Belém (28/08/08) - A Operação
Guardiões da Amazônia identificou em
duas fazendas do município de Altamira, centro-oeste
do Pará, a existência de adornos feitos
com peles de animais, nas últimas semanas.
O coordenador da Operação,
Alessandro Queiroz, informa que, a partir de agora,
a ação contra essa prática
ilegal será intensificada na cidade e que,
a sociedade, de uma forma geral, deve estar atenta
para não fazer uso deste material que só
traz malefícios para o Meio Ambiente.
Alessandro Queiroz conta que durante
uma verificação de desmatamento, a
equipe de fiscais se deparou com o couro de uma
Jaguatirica (Felix pardalis) na sede de uma fazenda.
“O couro do animal estava dependurado como peça
de decoração na parede da sala! Imediatamente,
retiramos a pele daquele local, incineramos e providenciamos
a devida autuação do responsável
pelo crime de ter em depósito a pele de um
felino da fauna silvestre ameaçado de extinção.
A multa foi de R$ 5 mil”, afirma.
Outra situação registrada
durante a operação foi na semana passada,
quando, em meio à uma fiscalização
no município de Brasil Novo, centro-oeste
paraense, a equipe encontrou dois couros de cervídeos
da fauna silvestre (veados) numa fazenda. “Nesta
área encontramos as peles em processo de
cura para algum emprego decorativo. A infração
resultou para o responsável multa de R$500
por cada couro apreendido”, diz o coordenador.
Os couros dos cervídeos
foram também incinerados na própria
fazenda para que, assim como no outro caso, os proprietários
dos adornos não voltassem a utilizar o material,
e para impedir que terceiros o fizessem. “Afinal,
esta ainda é uma prática corriqueira.
As pessoas continuam caçando, contrariando
a legislação que proíbe a caça
no país”, lamenta Alessandro.
Queiroz ainda afirma que esse
tipo de caça não é para subsistência
e sim, uma caça predatória que visa
unicamente o lazer. “Alguns matam os animais pelo
prazer de verem o animal cair ao ser baleado”, explica.
Além dos couros de cervídeos,
na segunda fazenda vistoriada foi encontrado armamento:
três cartucheiras e bastante munição.
Tudo foi encaminhado à Polícia Federal
para as devidas providências. O proprietário
responderá administrativamente e poderá
responder criminalmente junto a PF.
Luciana Almeida
Ascom/Ibama/PA
Foto: Alessandro Queiroz
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Ibama fiscaliza pedreiras no sul
do Espírito Santo
Vitória (28/08/2008) -
A Operação Impacto Profundo do Ibama
segue realizando ações de fiscalização
no Município de Castelo, região sul
do Espírito Santo. Desta vez o foco são
as empresas de extração de pedras.
Três empresas foram vistoriadas
e uma apresentou problemas. Segundo os fiscais do
Ibama a empresa não estava cumprindo com
as condicionantes do Licenciamento Ambiental que
possuía e foi multada por dois crimes ambientais
diferentes.
No primeiro auto os fiscais multaram
por crime de degradação ambiental,
pois a empresa estava descartando resíduo
sólido em uma área de preservação
permanente as margens do córrego São
Luis. O segundo auto foi por descumprimento de condicionante
para o funcionamento da empresa, já que a
pedreira estava explorando mais hectares de terra
do que sua licença permitia. As multas somadas
chegaram a R$ 139 mil.
Os autos foram lavrados na delegacia
da cidade e o dono da empresa vai responder a processo
criminal junto ao Ministério Público
Estadual. A Operação Impacto Profundo
segue com o apoio dos técnicos do Iema que
atuam nas Unidades de Conservação
Estaduais como os Parques de Setiba, Forno Grande
e Pedra Azul . Mais ações de fiscalização
vão continuar por toda esta semana na região
sul do estado.
Luciana Carvalho
Ascom Ibama/ES
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Filhote de Gavião Real
é marcado e ganha colete de radiotransmissor
na Flona Carajás
Belém (28/08/08) - Um filhote
da ave silvestre Gavião Real ganhou, na última
segunda-feira (25), um colete de radiotransmissor
e uma anilha na Flona Carajás, no sudeste
do Pará. Analistas do Ibama em parceria com
o Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio) e Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia (INPA), iniciaram
o trabalho de marcação do animal na
última sexta-feira, dia 22.
Com a intervenção
da pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia-INPA, Tânia Sanaiotti, especialista
em conservação e monitoramento dessa
espécie em todo país, foi possível
fazer um atendimento adequado ao Gavião.
O analista do Ibama de Roraima
e pesquisador Benjamin da Luz escalou a castanheira
que tem cerca de 35 metros, onde está o ninho,
para coletar os restos alimentares (ossadas , pêlos
e couro de animais como preguiça, ouriço,
veado e macaco) e fazer as medições
do ninho. Como o filhote já voa, foi necessário
o uso de armadilha para a captura dele.
De acordo com a analista do Ibama
do Pará, Francileia Lobo, o filhote, que
é macho, pesa 3,5 kg e tem 1,68 de envergadura
de asa, foi capturado, com todo cuidado para as
avaliações necessárias. “A
partir daí, com a ajuda do analista do ICMBio
Edílson Esteves, foi feita a biometria (medição
do animal), coleta de sangue para pesquisa genética,
avaliação de cultura bacteriológica
e esfregaço sanguíneo para pesquisa
de hemoparasitas (existência de parasita no
sangue)”, explica.
O animal recebeu também
as anilhas (presilhas em forma de anel que funcionam
como marcação individual) do Centro
Nacional de Pesquisa para Conservação
das Aves Silvestres-CEMAVE e do INPA, além
do rádio transmissor para monitoramento do
seu comportamento e área de vida. Depois
desses procedimentos, o filhote foi devolvido ao
ninho.
Luciana Almeida
Ascom/Ibama/PA