Uma denúncia anônima
levou integrantes do Batalhão de Polícia
Ambiental Força Verde a apreender na última
sexta-feira (29) uma serraria móvel no município
de Pinhão (região Centro-Sul do Estado).
“A contribuição da população
é fundamental para conter os crimes como
este, que atentam contra o patrimônio ambiental
do Estado”, destacou o secretário do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.
Segundo ele, as denúncias
auxiliam o trabalho de inteligência desenvolvido
pelos órgãos ambientais e assim as
comunidades se tornam colaboradoras efetivas da
proteção ao meio ambiente. “Elas se
tornam milhares de olhos e ouvidos atentos, vigiando
as nossas riquezas naturais”, comentou.
Além da serraria móvel,
também foram apreendidas 30 toras de araucária.
“A serraria móvel foi desmontada, apreendida
e encaminhada a Sede do 3° Pelotão Ambiental
de Salto Segredo, assim como as toras”, informou
o sargento Rogério Albino do Prado. “Infelizmente,
as pessoas que trabalhavam no beneficiamento clandestino
da madeira fugiram quando perceberam a movimentação
dos policiais, abandonando os equipamentos e as
toras de araucária”, acrescentou.
O Força Verde recebeu a
informação através do Disque-Denúncia
(0800-643-0304), canal de comunicação
criado pelo governo do Estado para receber denúncias
de tráficos de animais silvestres, incêndio,
cortes de árvores, qualquer tipo de poluição
ou danos contra o meio ambiente. Para a segurança
dos denunciantes, as informações fornecidas
são mantidas no mais absoluto sigilo. A ligação
é gratuita.
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Governo promove seminário
sobre desenvolvimento sustentável do Litoral
A Secretaria do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos informa que as inscrições
pela internet para o III Seminário sobre
Desenvolvimento Sustentável no Litoral do
Paraná - Monitoramento Costeiro e Marinho,
que será realizado entre os dias 8 e 11 de
setembro, em Praia de Leste, balneário de
Pontal do Paraná, encerram-se na sexta-feira
(04).
A atividade faz parte do trabalho
desenvolvido em parceria pela Secretaria do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos, Agência
de Cooperação Internacional do Japão
(JICA) e Associação de Avanços
Ambientais de Hyogo (HEAA) desde 2003 para a criação
de um sistema de monitoramento costeiro pioneiro
no Brasil.
“Todas as informações
que foram coletadas dede o início da parceria
serão divulgadas neste seminário,
que irá reunir técnicos, pesquisadores
e estudantes de instituições públicas,
privadas e Organizações Não-Governamentais
para avaliar, discutir e elaborar propostas para
o desenvolvimento sustentável do nosso Litoral”,
explicou o secretário do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues. “Além
disso, também iniciaremos as discussões
para formação do comitê da bacia
hidrográfica Litorânea”, acrescentou.
Para a inscrição
on-line, os interessados devem acessar o endereço
eletrônico da Secretaria (www.sema.pr.gov.br),
preencher a ficha de inscrição e enviar
para o e-mail zonacosteira@sema.pr.gov.br. O cadastramento
também poderá ser feito no local,
a partir das 17 horas da próxima segunda-feira
(08). As inscrições serão confirmadas
mediante entrega de um quilo de alimento não-perecível
e os produtos arrecadados serão doados a
entidades beneficentes do município de Pontal
do Paraná.
PROGRAMAÇÃO – O
seminário será realizado na Associação
Banestado, em Praia de Leste, balneário de
Pontal do Paraná. A solenidade de abertura
(20h da próxima segunda-feira), contará
com a presença do secretário do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues,
e do secretário de Meio ambiente da Província
de Hyogo, Junichi Kikui.
Segundo um dos coordenadores do
evento, o técnico em biodiversidade da Secretaria
do Meio Ambiente, Evandro Pinheiro, o seminário
será dividido em quatro módulos de
atividades. “No primeiro será apresentado
o projeto de criação do sistema de
monitoramento marinho que será inédito
no país, incluindo a formação
do comitê da bacia hidrográfica Litorânea”,
antecipou.
Entre os palestrantes estarão
Luiz Faraco, analista ambiental do Instituto Chico
Mendes, e Rosa Mancini, coordenadora de Recursos
Hídricos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente
de São Paulo.
“Em seguida experiências
em políticas e ações de monitoramento
da zona costeira serão abordadas por representantes
de diversos estados brasileiros, além de
integrantes do Ministério do Meio Ambiente
e especialistas japoneses, como Ryuji Fukuyama,
do Instituto Hokkaido de Ciências Ambientais”,
acrescentou Evandro.
O terceiro módulo, intitulado
Ambiente Costeiro e Marinho do Paraná, será
subdividido em quatro grupos de discussões
e três palestras. Um dos grupos irá
abordar os conflitos no uso e ocupação
do solo e suas relações com os ecossistemas
e a biodiversidade. Outro irá debater as
políticas de recursos hídricos na
zona costeira e marinha, complementando as discussões
para formação do comitê da bacia
litorânea.
Os indicadores de sustentabilidade
ambiental que estão sendo elaborados pela
Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
serão tema de um terceiro grupo. A discussão
sobre saneamento ambiental e seus reflexos na qualidade
dos ecossistemas encerra as atividades em grupo.
“Já as palestras irão tratar de temas
como os Planos Diretores dos municípios litorâneos,
Zoneamento Costeiro e Marinho, e Gestão Ambiental
Portuária”, disse o coordenador.
No dia 11, último dia de
atividades, os grupos de discussão irão
elaborar e apresentar as propostas para políticas
públicas visando o desenvolvimento sustentável
do Litoral.
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Óleo de cozinha usado pode
ser trocado por sabão na Feira de Serviços
Paraná em Ação
A Secretaria do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos informa que seu estande
no 51º Paraná em Ação,
realizado em Curitiba até domingo (07), está
servindo como ponto de entrega de óleo de
cozinha usado. Como recompensa pela atitude ambientalmente
correta, os visitantes levam para casa sabão
feito a partir do reaproveitamento do produto.
Segundo o secretário Rasca
Rodrigues, o estande vem se somar temporariamente
aos mais de 5,3 mil pontos de entrega voluntária
existentes no Estado. “Estes milhares de pontos,
implantados pelo programa de recolhimento de óleo
de cozinha usado vem garantindo a destinação
final adequada a 10 mil litros do produto em 240
municípios paranaenses”, acrescentou.
OUTRAS ATRAÇÕES
– José Zeco Dionir Paz, um dos técnicos
responsável pelo estante, destacou que além
da troca e óleo por sabão, a Secretaria
oferece em seu estande oficinas que estimulam o
reaproveitamento de materiais que iriam para o lixo.
Uma delas ensina a confecção de sacolas
retornáveis feitas com banners inutilizados
e vem atraindo até pessoas de municípios
próximos a Curitiba, como a artesã
Regina Iara Bandeira, de Araucária.
Ela comentou que ficou sabendo
da oficina pela TV Paraná Educativa na última
semana e logo se programou para não perder
a oportunidade. “É fácil de fazer,
ajuda o meio ambiente e ainda pode render um dinheirinho
extra. Vim aprender para ensinar para mais gente
em Araucária”, afirmou, enquanto colocava
em prática o que aprendera.
Outra atividade, promovida pelo
Programa Desperdício Zero, explica a montagem
do aquecedor solar com garrafas PET e embalagens
longa vida. O empresário curitibano Maurício
Guerber tem uma fábrica de malas que utiliza
como matéria-prima garrafas PET. “Meu objetivo
era conhecer um pouco mais o sistema de aquecimento
solar com as garrafas PET para divulga-lo à
cooperativa de carrinheiros que coleta de material”,
comentou. “Fiquei muito satisfeito com o que vi”,
acrescentou.
Já o programa Mata Ciliar
está distribuindo gratuitamente mudas de
espécies nativas como pitangueira, pinheiro-bravo
e angico. A chácara do aposentado Nelson
Candido, em Campo Largo, será o novo lar
de algumas destas mudas. “A vegetação
está muito rala e devastada, por isso faço
a minha parte e contribuo para a preservação
dos rios também conforme orienta o Programa”,
disse.
No estande o visitante também
encontra informações sobre os programas
desenvolvidos pelo governo do Estado na área
ambiental – como Mata Ciliar, Paraná Biodiversidade,
Desperdício Zero e Combate às Espécies
Exóticas Invasoras nas Unidades de Conservação
– e esclarece dúvidas sobre serviços
prestados pelo Instituto Ambiental do Paraná
(IAP). O Paraná em Ação funciona
das 9h às 17h, em frente ao Palácio
Iguaçu.
+ Mais
Parques são opções
de lazer para curitibanos no final de semana prolongado
Para os curitibanos que quiserem
aproveitar o final de semana prolongado em contato
com a natureza, o Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) dá uma dica: visite as Unidades de
Conservação estaduais. Próximas
à capital do Estado estão localizadas
três das 27 unidades existentes no Estado
que são abertas à visitação.
Em menos de duas horas de viagem, o visitante pode
se deparar com espécies da flora e da fauna
ameaçadas de extinção, trilhas,
montanhas e muito verde.
Para conhecer uma delas, não
é necessário sequer sair da cidade.
O Parque Estadual João Paulo II (também
conhecido como Bosque do Papa) está situado
na área urbana de Curitiba, a apenas três
quilômetros do centro. Nele estão conservadas
espécies florestais características
da região sul, como araucárias centenárias,
e um conjunto de casas de troncos típicos
da cultura polonesa.
Danuta Lisicki de Abreu, responsável
pelo parque, conta que a área protegida homenageia
a visita do Papa João Paulo II a Curitiba
e recomenda visita à capela onde o Papa entrou
e também ao museu que possui muitos objetos
que vieram da Polônia. “É uma área
despoluída, o maior local verde do centro
da cidade onde os pássaros se abrigam”, disse
Lisicki.
SERRA DO MAR – Outras duas unidades
estão localizadas na Serra do Mar, a pouco
mais de uma hora da capital. Em feriados como o
da Independência (7 de Setembro), a vegetação
típica da mata atlântica atrai muitos
visitantes ao Parque Estadual Pico do Marumbi e
ao Caminho do Itupava.
O Pico do Marumbi é reconhecido
pela Unesco desde 1999 como parte integrante do
Sítio do Patrimônio Mundial da Natureza,
que protege ecossistemas da Floresta Atlântica.
Além de suas belezas naturais, nele está
protegido o Conjunto Marumbi, composto por nove
picos. O mais alto deles é o morro Olimpo,
que junto com três outros cumes (Abrolhos,
Ponto do Tigre e Gigante) são abertos à
visitação pública.
Segundo o gerente do parque, Lothário
Stoltz Junior, o acesso ao parque é feito
principalmente pela Ferrovia Paranaguá-Curitiba.
“O trem sai diariamente da estação
ferroviária de Curitiba as 8h30. Mas se você
tiver um veículo 4 x 4, consegue chegar até
a estação de Engenheiro Lange e de
lá seguir a pé por uma trilha. A caminhada
demora em torno de uma hora e meia, pois há
algumas subidas”, informou. O parque fica aberto
à visitação de quarta a segunda-feira
e feriados, das 8h30 às 18h00.
Stoltz destacou que o acesso também
pode ser feito a pé pelo Caminho do Itupava
uma antiga trilha que liga a capital ao litoral
do Estado. Em meio à exuberância da
Mata Atlântica da Serra do Mar, o Itupava
é um caminho de belezas naturais e históricas,
cruzando rios, vales verdes e montanhas.
A travessia leva em média
7 horas, dependendo do preparo físico de
cada pessoa. É recomendado iniciar a caminhada
bem cedo, levar lanche, carregar o mínimo
necessário de peso e usar roupas leves e
tênis ou botas apropriados para pedras escorregadias.
Cacilde Francisco da Silva, responsável
pelo Caminho do Itupava, ainda recomenda levar 2
litros de água, repelente e protetor solar.
“Venham conhecer a Mata Atlântica e passear,
mas não joguem lixo na trilha e não
andem pelo trilho do trem, é crime”, alertou.
O ponto inicial no alto da Serra
é Quatro Barras, a 30 quilômetros de
Curitiba pela BR-116 (sentido Curitiba-São
Paulo). De Quatro Barras até a entrada da
trilha, na Borda do Campo, são aproximadamente
10 quilômetros.
Existe uma linha regular de ônibus
para Quatro Barras no terminal Guadalupe, no centro
de Curitiba. No terminal de Quatro Barras é
só pegar o ônibus para Borda do Campo
e ir até o ponto final. O Centro de Visitantes
do Caminho do Itupava funciona aos finais de semana
e feriados, das 08h às18h.
Para mais informações
sobre os parques, horário de visitação
e endereço, acesse o www.iap.pr.gov.br e
clique sobre o ‘Unidades de Conservação’
no menu esquerdo.
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Incêndio no Parque Estadual
do Pico Paraná está controlado
O incêndio que consumiu
cerca de 10 hectares de mata do Parque Estadual
do Pico Paraná, situado na Porção
Norte da Serra do Mar, já estava sob controle,
na tarde desta sexta-feira (05). Segundo o secretário
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca
Rodrigues, neste sábado (6), a equipe do
Instituto Ambiental do Paraná (IAP) continua
a varredura no local, em busca de focos de incêndio.
“Esperamos que, até domingo (7) o fogo tenha
sido totalmente extinto”, informou.
Nesta sexta-feira (05), o IAP
organizou uma força-tarefa com mais de 50
pessoas – entre técnicos do órgão
ambiental e da prefeitura de Campina Grande do Sul,
oficiais do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, além
de voluntários da Federação
Paranaense de Montanhistas (Fepam) –que está
atuando em um dos locais mais atingidos pelo fogo,
ao lado do Morro Camapuã.
O presidente do IAP, Vitor Hugo
Burko, destacou que todos os equipamentos necessários
para o combate a incêndio foram disponibilizados
pelo órgão ambiental. “São
dezenas de abafadores, bombas costais, pás,
enxadas e facões, além de equipamentos
de proteção individual como óculos
de segurança, máscaras, luvas e caneleiras
de couro”, detalhou. Ele acrescentou que os voluntários
contam com transporte e alimentação.
Para tornar mais rápida
a comunicação entre os integrantes
da operação, uma base de controle
foi implantada no pé do morro com equipamentos
de radiotransmissão. Um helicóptero
da 6.º Divisão do Corpo de Bombeiros
também auxilia os trabalho.
Ainda neste final de semana, novos
voluntários devem se integrar à força-tarefa.
Os interessados em colaborar devem entrar em contato
com o Departamento de Unidades de Conservação
do IAP - (41) 3213-3462 - ou diretamente com o técnico
que representa o órgão ambiental na
operação - Harvey Schlenker (41) 9921-2114.
GESTÃO INTEGRADA - Há
um ano, um incêndio destruiu cerca de 70 hectares
de floresta do parque. “Desde então, o IAP
vem buscando implantar, no Pico Paraná, o
modelo de gestão já implantado em
outros parques estaduais, como o Pico do Marumbi
e Caminho do Itupava, Vila Velha e Guartelá,
por exemplo”, explicou Harvey.
Para isso, já foram realizadas
reuniões com representantes da prefeitura
de Campina Grande do Sul e também da Fepam.
“Na próxima semana, iremos nos reunir com
o proprietário da fazenda que serve de acesso
principal ao parque para discutirmos a possibilidade
de cadastramento dos visitantes”, antecipou o técnico
do IAP.
Além de integrar os atores
envolvidos com a proteção da área,
o modelo de gestão que será implantado
ainda inclui plano de combate à incêndio
e monitoramento florestal, manutenção
de trilhas, instalação de sinalização,
ações de busca e resgate, entre outras
iniciativas que irão garantir a integridade
da unidade de conservação e dos visitantes.
Com mais de quatro mil hectares
de mata atlântica, o Parque Estadual do Pico
Paraná foi criado em 2002 e, além
de proteger flora e fauna, também abriga
parte do conjunto de montanhas que compõe
a Serra do Mar, dividindo o Primeiro Planalto Paranaense
e a planície litorânea.