Desmatamento - 15/09/2008 - O
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT)
e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) atuarão em conjunto para qualificar
os dados de desmatamento. Pela proposta, os dados
que são gerados pelo Inpe, desde a década
de 80, serão validados em campo pela Embrapa,
que fará a qualificação das
informações, identificando
as atividades que condicionam a derrubada da floresta.
A partir do estudo das áreas já desmatadas
em anos anteriores, será gerado um histórico
do uso e ocupação da Amazônia,
verificando, inclusive, a possível ocorrência
de regeneração florestal.
A intenção do projeto
é contextualizar os dados de desmatamento
e tentar responder à diversas questões
relacionadas ao tema. Hoje, com as divulgações
do Inpe, já é possível saber
quanto e onde há desmatamento. A colaboração
entre as duas instituições é
um avanço no sentido de apontar quais são
as atividades responsáveis por este desmatamento.
A primeira reunião de entendimento
ocorreu em julho, em Brasília (DF), com a
presença do ministro da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, Reinhold Stephanes, do diretor
geral do Inpe, Gilberto Câmara, e do diretor-presidente
da Embrapa, Silvio Crestana, além de pesquisadores
envolvidos com o tema. Mais dois encontros foram
realizados, na sede do Inpe, em São José
dos Campos (SP), e o último no Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa).
A iniciativa considera ainda planos
de cooperação internacional, em especial
com a África, a partir da geração
de sistemas de monitoramento de florestas. Em comum
acordo com a China, recentemente o Inpe ofereceu
as imagens do satélite sino-brasileiro Cbers
para todo o continente africano, enquanto o seu
sistema para o monitoramento de florestas, utilizado
no Prodes, também já está à
disposição de todos os países
interessados na tecnologia.
Com informações da Embrapa Monitoramento
por Satélite
Assessoria de Imprensa do Inpe
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Brasil sedia simpósio internacional
sobre monitoramento de florestas
Amazônia - 15/09/2008 -
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT)
e o Grupo de Observação da Terra (GEO)
promovem o "GEO Forest Monitoring Symposium".
No simpósio internacional sobre monitoramento
florestal, especialistas e gestores discutirão
tecnologias de sensoriamento remoto e a importância
de satélites e radares na formulação
de políticas para gestão e conservação
das florestas.
O evento se realiza em Foz do
Iguaçu (PR), de 4 a 7 de novembro. "Este
simpósio avaliará os avanços
recentes em sistemas de observação
e as melhores experiências nesta área
em todo o mundo", diz o diretor do Inpe, Gilberto
Câmara.
O GEO, organização
intergovernamental que congrega 71 países
e a Comissão Européia (CE), hoje está
empenhado na operação do Geoss, um
sistema global para fornecimento de informações
detalhadas da Terra, obtidas a partir de diversos
instrumentos e técnicas. Com a missão
de transformar os dados coletados em informação
vital para a sociedade, o Geoss reúne instituições
de pesquisa do mundo inteiro para ampliar a capacidade
de monitoramento ambiental do Planeta.
"Nosso objetivo é
construir um sistema operacional que assegure a
disponibilidade de dados e observações
a longo prazo para medir e analisar a saúde
das florestas. Estou extremamente satisfeito por
realizar este simpósio no Brasil, um País
que está na vanguarda das técnicas
de monitoramento ambiental", diz o diretor
do GEO, José Achache.
O evento é dirigido a pesquisadores,
especialistas em sensoriamento remoto, e gestores
de instituições públicas e
organizações não-governamentais
com projetos relacionados a armazenamento de carbono,
previsão de desastres naturais, conservação
da biodiversidade e de produtos e serviços
derivados dos ecossistemas florestais. Mais informações
sobre o GEO Forest Monitoring Symposium aqui.
Floresta amazônica
Baseado em imagens de satélites, o sistema
nacional desenvolvido pelo Inpe para monitorar o
desmatamento na Amazônia é reconhecido
internacionalmente por sua excelência e pioneirismo.
Por meio do Geoss, uma iniciativa do grupo intergovernamental
GEO, o Inpe ofereceu o seu sistema TerraAmazon a
qualquer país interessado em monitorar suas
florestas.
O TerraAmazon é utilizado
no cálculo anual do desflorestamento feito
pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento
na Amazônia Legal (Prodes). A Science, apontada
como uma das mais importantes revistas científicas
do mundo, analisou as dificuldades para medir o
desmatamento e reconheceu como exemplar o sistema
brasileiro no artigo "Improved Monitoring of
Rainforests Helps Pierce Haze of Deforestation",
publicado em 2007. Neste ano, também a revista
científica Nature destacou a importância
e a qualidade dos sistemas do Inpe.
Assessoria de Imprensa do Inpe
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Trilhas Interpretativas destacam
a biodiversidade amazônica
Atividade Lúdica - 15/09/2008
- Para facilitar a compreensão de professores
e alunos sobre a natureza amazônica, o Museu
Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT) promove
este mês as Trilhas Interpretativas. Todas
as terças e quintas-feiras, entre 9h e 11h,
os visitantes do Parque Zoobotânico do Museu
têm a oportunidade de participar de duas programações
educativas que abordam a biodiversidade da Amazônia,
tema do Prêmio José Márcio Ayres
para Jovens Naturalistas.
“As trilhas foram criadas para
atender professores e alunos com o objetivo de orientar
a preservação, o conhecimento e a
educação no momento de lidar com o
meio ambiente”, explica Helena Quadros, responsável
pelo Núcleo de Visitas Orientadas do Parque
Zoobotânico, setor que coordena as atividades
das trilhas.
No Núcleo existe uma equipe
de bolsistas e funcionários que, juntos,
elaboram os textos, jogos e outros materiais que
são utilizados nos percursos. À frente
dessa equipe está Ana Cláudia Silva,
ela conta que diversificando a maneira de transmitir
as informações sobre a biodiversidade,
o interesse pelo aprendizado aumenta e fica muito
mais agradável.
Na Trilha Vermelha: Espécies
ameaçadas de extinção na Amazônia,
os participantes conhecerão algumas das espécies
de plantas e animais ameaçados de extinção
na Amazônia e que são encontradas nas
coleções vivas do MPEG, além
de obterem informações sobre os fatores
que colocam as espécies em risco e porque
devemos combatê-los. O trajeto tem início
no Castelinho, monumento construído em 1901
e um dos mais visitados do Parque Zoobotânico,
e finaliza em frente ao recinto dos jabutis.
Dez espécies ameaçadas
de extinção podem ser encontradas
no Parque. Entre as plantas estão: castanheira,
cedro, mogno e pau-rosa. Quanto aos animais, existem
as aves: arara-azul, mutum-de-penacho e ararajuba;
e os mamíferos: ariranha, macaco-coatá-de-testa-branca
e a onça pintada.
Lista
Por meio do projeto Biota Pará - desenvolvido
pelo Museu Goeldi em parceria com a Conservação
Internacional e que coletou informações
sobre as espécies em extinção
- o Pará se tornou o primeiro estado amazônico
e o sétimo do País a elaborar sua
Lista de Espécies Ameaçadas. A lista,
oficializada em janeiro último pelo governo
do estado, é um instrumento da gestão
ambiental e aponta com maior precisão o grau
de risco que correm plantas e animais no território
paraense.
O projeto organizou uma base de
dados georreferenciada com mais de 900 espécies
candidatas à Lista Vermelha. Após
um debate em 2006, com cientistas, representantes
do setor produtivo e instituições
governamentais, foi consolidada uma lista com 181
espécies de plantas e animais em diferentes
graus de risco (vulnerável, em perigo e criticamente
em perigo).
Com base na Lista Vermelha, mas
não restrita apenas a ela, o governo do Pará,
por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente
(Sema), lançou o Programa Extinção
Zero, que também tem a participação
do Museu Goeldi, da Conservação Internacional
e de outras instituições acadêmicas.
Neste percurso, os participantes
conhecem a diversidade de palmáceas encontradas
nos ecossistemas amazônicos e a importância
destas plantas para a população por
meio de um roteiro chamado folha da descoberta.
A Trilha Palmeiras da Amazônia se encerra
no Espaço Raízes, com um bate-papo
para esclarecer as dúvidas e fazer uma reflexão
sobre as questões abordadas no passeio.
Serviço
Interessados em participar das Trilhas devem agendar
com o Núcleo de Visitas Orientadas, localizado
na Rocinha do Parque Zoobotânico, com pelo
menos dez dias de antecedência, pelo do telefone
(91) 3259-6588 ou pelo e-mail nuvop@museu-goeldi.br.
A programação das
trilhas pode ser adaptada de acordo com a necessidade
de cada grupo, no caso de visitas escolares, por
exemplo, podem ser adicionadas outras atividades
que contribuam com o ensino de ciências. O
Parque do Museu Goeldi fica na avenida Governador
Magalhães Barata, 376, em Belém (PA).
Agência Museu Goeldi
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Senado aprova regulamentação
para o uso de animais em experiências científicas
Legislação - 11/09/2008
- Está à espera da sanção
do presidente da República, Luiz Inácio
Lula da Silva, o Projeto de Lei 93/2008, que estabelece
procedimentos para o uso científico de animais.
A medida estipula critérios para criação
e uso de animais para ensino e pesquisa científica,
atribuindo ao Ministério da Ciência
e Tecnologia (MCT) competência para licenciar
as atividades destinadas à criação
de animais, ao ensino e à pesquisa científica,
e determina que a criação ou a utilização
de animais para pesquisa ficam restritas, exclusivamente,
às instituições credenciadas
no Conselho Nacional de Controle de Experimentação
Animal (Concea).
O Concea terá ainda a atribuição
de monitorar e avaliar a introdução
de técnicas alternativas que substituam o
uso de animais tanto no ensino quanto nas pesquisas
científicas. A meta do projeto é evitar
ao máximo o sofrimento e a dor ao animal
submetido a procedimentos em laboratórios.
Não estão incluídas entre as
atividades de pesquisa as zootécnicas ligadas
à agropecuária.
De autoria do falecido deputado
federal Sérgio Arouca, o Senado aprovou a
medida nesta terça-feira (9), em votação
simbólica. Pelo texto do projeto, os animais
só poderão ser submetidos a intervenções
recomendadas nos protocolos dos experimentos que
constituem a pesquisa ou programa de aprendizado.
Os animais utilizados nas pesquisas deverão
receber cuidados especiais antes, durante e após
o experimento.
O uso de animais ficará
restringido às atividades de ensino nos estabelecimentos
de ensino técnico de nível médio
da área biomédica e aos de ensino
superior. O uso em pesquisas será permitido
nas atividades relacionadas à ciência
básica, ciência aplicada, desenvolvimento
tecnológico e produção e controle
da qualidade de drogas, medicamentos, alimentos,
imunobiológicos e instrumentos.
Para uma instituição
conseguir credenciamento junto ao Concea deverá
constituir uma Comissão de Ética no
Uso de Animais (Ceua), que será integrada
por veterinários, biólogos, professores,
pesquisadores e um representante de sociedade protetora
de animais. Essas comissões serão
responsáveis por zelar pelo cumprimento da
lei em suas respectivas instituições.
A proposta também estabelece
penas para quem descumprir o estabelecido: advertência;
multas de R$ 1 mil a R$ 20 mil; interdição
temporária; suspensão de financiamentos
oficiais e interdição definitiva.
Entre as recomendações
está a proibição do uso de
bloqueadores neuromusculares ou de relaxantes musculares
em substituição a substâncias
sedativas, analgésicas ou anestésicas.
Na Comissão de Educação, Cultura
e Esporte (CE), o projeto recebeu parecer favorável
do relator Inácio Arruda (PCdoB-CE). Já
o senador Renato Casagrande (PSB-ES) proferiu em
Plenário voto favorável como relator
da matéria na Comissão de Ciência,
Tecnologia, Inovação, Comunicação
e Informática (CCT).
Com informações de Augusto Castro
/ Agência Senado
Assessoria de Comunicação do MCT