Panorama
 
 
 

NOVA AUTARQUIA PARA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA NA AMAZÔNIA É CONTRA-SENSO, DIZ MINISTRO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2008

10 de Setembro de 2008 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O projeto de criação de uma autarquia para cuidar da regularização fundiária na Amazônia ”não deve avançar”, afirmou hoje (10) o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Guilherme Cassel. A proposta foi apresentada ao governo pelo ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger.

Cassel considerou justa a preocupação geral em relação à regularização fundiária na Amazônia. “É uma preocupação justa, de todo mundo”. Avaliou, entretanto, que seria um contra-senso criar uma autarquia e tirar essa atribuição do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

“É possível, com uma mudança na legislação, com uma flexibilização de critérios, o Incra fazer isso. E fazer rapidamente, junto com os estados e com os municípios”, disse Cassel. O ministro assegurou que o MDA está trabalhando nesse sentido. “No sentido de avançar o processo fundiário, com o Incra [atuando] em parceria com os estados e municípios. Eu, como ministro da área, tenho convicção de que a gente pode fazer isso em um prazo muito curto”.

O ministro reafirmou que a regularização fundiária na Amazônia é um problema sério e difícil de ser resolvido, que demanda uma modificação na legislação, para que ela possa ser mais ágil. “A gente sabe como pode fazer isso. Pode fazer. E acho que não é necessário criar uma nova autarquia para isso”, concluiu.

O ministro do Desenvolvimento Agrário lançou hoje, na Marina da Glória, a programação da 5ª edição da Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária, que será realizada no período de 26 a 30 de novembro.

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Mangabeira discute criação de órgão para tratar da regularização fundiária na Amazônia

11 de Setembro de 2008 - Da Agência Brasil - Brasília - O ministro Mangabeira Unger, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, tem reunião agora de manhã com nove governadores dos estados que estão localizados na Amazônia Legal. Em pauta, a criação de um órgão, nos moldes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), voltado apenas para a região.

À tarde (15h), o ministro se reúne com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

Na semana passada, Mangabeira Unger apresentou ao governo proposta de criação de uma nova autarquia para cuidar da regularização fundiária na Amazônia, atribuição que é hoje do Incra. O Instituto de Regularização Fundiária da Amazônia (Irfam), nome sugerido por Mangabeira, ficaria com parte das tarefas.

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Governador é contra novo órgão para regularização fundiária da Amazônia

11 de Setembro de 2008 - Amanda Cieglinski - Repórter da Agência Brasil - Elza Fiúza/Abr - Brasília - O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Mangabeira Unger, e o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, se reunem com governadores dos nove estados que fazem parte da Amazônia Legal. Em pauta, a criação de um órgão responsável pela regularização fundiária da região
Brasília - O governador do Amazonas, Eduardo Braga, afirmou hoje (11) que é contra a criação de um órgão para cuidar da regularização fundiária na Amazônia, atribuição que atualmente é do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A proposta foi apresentada ao governo federal pelo ministro Mangabeira Unger, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, e é tema de reunião que se realiza hoje em Brasília entre ministros e governadores dos estados da Amazônia Legal.

Em entrevista antes do encontro, Eduardo Braga disse que o problema da Amazônia não será resolvido com a criação de mais um órgão, o que aumentaria a burocracia.

“É preciso estabelecer uma política compartilhada com os outros estados. Não será um novo órgão que vai resolver, mas uma ação integrada entre governo federal, estadual e municipais. Só assim poderemos resgatar a dívida do país com o nosso maior patrimônio”, avaliou.

Participam da reunião os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge; e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.

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Novo órgão servirá para simplificar regularização fundiária da Amazônia, diz Mangabeira

7 de Setembro de 2008 - Ana Luiza Zenker - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro-chefe da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, defendeu hoje (7) a proposta, apresentada por ele ao Palácio do Planalto, de criar um novo órgão de regularização fundiária para cuidar especificamente da Amazônia. Segundo ele, o Instituto de Regularização Fundiária da Amazônia (Irfam) serviria para simplificar as regras e procedimentos de regularização, “para construir um caminho largo e acelerado da posse insegura para a propriedade plena.”

Logo depois do desfile de 7 de Setembro, Mangabeira Unger afirmou que atualmente a Amazônia Legal, que ocupa 59% do território do país, “é o caos fundiário". "Menos de 4% das terras em mãos de particulares têm a sua situação jurídica esclarecida”.

Ele disse que é necessário dar segurança jurídica às propriedades na região, a fim de possibilitar a aplicação de um plano de desenvolvimento.

“Enquanto a Amazônia continuar a ser um caldeirão de insegurança jurídica, e toda a sua população se sentir como se sente hoje, chantageada, nós não conseguiremos resolver nenhum dos problemas da Amazônia, não conseguiremos transformar a Amazônia na grande vanguarda brasileira, na fronteira da imaginação brasileira que ela pode ser”, disse o ministro.

Mangabeira submeteu a proposta de medida provisória para a criação de uma nova autarquia ao Palácio do Planalto no dia 21 de agosto. O novo órgão teria como tarefa cuidar da regularização fundiária da Amazônia, atribuição que hoje é do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), subordinado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

O Instituto de Regularização Fundiária da Amazônia, nome sugerido por Mangabeira, assumiria parte das tarefas que hoje são de responsabilidade do Incra para regularizar as terras da Amazônia Legal, formada pelos estados do Acre, do Amapá, Amazonas, Pará, de Rondônia e Roraima, além de partes de Mato Grosso, Tocantins e do Maranhão.

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Ministros defendem criação de agência "enxuta" para regularização fundiária na Amazônia

11 de Setembro de 2008 - Alex Rodrigues* - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A proposta para acelerar o processo de regularização fundiária na Amazônia amanheceu autarquia, anoiteceu agência. Depois de passar todo o dia reunido com governadores da região amazônica e outros ministros, o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, disse ter se convencido de que a proposta apresentada hoje (11) de criar uma agência para monitorar e coordenar a atuação dos estados é melhor que sua proposta de criar uma nova autarquia federal.

Segundo Mangabeira, a nova agência funcionaria nos moldes do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e seria “enxuta e pequena”, embora ainda não haja qualquer definição sobre seu funcionamento e a quem estaria subordinada.

“Por enquanto, ela é só uma hipótese. Não há uma decisão de que essa seja a solução final. O que houve foi uma convergência muito ampla”, afirmou Mangabeira ao explicar a idéia apresentada como alternativa a sua proposta de criar o Instituto de Regularização Fundiária da Amazônia (Irfam), apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 21.

A proposta inicial de Mangabeira previa que o Irfam tomaria para si parte das tarefas que hoje estão sob responsabilidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), como a regularização das terras da Amazônia Legal, região formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, além de partes do Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.

A estimativa era que a autarquia precisaria de cerca de R$ 600 milhões para regularizar a totalidade das posses em um período de cinco anos. Montante muito superior aos R$ 80 milhões anuais de que o Incra dispõe para cuidar da regularização em todo o país. Além disso, a nova autarquia contaria com 423 cargos em comissão (DAS) e 1.800 técnicos de níveis médio e superior admitidos por meio de contratos temporários.

“Várias objeções foram feitas à fórmula por mim apresentada. Uma delas é que uma autarquia completa, com amplo quadro, demoraria muito tempo para ser constituída. E nós temos pressa”, explicou Mangabeira, durante entrevista coletiva.

“A segunda objeção é que queremos evitar uma presença tão forte de uma organização federal que acabaria por suprimir as iniciativas dos estados. Queremos que a iniciativa federal potencialize a colaboração federativa, ao invés de suprimi-la. Eu concordo com essas objeções que acho pertinentes.”

Perguntado sobre o motivo de defender a criação de mais um organismo de governo em vez de fortalecer o Incra, Mangabeira respondeu que chegou a discutir essa possibilidade, mas que concluiu que essa não era a melhor alternativa diante da gravidade dos problemas de ilegalidade no acesso e controle às terras da Amazônia.

“O Incra tem responsabilidades nacionais e não cuida só da regularização fundiária. Historicamente, a prioridade do Incra passou a ser a reforma agrária e a política dos assentamentos. Como o problema da regularização é tão urgente, me pareceu que talvez nós precisássemos de um instrumento institucional exclusivamente voltado para a solução da questão”, disse o ministro, negando que sua proposta signifique que o Incra, da forma como está organizado, seja incapaz de solucionar o problema.

Já para o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, a criação de um novo órgão irá suprir deficiências. "Da forma como está acontecendo hoje, o Incra não dá conta. Essa nova agência executiva vem para ordenar o trabalho e fazer com que as coisas saiam do papel."

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, também defendeu a criação da agência, para ele, uma solução intermediária entre o Irfam e o repasse da responsabilidade para os próprios estados. “Vamos trabalhar com contratos de gestão e essa agência executiva, muito enxuta e pequena, vai regular e executá-los. O Incra, no entanto, não vai ficar de fora da regularização fundiária”, garantiu Minc.

Para o governador do Amapá, Waldez Góes, o formato do novo órgão ainda será alvo de debates. "Há dúvida, ainda, na questão de ser uma agência, um instituto, ou mesmo de reformular o Incra, mas há consenso sobre a necessidade de termos uma instituição que trate disso [regularização fundiária na Amazônia]. Não se chegou ainda à conclusão de como irá funcionar juridicamente."

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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