo. O gado foi apreendido em junho por estar em áreas de preservação ambiental da Amazônia. O Ibama não divulgou o nome do comprador.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc afirmou que o lucro com a venda dos animais está na garantia de preservação das unidades ambientais.

"Nosso ganho é o ganho de combate à impunidade. Centenas de grileiros ou proprietários que tinham gado em unidade de conservação vão ter que tirar”, disse durante comemoração de um ano da criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
O ministro garantiu que o gado será entregue ao comprador no município mais próximo do local onde os animais estão. Ele afirmou ainda que novas operações de apreensão podem ocorrer.

"Agora acabou a moleza, a impunidade. Vai ter de tirar o gado [que estiver em áreas de conservação ambiental]", disse o ministro.

Depois de três tentativas de leiloar os "bois piratas", em meados de agosto, o desembargador federal Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, autorizou um deságio de até 50% no valor de mercado para o preço mínimo do leilão.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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