27 de Agosto de 2008 Ao se recusarem
a servir arroz transgênicos a seus clientes,
as principais cadeias de restaurantes de Manila,
nas Filipinas, demonstram respeito ao consumidor
e ao meio ambiente.
Manila, Filipinas — Principais estabelecimentos
da capital Manila aderem à campanha do Greenpeace
por arroz livre de transgênicos no país.
Os principais restaurantes das
Filipinas se juntaram ao Greenpeace para proteger
o arroz, mais importante alimento do país,
das ameaças dos transgênicos.
A campanha "Restaurantes
com arroz livres de transgênicos", lançada
nesta quarta-feira, pretende juntar o compromisso
de estabelecimentos de todo o país para servirem
apenas arroz não-transgênico. O projeto
é parte da campanha "Eu amo meu arroz
livre de transgênicos", movimento público
iniciado pelo Greenpeace para manter o arroz do
país livre da contaminação
genética. O lançamento foi feito no
restaurante Fish and Co., que pertence ao grupo
Bistro, um dos maiores do país.
"O arroz é o alimento
mais importante das Filipinas e parte integral de
nossa vida e cultura. Mas são poucas as pessoas
aqui que sabem que o arroz está ameaçado
da contaminação transgênica.
A campanha com os restaurantes não serve
apenas para envolver o público no movimento
para manter o arroz livre de transgênicos.
Visa também assegurar aos consumidores que
o arroz que estão comendo está livre
desses organismos geneticamente modificados que
representam sérias ameaças à
biodiversidade, à vida dos agricultores e
à saúde humana", afirma Daniel
Ocampo, da campanha de Engenharia Genética
do Greenpeace Sudeste Asiático.
Além de servir apenas arroz
não-transgênico, o grupo Bistro se
comprometeu a colocar posters da campanha em todos
os seus 27 restaurantes no país, e distribuir
folders explicativos a seus clientes. Outras grandes
cadeias de restaurantes vão aderir à
campanha nas próximas semanas.
As campanhas do Greenpeace contra
os cultivos e produção de alimentos
geneticamente modificados estão baseadas
nos princípios de sustentabilidade, proteção
da biodiversidade e acesso das pessoas a alimentos
seguros e nutritivos. Os transgênicos são
uma tecnologia desnecessária e indesejada
que contamina o meio ambiente, ameaça a biodiversidade
e coloca riscos inaceitáveis à saúde
humana.
+ Mais
Tata se preocupa mais com sua
imagem do que sobrevivência de tartarugas
25 de Agosto de 2008 Ativistas
do Greenpeace bloqueiam sede da Tata, na Índia,
exigindo que a empresa demonstre responsabilidade
ambiental. A Tata quer construir um porto numa região
de procriação de tartarugas.
Mumbai, Índia — Empresa indiana foi à
Justiça para impedir protestos do Greenpeace
contra a construção de um porto que
ameaça santuário marinho.
A empresa indiana Tata está
mais preocupada com sua imagem do que com a destruição
que poderá provocar em um santuário
marinho com a construção de um porto
em Dhamra (Orissa), nas proximidades do Santuário
Marinho de Gahirmatha e do Parque Nacional de Bhitarkanika.
A obra coloca em risco o habitat natural das tartarugas-olivas,
espécie ameaçada.
A Tata entrou esta semana com
uma ação legal na Justiça indiana
contra o Greenpeace para impedir que o grupo faça
novos protestos criticando as obras do porto, como
o realizado no último dia 20 na sede da empresa
em Mumbai (Índia).
Os ativistas convocaram o presidente
da empresa, Ratan Tata, a assumir compromisso de
proteger as tartarugas e o frágil ecossistema
de Dhamra (Orissa).
"A Tata demonstrou preocupação
com sua imagem mas não com os impactos que
a construção do porto terá
sobre as tartarugas e seu habitat. Eles parecem
não se preocupar com o fato de que muitos
de seus clientes querem que o porto seja transferido
e que mais de 200 cientistas nacionais e internacionais,
incluindo 30 especialistas em tartarugas, já
pediram o cancelamento das obras do porto. Eles
não se preocupam com o fato de que milhares
de pescadores de Orissa também querem a suspensão
das obras do porto", afirma Ashish Fernandes,
da campanha de Oceanos do Greenpeace Índia.
"Em vez de aceitar e retificar seu erro, a
empresa procura a Justiça para silenciar
seus críticos", disse Ashish.
O Greenpeace vem fazendo campanha
há anos para impedir que a Tata construa
o porto em Dhamra, Orissa. Depois do protesto do
Greenpeace realizado no dia 20 de agosto, a Tata
divulgou um comunicado de imprensa afirmando que
tinha interesse em discutir o assunto com o Greenpeace.
Surpreso com a medida da Tata,
Ashish Fernandes afirmou: "Depois de ignorar
as últimas três cartas do Greenpeace
endereçadas ao sr. Tata, é surpreendente
que a Tata diga à imprensa que eles estão
abrindo espaço para o diálogo! No
último dia 22 de agosto, escrevemos de novo
ao sr. Tata pedindo para marcar uma reunião.
É um absurdo que a Tata diga à imprensa
que está aberta a conversações
e ao mesmo tempo vá à Justiça
para impedir novos protestos do Greenpeace. Em vez
de responder à nossa carta, a Tata procura
calar os protestos contra seu projeto ecologicamente
destrutivo com ações legais."
Segundo Ashish, "o Greenpeace
afirmou em sua última carta ao sr. Tata que
sempre esteve aberto ao diálogo, mas que
qualquer diálogo tem que ser aberto, transparente
e gravado, devido ao histórico passado de
compromissos verbais feitos pela empresa que não
foram cumpridos. Considerando os últimos
compromissos feitos pelo sr. Tata, é imperativo
que qualquer diálogo leve em consideração
preocupações ecológicas. A
bola está no campo da empresa Tata e eles
agora demonstrarão se suas preocupações
ambientais e sociais são para valer."
+ Mais
Negociações sobre
clima em Gana mais lentas do que exige o planeta
27 de Agosto de 2008 Para combater
o aquecimento global, devem ser estabelecidas metas
claras de corte de emissões de CO2
Accra, Gana — Greenpeace pressiona por maior agilidade
nas negociações para fechar em 2009
o documento que substituirá o Protocolo de
Kyoto.
Os países que participam
da rodada de negociações sobre clima
que terminaram nesta quarta-feira em Accra, capital
de Gana, na África, não trataram o
tema com a urgência necessária. No
ritmo que as negociações foram encaminhadas,
as metas dos acordos que deveriam estar fechados
até 2009 para compor o documento que substituirá
o protocolo de Kyoto não serão atingidas.
Apesar da lentidão, o encontro
resultou em alguns avanços. Um dos pontos
altos da reunião foi o anúncio da
decisão da Coréia do Sul de definir
metas internas de redução de emissões
de gases do efeito estufa. O México também
teve posição de destaque no papel
de negociador entre os países desenvolvidos
e em desenvolvimento.
As negociações referentes
ao financiamento para os países em desenvolvimento
avançaram um pouco. No entanto, faltam propostas
concretas sobre a forma de transferência de
tecnologias limpas entre os países e sobre
a assistência que será dada para as
nações em desenvolvimento se adaptarem
às mudanças climáticas.
"Muito tempo está
sendo desperdiçado para discutir detalhes
processuais e reafirmar posições e
nada muito substancial está sendo colocado
na mesa", disse Bill Hare, diretor de Políticas
em Clima do Greenpeace Internacional. "Essa
é a terceira rodada de negociações
desde a convenção de Bali, no ano
passado. Os acordos que serão fechados no
final de 2009 deverão tomar forma agora¨,
diz. As negociações devem prosseguir
em Poznan, na Polônia, em dezembro.
"Governos que preferem
deixar tudo para a última hora com a desculpa
de que a natureza das negociações
internacionais é lenta já têm
dado declarações dizendo que as expectativas
para a reunião na Polônia são
baixas”, afirma. “Os governos precisam assumir uma
postura mais enérgica. Nós precisamos
de medidas urgentes agora para dar ao mundo a chance
de evitar uma catástrofe", completa.