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EMBALAGEM DE CERVEJA EM LITRÃO É CACARECO AMBIENTAL, DIZ SECRETÁRIO

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Setembro de 2008

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos fez um alerta nesta quinta-feira (11): as novas embalagens de vidro da cerveja Skol – comercializadas como Skol Litrão – poderão causar problemas ambientais caso não sejam coletadas e destinadas adequadamente. “Esta nova embalagem é um verdadeiro cacareco ambiental e poderá trazer inúmeros prejuízos ao meio ambiente por não serem retornáveis”, destacou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.

Segundo ele, também está havendo um desrespeito com o direito do consumidor. “As garrafas são comercializadas como se fossem retornáveis e até divulgam benefícios pela troca da embalagem. Mas isso não acontece na prática. É uma propaganda enganosa. Não há pontos de recebimento das garrafas nos supermercados”, afirmou. “Portanto, além de alertar os consumidores quanto a estas dificuldades, também os convocamos a reivindicar seu direito de troca das embalagens”, completou.

Em reunião com fabricantes de cerveja realizada no mês passado para discutir um plano de ação para aumentar a reciclagem das garrafas long neck, o secretário do Meio Ambiente já havia questionado a Skol sobre a nova embalagem que estavam disponibilizando. “Na ocasião eles garantiram que iriam tomar providências sobre os pontos de recebimento e chegaram a comunicar os supermercados, mas até agora nada aconteceu”, informou.

DESPERDÍCIO ZERO - A iniciativa de incluir grandes geradores de resíduos nos processos de coleta e reciclagem dos produtos que disponibilizam no mercado – como determina legislação federal 6.938/81 que aborda, entre outros temas, a ‘responsabilidade solidária’ na destinação final dos resíduos sólidos, e a lei estadual 12.493/99, que dispõe sobre a destinação final dos resíduos no Paraná – é do programa Desperdício Zero, desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente.

Para o coordenador do programa, Laerty Dudas, é necessária uma mudança de atitude por parte das indústrias. “No caso do Litrão seria preciso desenvolver uma embalagem que possa ser reutilizada antes de ser reciclada”, disse. “Sem o estímulo a reciclagem, muitas vezes estas garrafas vão para os aterros sanitários desnecessariamente ou acabam em fundos de rio e fundos de vale; em resumo, acabam na natureza”, ressaltou.

Assim como as garrafas long neck, o Litrão foi criado para concorrer com outros segmentos de embalagens de bebidas, como garrafas PET e latas de alumínio, sem considerar o seu prejuízo ambiental. Para baratear custos, os fabricantes desenvolveram uma garrafa que é reciclável, mas não é retornável e ainda possui menor resistência. Isso a torna menos interessante que suas concorrentes para a indústria da reciclagem.

Segundo dados do Desperdício Zero, uma das maiores contribuições da reciclagem do vidro está na redução do consumo de matérias-primas naturais e não-renováveis, pois 72% do vidro é feito de areia e 28% de outros minerais como o calcário, que com a ação do calor transformam-se em vidro.

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Paraná é destaque na retirada das embalagens de agrotóxicos

O Paraná é o segundo no ranking dos Estados que mais encaminham embalagens vazias de produtos fitossanitários para o destino final ambientalmente correto: reciclagem ou incineração. Nos primeiros oito meses do ano, o Estado processou adequadamente 2,9 mil toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos.

Este volume significa um crescimento de 12,8% em relação ao mesmo período em 2007, quando foram destinadas 2,5 mil toneladas. Somente no mês de agosto, as unidades de recebimento paranaenses destinaram 388 toneladas de embalagens, o equivalente a 17% do total processado no país.

As centrais de recebimento paranaenses que apresentaram maior crescimento no volume de embalagens vazias destinadas nos primeiros oito meses do ano foram as de Santa Terezinha do Itaipu, Ponta Grossa, Palotina, Cornélio Procópio e Maringá. Nessas unidades, o aumento percentual em relação ao mesmo período do ano passado foi, respectivamente, de 79%, 38%, 36% e, nas duas últimas, 30%.

Os bons resultados do sistema de destinação final são atribuídos à parceria de sucesso entre agricultores, indústria fabricante – representada pelo inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) -, canais de distribuição e o poder público, no Paraná representado pelas Secretarias de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) e do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) e Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

BRASIL - O Brasil acaba de atingir um marco na preservação do meio ambiente: no acumulado desde 2002, ano em que começou a operar o inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), até agosto de 2008, o país já encaminhou mais de cem mil toneladas de embalagens vazias para o destino final (reciclagem ou incineração). Nesse período, o programa recebeu investimentos superiores a R$ 270 milhões.

“Esse resultado tão expressivo do programa brasileiro mostra o comprometimento de todos os elos da cadeia agrícola com o meio ambiente e a produção responsável”, comemora o diretor-presidente do instituto, João Cesar Rando. “Prova dessa crescente conscientização da sociedade foram as comemorações do Dia Nacional do Campo Limpo, realizadas em agosto, em que mais de cem unidades de recebimento de embalagens vazias em todo o país promoveram ações de celebração ao incontestável sucesso do sistema de destinação final”, completa.

Nos primeiros oito meses do ano, as unidades de recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas de todo o país destinaram 16,7 mil toneladas. Esse volume representa um crescimento de 9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram destinadas 15,3 mil t. Apenas em agosto, 2,2 mil toneladas foram retiradas do meio ambiente.

Os Estados que mais encaminharam embalagens para o destino final ambientalmente correto de janeiro a agosto deste ano, foram Mato Grosso (3,7 mil t), Paraná (2,9 mil t) e São Paulo (2,2 mil t). Já os que apresentaram maior crescimento nos primeiros sete meses de 2008 em comparação ao mesmo período do ano passado, foram Tocantins (123,3%), Alagoas (92,2%) e Goiás (66,1%).

Hoje existem 375 unidades de recebimento de embalagens vazias em todo o país, entre postos e centrais. Os resultados positivos são resultado de ações conjuntas que envolvem agricultores, indústria fabricante – representada pelo inpEV –, canais de distribuição, cooperativas e poder público.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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