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MINC NEGA MUDANÇAS EM NORMA QUE PREVÊ
REDUÇÃO NA POLUIÇÃO PROVOCADA POR VEÍCULOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2008

10 de Setembro de 2008 - Vinicius Konchinski - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, negou hoje (10) a possibilidade de mudança em uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que prevê a redução do nível de enxofre presente no diesel vendido no país a partir de janeiro do ano que vem. Apesar dos pedidos das montadoras, o ministro afirmou que o prazo para a adaptação de veículos nacionais ao novo combustível, menos poluente, não será ampliado.

De acordo com o cronograma estabelecido no Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) em 2002, ônibus e caminhões de grandes cidades devem rodar com diesel cuja concentração de enxofre é de 50 ppm (partes por milhão) já em 2009. No interior, a concentração deverá ser de 500 ppm.

Atualmente, o diesel vendido em regiões metropolitanas do país tem uma concentração de 500 ppm. Já o diesel comercializado em cidades do interior tem 2.000 ppm de enxofre.

Segundo o médico Paulo Saldiva, pesquisador do Laboratório de Poluição da Universidade de São Paulo (USP), o diesel com mais enxofre é mais poluente. O combustível emite mais “material particulado”, prejudicial à saúde, e ainda não permite que filtros sejam instalados nos veículos.

“A queima do enxofre gera material ácido, que corrói o filtro”, explicou Saldiva. “Com menos enxofre, é possível instalar o filtro e a quantidade de material particulado emitido pelos veículos também cai.”

O médico disse também que pesquisas realizadas seguindo critérios elaborados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que entre 12% e 14% das mortes naturais ocorridas diariamente em São Paulo foram causadas pela poluição - cerca de 9% do total. O estudo aponta que, do total de mortes por poluição, quatro ou cinco são causadas pela queima do diesel. “Com o novo diesel, de duas a três mortes por dia poderão ser evitadas.”

Em entrevista coletiva concedida após participar da reunião do Conama, Minc disse ainda que propôs ao órgão a criação de uma outra fase do Proconve. Nela, ficaria fixado que, a partir de 2012, o nível de enxofre do diesel chegue a 10 ppm.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) foi procurada para comentar as declarações do ministro. A entidade, que já havia afirmado que será difícil a adaptação dos veículos para 2009, não respondeu até a publicação da reportagem.

O diretor de Soluções da Petrobras, Frederico Kramer, disse que a empresa terá condições de distribuir o diesel 50 ppm na data estabelecida na resolução.

A Petrobras, assim como as montadoras, foi citada em uma ação civil pública proposta pela Procuradoria da República em São Paulo que busca garantir que a norma do Conama seja cumprida. A procuradora Ana Cristina Bandeira Lins, responsável pelo processo, também não foi encontrada para comentar o assunto.

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Justiça Federal condena Vale a indenizar índios por uso de terras no Pará

11 de Setembro de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O juiz Carlos Henrique Borlido Haddad, da Justiça Federal de Marabá, condenou a Vale a compensar financeiramente os índios xikrin pelo uso de suas terras, no sudeste do Pará. Mais de R$ 650 mil serão depositados em favor das associações de cada aldeia. Decreto presidencial de 1997 que deu à Vale o direito de exploração mineral na região de Carajás também determinou à companhia a “prestação de assistência às populações indígenas residentes no entorno do empreendimento”.

A decisão prevê ainda que a empresa financie um programa de aproveitamento sustentável dos recursos repassados aos índios, com um novo modelo de gestão.

A Vale tem direito de recorrer da sentença judicial em três instâncias: Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal .

A Vale suspendeu unilateralmente os repasses em outubro de 2006 após acusar índios de invadirem suas instalações em Parauapebas. A empresa também alegava estar dispensada das obrigações por já manter a Floresta Nacional de Carajás, como compensação pelos impactos da atividade mineradora. Mas, segundo o juiz Haddad, “se as obrigações impostas no decreto presidencial foram revogadas, então também foi revogado o direito de utilizar gratuitamente as terras públicas para a exploração mineral”.

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Ministério Público Federal quer que Petrobras produza diesel com menos enxofre

12 de Setembro de 2008 - Ivy Farias - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - O Ministério Público Federal pediu hoje (12) que a desembargadora federal Regina Costa da Colenda, 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), reconsidere a sentença do juiz federal Marcelo Guerra, que desobriga a Petrobras e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) de cumprir uma resolução para comercializar o diesel S 50 (com 50 partes de enxofre por milhão de litro) a partir do dia 1º de janeiro de 2009.

"A Petrobras se comprometeu com essa medida há muitos anos. Agora que a data limite está chegando, eles pedem mais prazo?", questiona Marcelo Furtado, diretor executivo do Greenpeace, organização não-governamental (ONG) que, junto com o MPF, apresentou a denúncia contra a empresa petrolífera.

O diesel S 50 tem menos enxofre, log, é menos poluente. A proposta da Lei 8.723/2003 e da Resolução nº 315/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) é que até 2012 o diesel comercializado seja o S 10, mesmo combustível usado na Europa atualmente.

De acordo com o MPF, a Petrobras já produz e vende o diesel Podium 200 ppm, além de já produzir o diesel no padrão 10 ppm em sua usina em Cubatão/SP para exportação ou usado para obter o combustível no padrão de qualidade de 200 ppm.

A empresa alega que não poderia cumprir a Resolução 315/2002 em razão do atraso da regulamentação da norma por parte da ANP, que deveria ter estabelecido essa norma até no dia 01/01/2005, mas veio a publicá-la somente no dia 17 de outubro de 2007, isto é, com 22 meses de atraso.

"Acho essa atitude deles um crime ambiental e um atentado contra a vida porque já foi provado que a poluição nos grandes centros mata duas mil pessoas por ano. Se temos que conviver com o diesel, que seja o menos poluente", alega Furtado.

Segundo o diretor do Greenpeace, uma das propostas do recurso é que a Petrobras pague uma multa, cujo valor ainda não foi definido, por não cumprir a meta. "O dinheiro seria destinado para ações de saúde pública e de meio ambiente", acredita Furtado.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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