Panorama
 
 
 

CORTE INGLESA ABSOLVE ATIVISTAS E CONDENA CARVÃO COMO FONTE ENERGÉTICA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Setembro de 2008

10 de Setembro de 2008 Ativista do Greenpeace sobe em uma das chaminés da termelétrica a carvão de Kingsnorth, em Kent, Inglaterra. A ação paralisou as atividades da usina em 2007.
Kent, Inglaterra — Numa decisão inédita, a Justiça inglesa considerou legítima a tentativa de fechar a usina termelétrica a carvão em Kingsnorth.

Quem causa mais problemas, uma usina termelétrica a carvão que provoca inúmeros danos ao meio ambiente ou ambientalistas que tentam fechá-la? A Justiça inglesa não teve dúvidas: a defesa do meio ambiente é mais importante. Numa decisão inédita, o júri composto por representantes do público inglês absolveu nesta quarta-feira seis ativistas do Greenpeace que interromperam os trabalhos da usina de Kingsnorth, em Kent (condado situado no sudoeste da Inglaterra), sob a alegação de que com a ação eles estavam defendendo o meio ambiente dos impactos das mudanças climáticas.

É a primeira que a alegação de prevenção de danos provocados pelas alterações climáticas foi usada em um tribunal. Com o resultado, os planos do governo inglês de aumentar a participação do carvão na matriz energética do país sofreu um duro golpe.

No julgamento, que teve a duração de cinco dias, foram ouvidos vários especialistas, como o professor James Hansen, diretor da Nasa que aconselhou Al Gore no trabalho que deu ao ex-vice presidente dos Estados Unidos o prêmio Nobel da Paz. Hansen explicou à corte que mais de um milhão de espécies serão extintas por causa das mudanças climáticas e que só a usina de Kingsnorth seria responsável pelo fim de aproximadamente 400 delas.

O professor disse também que concorda com Al Gore quando o ex-presidente afirma que todos deveriam se acorrentar às usinas de carvão para impedir o seu funcionamento.

"Alguém tem que começar a dizer basta às centrais elétricas de carvão", afirmou o professor.

O Greenpece Brasil também contribuiu para a absolvição dos ativistas ingleses. O professor Geoff Meaden, outro especialista em clima, estava no Brasil nos dias do julgamento e foi ouvido por vídeo-conferência, ao vivo do escritório da organização em São Paulo.

Os especialistas disseram que a usina de Kingsnorth emite 20 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) por dia, o equivalente à soma das emissões dos 30 países menos poluentes no mundo. A defesa também falou sobre os planos do governo inglês de construir novas centrais a carvão, ao lado da usina já existente.

"Não éramos os únicos na cadeira dos réus, as usinas a carvão também estavam sendo julgadas e elas foram condenadas", disse Emily Hall, uma das voluntárias que participaram da ação em Kingsnorth.

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Ativistas do Rainbow Warrior são presos em Israel após ação contra carvão

08 de Setembro de 2008 Ashkelon, Israel — Navio do Greenpeace está em campanha no Mar Mediterrâneo contra o uso do combustível fóssil para a geração de energia.

A polícia de Israel, com apoio da Marinha, prendeu nesta segunda-feira ativistas e tripulantes do navio Rainbow Warrior, do Greenpeace, que está em campanha no Mediterrâneo contra o uso de carvão para a geração de energia.

As prisões foram feitas após uma ação direta pacífica que pintou a frase "Desistam do Carvão", em inglês e hebreu, no casco de um navio que descarregava carvão para a usina de Ashkelon. Os ativistas, além de 12 tripulantes e passageiros do Rainbow Warrior, entre eles o capitão do navio, Daniel Rizzotti, também foram presos.

O Greenpeace quer que o governo israelense abandone seu plano de construir uma nova usina à carvão em Ashkelon.

"Essa reação exagerada a um protesto pacífico nos faz questionar quais são as prioridades do governo do Israel", afirma Nili Grossman, do Greenpeace Mediterrâneo. "A verdadeira ameaça aqui é a nova usina à carvão que querem construir em Ashkelon. As mudanças climáticas são a maior ameaça que o mundo já enfrentou e o carvão é seu principal combustível."

Os navios Rainbow Warrior e Arctic Sunrise, do Greenpeace, estão levando a mensagem "Desistam do Carvão" para os países do Mediterrâneo (Europa e Oriente Médio). De Israel a campanha iria para a Polônia, onde serão realizadas em dezembro as negociações das Nações Unidas para o clima. Deixar de usar o carvão é um passo essencial em um acordo efetivo para salvar o clima. Os governos europeus têm a chance real para mostrar liderança ao encerrarem as operações com carvão em seus próprios países.

Os cenários previstos no relatório Revolução Energética mostram como a energia renovável, combinada com programas de eficiência energética, podem cortar as emissões de gás carbônico (CO2) em 50% e fornecer metade da demanda do mundo por energia até 2050.
No Brasil, o governo tem dado sinais cada vez mais fortes de que pretende ampliar a participação do carvão e do diesel na matriz energética nacional, indo na contramão do que tem que ser feito para se combater o aquecimento global.

"Não queremos que o Brasil faça parte do problema, como acontece em países asiáticos, europeus e do Oriente Médio, mas sim da solução. Para isso, temos que priorizar as fontes renovaveis de energia que temos em abundância em nosso país, como a solar, eólica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs)", afirma Marcelo Furtado, diretor executivo do Greenpeace Brasil.

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A maça ficou mais verde! Apple anuncia iPods sem componentes tóxicos

10 de Setembro de 2008 Com o lançamento da nova linha de iPods, Steve Jobs deu passo decisivo para tornar os produtos da Apple mais verdes, eliminando diversas substâncias tóxicas dos aparelhos.
Amsterdã, Holanda — Exatos 2 anos após o lançamento da campanha Green My Apple pelo Greenpeace, empresa lança aparelhos sem PVC, brominato e mercúrio.

A maça de Steve Jobs está cada vez mais verde. A Apple anunciou nesta terça-feira uma nova linha de iPodsque foram fabricados sem diversas substâncias tóxicas como o PVC, mercúrio e retardantes de chama a base de brominato, além do uso de telas de cristal livres de arsênico. Essas substâncias causam sérios problemas de poluição e colocam em risco os trabalhadores das fábricas e as pessoas que vivem de catar restos de lixo eletrônico. Uma das principais preocupação é em relação à exposição de mulheres e crianças ao chumbo e mercúrio, metais que são altamente tóxicos.

Há exatos dois anos (setembro de 2006) o Greenpeace lançou a campanha Green My Apple para pressionar a empresa a adotar políticas ambientalmente corretas, eliminando susbtâncias tóxicas de seus produtos e implementando políticas de reciclagem.

"O Greenpeace parabeniza a Apple por eliminar substâncias tóxicas como PVC e retardantes de seus iPods, agora muito mais verdes. Mas sabemos que Jobs e sua equipe podem ir mais longe, liderando o esverdeamento da indústria de eletrônicos", afirmou Casey Harrell, do Greenpeace Internacional. "Esperamos que esse anúncio seja apenas um 'esquenta' do que está por vir, e que veremos mais do mesmo em todos os anúncios futuros de novos produtos da empresa, de iPhones e computadores."

Na oitava edição do Guia de Eletrônicos Verdes do Greenpeace, de junho de 2008, a Apple aparecia num modesto 11o. lugar - entre 18 concorrentes. Na próxima edição deve subir algumas posições. O guia é atualizado a cada três meses.

O anúncio da Apple é também um bom sinal de que a empresa está seriamente comprometida em cumprir seu compromisso de eliminar o PVC e os retardantes de todos seus produtos até o final de 2008. Além disso mostra mais uma vez que não há motivo algum para que produtos eletrônicos sejam tóxicos para serem populares, eficientes e acessível.

"O Greenpeace ficará vigilante, acompanhando os futuros anúncios da Apple para conferir os próximos passos", acrescentou Harrell. "O que realmente gostaríamos para o Natal é que a Apple eliminasse todos as substâncias tóxicas de todos os seus produtos, e anunciasse um grande e gratuito programa de reciclagem global. Isso deixaria a maça verde e realmente apetitosa!"

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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