10 de Setembro de 2008 - Ivan
Richard - Repórter da Agência Brasil
- Roosewelt Pinheiro/Abr - Brasilia - O ministro
do Meio Ambiente, Carlos
Minc, apresenta, na reunião do Conama, proposta
de antecipação da próxima fase
do Programa de Controle de Poluição
do Ar por Veículos Automotores para ônibus
e caminhões
Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos
Minc, afirmou hoje (10) que está preocupado
com o possível aumento do desmatamento na
Amazônia nos meses que antecedem as eleições
de outubro.
Ele acredita que está havendo
pressão política em decorrência
do período eleitoral, o que pode levar prefeitos
e governadores a evitar medidas "antipáticas"
para coibir crimes ambientais.
“Não temos os dados de
agosto, mas estou muito preocupado. Estou sobrevoando
a Amazônia e tenho visto a floresta queimar
em vários lados”, disse Minc após
reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama).
Segundo o ministro, tem havido
muita pressão política sobre prefeito
e governadores. “Inclusive, pedi para ser feito
um levantamento, não está pronto ainda,
[para analisar] os meses antes de eleições.
Nenhum prefeito e nenhum governador quer ser antipático
na véspera da eleição”, argumentou.
De acordo com Minc, historicamente,
os meses anteriores às eleições
são ruins em relação ao desmatamento.
“Vi uma série [de queimadas] que ainda não
estão tabuladas, mas tenho sobrevoado a Amazônia
e tenho visto muitas queimadas em muitas áreas.
Você fecha uma serraria em um lugar e, se
não são criados empregos sustentáveis
na mesma região, o sujeito vai desmatar cinco
quilômetros adiante”, disse o ministro.
Minc relatou que participou ontem
(9) de uma operação no Parque Nacional
do Juruena (MT), em que viu “dezenas de crimes ambientais”.
“Desmatamento, queimada, gado [criado ilegalmente],
aprendemos um caminhão com palmito ilegal,
toras ilegais. Se em um parque nacional acontece
isso, a situação não está
segura e precisamos fazer um esforço muito
grande de todos os ministérios para agilizar
a execução do Plano Amazônia
Sustentável [PAS].”
Para o ministro, a “luta de gato
e rato” e a simples repressão não
vão resolver o problemas do desmatamento.
É preciso, segundo Minc, criar opções
de renda sustentáveis para as pessoas que
vivem na Amazônia.
+ Mais
Programa busca fomentar ecoturismo em unidades de
conservação
13 de Setembro de 2008 - Morillo
Carvalho - Repórter da Agência Brasil
- Brasília - Atualmente 3,5 milhões
de pessoas visitam, todos os anos, as unidades de
conservação ambiental brasileiras,
que somam 64 em todo o país. No entanto,
a maior parte dos visitantes vai a apenas duas unidades:
os Parques Nacionais do Iguaçu e da Tijuca.
Para ampliar o acesso, os Ministérios do
Turismo e do Meio Ambiente e o Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade lançam
hoje (13) o programa Turismo nos Parques, no Rio
de Janeiro.
No primeiro momento, seis unidades
de conservação receberão cerca
de R$ 28 milhões em investimentos dos dois
ministérios. Os contemplados são os
Parques Nacionais de Aparados da Serra (SC/RS),
da Chapada dos Veadeiros (GO), dos Lençóis
Maranhenses (MA), da Serra dos Órgãos
(RJ), do Jaú (AM) e da Serra da Capivara
(PI).
“É a oportunidade de a
sociedade conhecer, entender melhor por que se conserva,
entender melhor o trabalho de proteção
das unidades de conservação e ter
acesso às belezas maravilhosas que podem
ser vistas nessas unidades”, disse o presidente
do Instituto Chico Mendes, Rômulo Mello.
Ele não soube estimar em
quanto a visitação nessas áreas
pode aumentar, mas informou que, em todas, o Ministério
do Turismo vai investir na infra-estrutura do entorno
dos parques para possibilitar hospedagem e melhorias
nas condições de acessibilidade. Para
Mello, o aumento do número de turistas não
vai prejudicar as unidades de conservação.
“O turismo que é praticado
dentro das unidades de conservação
é um turismo orientado, em que as pessoas
visitam a unidade, entendem o processo de conservação.
A partir dessa visitação, podem melhor
desenvolver atividades no que diz respeito ao seu
comportamento fora da unidade, porque na unidade
você desenvolve uma atividade de turismo que
é efetivamente sustentável e que respeita
todos os parâmetros de qualidade ambiental”,
defendeu.
Nos Estados Unidos, há
cerca de 390 áreas conservadas, das quais
58 são consideradas parques nacionais. Lá,
o número de visitantes é muito maior.
“É um país que obviamente tem grandes
áreas protegidas, mas eu diria que não
tem as belezas naturais que nós temos e tem
cerca de 172 milhões de visitantes/ano”,
comparou o presidente do Instituto Chico Mendes,
ao ressaltar que, dessa forma, o Brasil tem grande
potencial devido à enorme diversidade ambiental.
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Em lançamento de programa,
ministro pede que pessoas usufruam dos parques nacionais
13 de Setembro de 2008 - Vítor
Abdala - Repórter da Agência Brasil
- Rio de Janeiro - O governo federal lançou
hoje (13), em cerimônia na cidade de Petrópolis
(RJ), o programa Turismo nos Parques. Estiveram
no evento o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc
e o ministro interino do Turismo, Luiz Barreto.
O objetivo do programa é
aumentar a visitação aos parques nacionais,
unidades de conservação gerenciadas
pelo Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade.
Atualmente, 3,5 milhões
de pessoas visitam as unidades de conservação
ambiental todos os anos. As mais visitadas são
os Parques Nacionais do Iguaçu e da Tijuca,
que ficam, respectivamente, no Paraná e no
Rio de Janeiro.
O ministro do Meio Ambiente lamentou
o fato da visitação estar restrita
a apenas dois parques nacionais, quando há
64 unidades dessas no país. “Cerca de 192
milhões de pessoas visitam os parques americanos
por ano. Os nossos parques, 3,5 milhões,
sendo que 90% dessas pessoas concentradas em dois
parques, Iguaçu e Tijuca.”
Minc pediu que todos busquem informações
sobre os parques nacionais no país e tentem
visitá-los. “Os nossos parques e reservas,
em geral, são menos defendidos, menos usufruidos
e dão prejuízo. Eles têm que
ser mais usufruidos, por mais cientistas, mais turistas
e mais montanhistas, e gerar recursos”, afirmou.
O presidente Lula destacou que,
no passado, a cultura em relação aos
parques nacionais era a da proibição,
em que as pessoas não tinham autorização
para participar da maioria das atividades desenvolvidas
na unidade.
“É melhor dizer para as
pessoas como fazer o melhor uso possível
e dar utilidade às coisas. Só tem
sentido a gente permitir que a sociedade brasileira
possa adentrar esses locais. As pessoas não
sabem nem que os parques existem”, lamentou.
Na primeira fase do programa,
serão destinados R$ 28 milhões para
seis unidades de conservação: Parque
Nacional de Aparados da Serra (SC/RS), da Chapada
dos Veadeiros (GO), dos Lençóis Maranhenses
(MA), da Serra dos Órgãos (RJ), do
Jaú (AM) e da Serra da Capivara (PI).
“É a oportunidade de a
sociedade conhecer, entender melhor por que se conserva,
entender melhor o trabalho de proteção
das unidades de conservação e ter
acesso às belezas maravilhosas que podem
ser vistas nessas unidades”, disse o presidente
do Instituto Chico Mendes, Rômulo Mello.
Segundo ele, o Ministério
do Turismo vai investir na infra-estrutura do entorno
dos parques para possibilitar hospedagem e melhorias
nas condições de acessibilidade.
Mello explicou que o turismo nos
parques é uma atividade organizada, que não
prejudica a preservação que se busca
nas unidades. “O turismo que é praticado
dentro das unidades de conservação
é um turismo orientado, em que as pessoas
visitam a unidade, entendem o processo de conservação.”