12 de setembro de 2008 - Termina
nesta sexta-feira (12) a operação
de fiscalização realizada pelo Comitê
Gestor de Fiscalização Ambiental Integrada
(CGFAI) na região do Alto Jequitinhonha,
abrangendo os municípios de Diamantina, São
Gonçalo do Rio Preto, Mendanha, Datas e Gouveia.
Ao todo, foram realizadas 30 vistorias com foco
no desmatamento e garimpo irregulares. Em quatro
dias de operação, 21 empreendimentos
de mineração e áreas de desmate
foram embargados. 860 metros cúblicos de
lenha foram apreendidos e cerca de R$ 30 mil foram
aplicados em multas.
Em uma das ações,
realizada na quarta-feira (10), foram presos 18
garimpeiros, entre eles um suspeito de ser atravessador
na venda dos diamantes e do ouro extraídos.
Com os garimpeiros foram apreendidas três
peneiras, 10 bateias, 16 peneiras finas, 18 pás,
12 enxadas, R$ 151,00, duas balanças de precisão,
dois decigramas de ouro e duas pedras de diamante.
O garimpo irregular acontecia
na área de um antigo empreendimento de mineração,
já desativado. Segundo o analista Ambiental
da Fundação Estadual do Meio Ambiente
(Feam), Gerson de Araújo Filho, a principal
degradação causada por esse tipo de
ação é o assoreamento do curso
d'água. "Os garimpeiros fazem pequenas
bacias ao longo do leito do rio, intervindo em áreas
de preservação e destruindo as matas
ciliares, além utilizarem produtos como mercúrio,
que contamina a água", explica.
Os desmates para produção
de carvão, também constantes na região,
são foco do IEF em suas ações
de rotina, as chamadas ações setoriais,
que têm caráter permanente. Na quinta-feira
(11), o Instituto realizou um novo levantamento,
com o apoio de um helicóptero, de áreas
desmatadas para averiguação. Os técnicos
realizaram, ainda, uma varredura em torno de algumas
unidades de conservação próximas
à cidade de Diamantina.
Esta é a terceira ação
do CGFAI na região. Em 2006 houve uma grande
mobilização com participação
da Polícia Civil e do IBAMA e, em junho de
2007, equipes retornaram à região.
Para a operação desta semana, batizada
de "Alto Jequitinhonha III", foram mobilizadas
30 pessoas, entre técnicos da Fundação
Estadual do Meio Ambiente (Feam), do Instituto Estadual
de Florestas (IEF), Instituto Mineiro de Gestão
das Águas (Igam) e profissionais da Polícia
Militar de Meio Ambiente.
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Estado realiza fiscalização
ambiental na região do Alto Jequitinhonha
10 de setembro de 2008 - Em ação
conjunta do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema-MG)
e Polícia Militar, foram presas nesta quarta-feira
(10) 16 pessoas que atuavam em um garimpo irregular
no distrito de Saco do Otávio, município
de Medanha. Batizada Operação Alto
Jequitinhonha III, a ação teve início
na segunda (08) e é coordenada pelo Comitê
Gestor de Fiscalização Ambiental Integrada
(CGFAI).
Dividida em cinco grupos, a equipe
de fiscalização percorreu, até
o momento, 20 empreendimentos na região de
Diamantina. No total, cerca de 30 pessoas, entre
técnicos do Sisema e profissionais da Polícia
Militar de Minas Gerais, participam da operação,
que conta ainda com o apoio de 16 viaturas e um
helicóptero. Esta é a terceira ação
deste tipo realizada na região desde 2006.
Além das prisões
efetuadas, até o momento já foram
apreendidos 361 estéreis de lenha e embargados
11 hectares onde foram verificadas intervenções
não autorizadas. Os principais problemas
encontrados pelas equipes de fiscalização
são áreas de desmate, garimpos irregulares
e intervenções em Áreas de
Preservação Permanente (APPs).
Nos garimpos, em sua maioria pequenos
e destinados à extração de
diamantes, a principal dificuldade é localizar
os responsáveis, que abandonam a área
ao perceberem a presença da polícia
e dos fiscais.
A garimpeira Enilde Souza, de
32 anos, foi uma das pessoas detidas na operação.
Ela informou que atua nesse tipo de atividade há
seis anos e que não tem lucro com a extração
de diamante. "Trabalho nisso para sobreviver,
se tivesse emprego na cidade eu não estaria
aqui", declarou.
A operação Operação
Alto Jequitinhonha III se estende até esta
sexta-feira, 12.
CGFAI
O Comitê Gestor de Fiscalização
Ambiental Integrada (CGFAI) atua formalmente desde
de 2007, porém, já em 2006 estava
em experiência a atuação integrada
da fiscalização ambiental em Minas
Gerais.
As ações desenvolvidas
pelo Comitê envolvem técnicos do Sistema
Estadual de Meio Ambiente (Sisema), que atuam no
Instituto Estadual de Florestas (IEF), Fundação
Estadual do Meio Ambiente (Feam) e Instituto Mineiro
de Gestão das Águas (Igam), além
da Polícia Militar de Minas Gerais. Em algumas
de suas ações, o Comitê conta
com parcerias com outras entidades, como o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) e Departamento Nacional
de Produção Mineral (DNPM).
+ Mais
Crianças aprendem sobre
consumo consciente com o projeto Sexta Ambiental
10 de setembro de 2008 - Mais
de 120 participantes, entre alunos e professores
do ensino fundamental de 18 escolas das redes municipal
e estadual de Belo Horizonte, já foram beneficiados
pelo projeto Sexta Ambiental - Oficinas Lúdicas
para o Consumo Consciente. O projeto está
em fase experimental desde o mês de agosto,
sempre às sextas-feiras, no Centro Mineiro
de Referência em Resíduos (CMRR). Até
o final do mês de novembro, cerca de 60 crianças
por semana irão participar de oficinas e
atividades educativas sobre o consumo consciente.
Durante a Sexta Ambiental, são
exibidas peças de teatro e instrutores trabalham
com a imaginação dos estudantes para
despertar o interesse pela reutilização
de materiais que seriam descartados. "Tem uma
brincadeira na qual aqueles que ganham encontram
o "Torrãozinho", mascote da iniciativa,
que é todo feito de material reutilizado.
Assim, as crianças aprendem a fazer seu próprio
"Torrãozinho" e descobrem que onde
parecia só haver lixo, há algo mais,"
conta Leonardo Fittipaldi Torga, analista ambiental
da Feam e gestor da Diretoria de Educação
e Extensão Ambiental da Secretaria de Estado
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
(Semad).
Segundo Fittipaldi, para 2009
o objetivo é estender a Sexta Ambiental a
escolas públicas do interior do Estado. Ele
acrescenta que a intenção é
que alunos e professores que participem das oficinas
repassem seus conhecimentos dentro das suas escolas,
tornando-se, assim, multiplicadores do consumo consciente.
A próxima oficina acontece
dia 12 de setembro e terá a presença
da Escola Municipal Israel Pinheiro, pela manhã,
e da Escola Municipal Senador Levindo Coelho, à
tarde. O Centro Mineiro de Referência em Resíduos
fica na rua Belém, 40, bairro Esplanada.
Projeto
A Sexta Ambiental faz parte do
Projeto Semeando, desenvolvido pela Federação
da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas
Gerais e Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural (Faemg/Senar), com apoio da Semad, CMRR, Fundação
Estadual do Meio Ambiente (Feam) e do Serviço
Voluntário de Assistência Social (Servas).
O Projeto propõe, a cada ano, a discussão
de temáticas relacionadas ao meio ambiente
dentro de escolas das redes públicas de ensino
no Estado.