Panorama
 
 
 

PARA MINISTRO DO STF, ÍNDIOS E MEIO AMBIENTE SÃO ‘UNHA E CARNE’

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Agosto de 2008

27 de Agosto de 2008 Brasília (DF), Brasil — Carlos Ayres Britto votou a favor da demarcação contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, e pede a retirada de invasores.

O ministro Carlos Ayres Britto, relator da ação popular contra a demarcação contínua das terras indígenas na reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, defendeu os direitos dos índios nesta quarta-feira em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu a retirada dos invasores da região.

Em seu voto, dado após a manifestação de advogados pró e contra a demarcação, além do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza (este também favorável à demarcação contínua), o ministro Carlos Ayres de Britto se disse totamente favorável aos direitos indígenas, rejeitando todas as argumentações do Estado de Roraima e dos invasores da reserva Raposa Serra do Sol, de que as terras indígenas na região prejudicam o desenvolvimento e a defesa da soberania nacional.

O ministro enfatizou que as terras indígenas são fundamentais para a proteção ambiental e lembrou que a Constituição Federal reconhece essa condição.Segundo Ayres de Britto, há terras suficientes para todos em Roraima. As terras demarcadas somam 1,7 milhão de hectares para cerca de 18 mil índios. Os cerca de 400 mil não-indígenas do Estado, por sua vez, têm mais de 100 milhões de hectares.

Infelizmente o julgamento não foi adiante poque houve um pedido de vista dos autos feito pelo ministro Menezes Direito. Com isso, o julgamento fica adiado até que ele estude os argumentos levantados pelo relator Ayres de Britto e sinalize que o julgamento possa ser retomado.

"Hoje é um dia feliz no Brasil para todos os índios porque o voto do ministro Ayres de Britto reconheceu que eles são gente e têm direitos à vida e às suas terras", afirma Sérgio Leitão, diretor de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil.

"Mas precisamos ficar atentos porque até o reinício do julgamento, os destruidores da natureza e os invasores das terras indígenas irão se articular para fazer o STF abrir a temporada de caça à Raposa (Serra do Sol)."

+ Mais

Minc e ONGs discutirão juntos ações para zerar desmatamento na Amazônia

25 de Agosto de 2008 Entre agosto de 2000 e agosto de 2005, a área total de desmatamento na Amazônia foi equivalente a metade da superfície do Estado de São Paulo
Brasília (DF), Brasil — Grupo de trabalho em defesa da floresta foi criado após três horas de reunião entre ambientalistas e o ministro do Meio Ambiente.

Para esfriar o clima entre ambientalistas e o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, em relação à política do governo Lula para a Amazônia, foram necessárias três horas de conversa em Brasília e a instalação de um grupo de trabalho para discutir o fim do desmatamento na região. Minc e representantes de diversas ONGs se reuniram nesta segunda-feira, no gabinete do ministro, para superar as divergências e colocar alguns pingos nos 'is'.

Depois de alguns controversos anúncios feitos por Minc, como o acordo com seu colega Reinhold Stephanes (Agricultura) que permite a recuperação da reserva legal com o plantio de espécies exóticas ou a defesa de ajustes no decreto nº 6.514/08, que regulamentou a Lei de Crimes Ambientais, o descontentamento com o ministro do Meio Ambiente era geral e irrestrito.

Para ambientalistas, a proteção da Amazônia está sob ataque das forças que entendem a proteção do meio ambiente como um entrave ao desenvolvimento do país. É o caso do ministro Mangabeira Unger, que vem propondo abertamente a diminuição da área de floresta na Amazônia.

"É preciso discutir uma solução para o desmatamento na Amazônia que leve em conta os fatores ambientais e econômicos. Sem solução para o avanço da fronteira agrícola, não haverá o fim do desmatamento", disse Sérgio Leitão, que participou do encontro com o ministro em Brasília.

Na reunião, foi proposta a criação de um grupo de trabalho com a frente parlamentar ambientalista, a Confederação Nacional de Agricultura (CNA), a bancada ruralista e ONGs ambientalistas para discutir o fim do desmatamento, conforme previsto no Pacto Nacional pela Valorização da Floresta e pelo Fim do Desmatamento Zero lançado em outubro de 2007 por diversas ONGs.

"Para o agronegócio e setores do governo Lula, que pretendem o desenvolvimento a qualquer preço, não existem limites para flexibilizar as leis de proteção ambiental do país", avalia Sérgio Leitão, afirmando que Minc não pode fazer concessões a cada pedido da bancada ruralista no Congresso.

"Essa discussão no varejo com os ruralistas nunca tem fim, porque eles sempre apresentam novos pedidos", disse ele, em entrevista ao jornal O Globo.

Além do Greenpeace, participaram da reunião as ONGs TNC, WWF Brasil, Amigos da Terra, Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia (Ipam), Instituto Socioambiental (ISA), Conservação Internacional, Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e Rede de Ongs da Mata Atlântica.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.