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MONITORAMENTO AMBIENTAL VAI AUMENTAR A RENDA DAS COMUNIDADES LITORÂNEAS

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Setembro de 2008

O sistema de monitoramento ambiental que será implantado no Litoral paranaense vai garantir e até aumentar a renda das comunidades que tiram seu sustento do mar. A afirmação foi feita durante o III Seminário sobre Desenvolvimento Sustentável no Litoral do Paraná – Monitoramento Costeiro e Marinho, por Luiz de Souza Viana, engenheiro de pesca da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, vinculada à Presidência da República.

O seminário, promovido pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos em parceria com a Agência de Cooperação Internacional do Japão até esta quinta-feira (11), reuniu mais de 400 participantes no balneário Praia de Leste, em Pontal do Paraná.

Viana explicou que o monitoramento será um instrumento de planejamento para a região. “Ele irá apontar os locais mais indicados para determinada produção, como ela deve acontecer e com que freqüência”, detalhou. “Como conseqüência deste planejamento, saberemos até que ponto podemos produzir sem comprometer a capacidade da natureza se renovar, o que irá garantir a manutenção dos recursos naturais”, complementou.

Segundo Viana, o monitoramento poderá apontar também a possibilidade de criação de novas áreas de produção de ostras no Litoral, por exemplo. “Seguindo a tríade economicamente viável-socialmente justo-ambientalmente sustentável, esta atividade poderá aumentar em cerca de R$ 600 a renda das famílias que tiverem interesse”, comentou. A produção do Paraná é de cerca de 180 mil dúzias ostras ao ano.

O técnico em biodiversidade da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Evandro Pinheiro, destacou outra conseqüência positiva do sistema de monitoramento. “Se tivermos pleno domínio das condições ambientais nas áreas de cultivo e de extração, a qualidade do nosso pescado está assegurada. Essa garantia amplia o potencial de produção e comercialização do produto paranaense”, disse.

UNIVERSIDADES – Entre as instituições que deverão compor o sistema de monitoramento, as universidades têm destaque, contribuindo com suas pesquisas. Trinta delas foram apresentadas durante o seminário, como o estudo que aborda as características histórico-institucionais e sócio-econômicas do cultivo de ostras em Guaratuba e outro, que aponta a necessidade de criação de um banco de sementes de ostras nativas para ampliação da produção. As duas pesquisas são conduzidas pelo Centro de Estudos do Mar.

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Secretário do Meio Ambiente de Hyogo elogia parceria com governo do Paraná

Durante o III Seminário sobre Desenvolvimento Sustentável no Litoral do Paraná – Monitoramento Costeiro e Marinho, Junichi Kikiu, secretário do Meio Ambiente de Hyogo (província irmã do estado do Paraná no Japão), elogiou o trabalho desenvolvido em parceria pelo governo do Estado e Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) para implantação de um sistema de monitoramento ambiental na região. O seminário foi realizado entre os dias 8 e 11 de setembro, no balneário Praia de Leste, em Pontal do Paraná.

“Esta parceria tem resultados muito bons e exemplo disso é a realização deste seminário, em que estão inseridos temas diretamente relacionados com o projeto e com o que nós gostaríamos de ter passado a todos aqui”, afirmou. Segundo ele, no evento foi possível perceber que os objetivos da parceria – a capacitação de técnicos para que promovessem melhorias locais com o conhecimento adquirido – foram atingidos. “As pessoas do Paraná compreenderam nossa intenção. Estou muito satisfeito”, enfatizou.

O secretário japonês contou ainda que se envolveu nesta parceria de cooperação técnica quando conheceu a baía de Paranaguá. “Quando a vi pela primeira vez, me lembrei do mar interno que existe em nossa região, onde ocorreram erros gravíssimos em relação ao meio ambiente que poderiam ter sido evitados”, comentou.

Entre estes erros, o secretário citou a ‘maré vermelha’ (a proliferação de algas tóxicas) que trouxe prejuízos ao setor pesqueiro e acidentes envolvendo derramamento de óleo. “Tanto é que esse mar ficou conhecido como o mar da morte”, ressaltou. “Quando conheci a baía de Paranaguá o sentimento de que a nossa experiência ajudaria muito para manter a baía preservada ficou evidente e com este pensamento acompanho pessoalmente o projeto até hoje”, completou.

TROCA DE EXPERIÊNCIAS – Os conhecimentos adquiridos pelos técnicos paranaenses não ficarão restritos ao litoral do Estado. Profissionais de diversos estados brasileiros estiveram presentes ao seminário, promovendo uma rica troca de experiências entre os participantes.

Representando o estado do Espírito Santo, a coordenadora do Projeto Orla (que atua no gerenciamento costeiro), Aline Nunes Garcia, parabenizou a Secretaria do Meio Ambiente pela iniciativa. “O governo do Paraná demonstrou que leva a sério a integração entre as instituições. Aprendi muito e acredito que o sistema de monitoramento poderá servir de modelo a outros estados”, observou.

A Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Feema-RJ) também enviou um técnico para acompanhar as discussões. Para André Righetti, o seminário foi uma boa oportunidade de aprendizado. “Assim nos mantemos atualizados e podemos reproduzir as boas práticas em nosso estado”, disse.

Os gestores municipais também foram convidados a participar do seminário, assim como as Organizações Não-Governamentais que atuam no litoral. Para o secretário do meio ambiente de Guaratuba, Ibson Gabriel de Campos, discussões como esta são muito importantes para o desenvolvimento da região litorânea.

“Guaratuba e praticamente todo o litoral são carentes de informações e dados precisos para que possamos planejar o uso dos recursos naturais que temos à disposição”, argumentou. “Neste sentido, a realização do seminário e o sistema de monitoramento em si irão propiciar o acesso às informações que, sem dúvida alguma, irão auxiliar o planejamento para que pratiquemos o desenvolvimento sustentável”, concluiu.

CONTRIBUIÇÃO – Além de beneficiar o meio ambiente, a realização do seminário trouxe benefícios imediatos à população carente de Pontal do Paraná com a doação de 450 quilos de alimentos não-perecível – arrecadados durante as inscrições – à Provopar de Pontal do Paraná. Cada participantes doou um quilo de alimento.

A presidente da instituição, Cida Gimenez, informou que os produtos auxiliarão cerca de 300 famílias e também serão destinados a três projetos desenvolvidos pela Provopar – o Alimentando Vidas, Protegendo a Maternidade e Criando Identidade com o Pontal do Paraná.

“Ficamos honrados em receber uma ajuda dessa natureza. Uma doação desse porte ajuda muito nossa população, pois nós temos diversos pontos de carência no nosso município”, disse Cida. “Além do mais, o homem também faz parte do meio ambiente; então com a realização deste evento, todas as formas de vida da natureza saíram ganhando”, concluiu.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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