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PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU GANHA MAIOR PRÊMIO AMBIENTAL DO SUL DO BRASIL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2008

Brasília (12/09/2008) - O Parque Nacional do Iguaçu (PR) foi o grande vencedor do 16º Prêmio Expressão de Ecologia, da Editora Expressão, com o case "Programa Aqua Iguaçu" na categoria "Conservação de Recursos Naturais". O anúncio foi feito esta semana pelos organizadores ao chefe da unidade, Jorge Pegoraro. A cerimônia de premiação será em novembro.

O programa Aqua Iguaçu iniciou suas atividades monitorando as Estações de Tratamento Efluentes (ETE) das concessionárias do Parque, em junho de 2005. Só foi instituído oficialmente em abril de 2007 contendo escritório e laboratório estruturados, e passou a realizar análises físico-químicas, além de analisar os laudos emitidos pelas concessionárias. Também tem apoiado pesquisas na área do entorno da Unidade e participado de atividades desenvolvidas pelo Parque Nacional do Iguaçu.

Os cases vencedores do 16º Prêmio Expressão de Ecologia serão retratados no Anuário Expressão de Ecologia 2008. Nesta edição que estará em circulação a partir do mês de novembro, vai apresentar um panorama completo sobre as iniciativas em prol do meio ambiente na região Sul e os atuais debates acerca da questão ambiental.

A edição do prêmio de 2008 teve o recorde histórico de 164 projetos participantes, a maior marca de inscrições em uma única edição dos 16 anos de sua existência. Prova que o sucesso da premiação é um reflexo do aumento da consciência do setor produtivo sulista, que cada vez mais está inserindo a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável entre os seus objetivos estratégicos.

Em 2007, o Parque também conquistou o prêmio, mas na categoria "Educação Ambiental – Setor Público" com os trabalhos desenvolvidos pela Escola Parque. Este prêmio serve para valorizar ainda mais a conquista da sua organização, que em 2008 enfrentou a acirrada concorrência de projetos ambientais de toda região Sul.

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ICMBio faz parceria com produtora de sucos do Amazonas

Brasília (15/09/2008) - A parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) com empresas privadas poderá ser uma saída para a solução de problemas cruciais na Amazônia, com a garantia de sobrevivência das populações tradicionais e a sustentabilidade da região. Um passo importante está sendo dado com a empresa Mona Vie, que produz sucos para exportação.

A Mona Vie foi criada recentemente por um grupo investidor norte-americano e sua primeira investida é no mercado brasileiro, onde está se fixando para produzir um mix com 19 frutíferas, onde se destaca o açaí e o cupuaçu, frutas típicas da região amazônica. Para se instalar no país, a Mona Vie buscou o Instituto Chico Mendes para, em parceria com as populações tradicionais da Amazônia, fazer a extração e beneficiamento dos frutos.

A primeira parceria foi oficializada com a Cooperativa dos Produtores Agroextrativistas do Rio Cajari- Cooperca, criada pelos moradores na Reserva Extrativista (Resex) do Rio Cajari, no Amapá, com apoio do ICMBio. Inicialmente, 70 famílias vão participar do projeto, colhendo e processando os frutos do açaí e do cupuaçu para abastecer a empresa norte-americana. A Resex do Rio Cajari tem uma população de 1.800 família e o objetivo é ir incorporando novos fornecedores à medida em que a demanda for crescendo. Outras Reservas Extrativistas também estão nos planos de expansão da parceria, como explica Lúcia Lopes, da Diretoria de Unidades de Conservação de Uso Sustentável e Populações Tradicionais (Diusp), coordenadora do projeto.

A idéia não é vender apenas o suco, mas casar essa operação com a venda de artesanato produzido pelas populações das Resex, a partir da extração sustentada da floresta.

A parceria, segundo Lúcia, tem essa finalidade de proporcionar renda e sustentabilidade, garantindo a preservação dos recursos naturais e a intocabilidade da floresta.

O suco produzido pela empresa Mona Vie é vendido em garrafas de 700 ml, nos mesmos moldes do processo da vendas da Natura, ou seja, não se encontra o produto em supermercados ou lojas especializadas. O suco é vendido de porta em porta, por meio do sistema de vendas diretas, que proporcionam aos seus distribuidores independentes uma arrojada oportunidade de negócios. Como garante Maurício Patrocínio, diretor-geral da Mona Vie, não existe interesse por parte da empresa norte-americana de adquirir terras ou produzir a fruta em território brasileiro. "Queremos dar oportunidade ao morador local de ter sua renda, nos fornecendo o produto que ele próprio extrai da floresta", acrescenta.

Segundo ele, o objetivo da Mona Vie, que começou nos Estados Unidos e vem agora para o Brasil, é expandir sua atuação para outros países como o Japão, Austrália, Canadá, Porto Rico e países da Europa. O suco da Mona Vie é formado, além do açaí e do cupuaçu, pela pêra, uva vermelha, acerola, romã, cranberry e blueberries, entre outros.

Na reunião realizada na Diusp, em Brasília, para formalizar a parceria estiveram presentes Irmael Pinto Frazão, presidente da Cooperativa do Rio Cajari, com os dirigentes Francisco Edenburgo e Vandir Cruz; Maurício Patrocínio e Fernanda Stefani, da Mona Vie; Lúcia Lopes e Alexandre Cordeiro, da Diusp, e Sebastião Ednaldo G. Rodrigues, da Ditec/Ibama Amapá.

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Arribaçã anilhada é encontrada 24 anos depois

Brasília (12/09/2008) - Uma arribaçã ou avoante (Zenaida auriculata), anilhada em 1984 no Rio Grande do Norte, foi localizada este ano – ou seja, 24 anos depois – na Paraíba. A informação, que acaba de chegar ao Centro Nacional de Pesquisas para Conservação das Aves Silvestres (Cemave), do Instituto Chico Mendes, desfaz a idéia de que a espécie teria um ciclo de vida em torno de 15 anos.

O anilhamento é um sistema de marcação com anéis metálicos em que cada espécie recebe um anel com uma letra-código e uma seqüência numérica. A anilha, como é chamdo o anel, funciona como uma carteira de identidade em que os códigos nunca se repetem. Um dos dados importantes proporcionados pelo anilhamento é se conhecer a longevidade das espécies. O Cemave funciona em João Pessoa (PB) e faz, entre outras ações, a coordenação do anilhamento de aves silvestres.

Sobre as distâncias percorridas, não há novidades, pois a movimentação dessa espécie pela região Nordeste já é bem conhecida do Cemave. Mas o anilhamento já havia desmistificado a idéia de que essa ave é oriunda do continente africano. Após a marcação de milhares de indivíduos, foi possível entender suas rotas migratórias e a movimentação cíclica que ela realiza acompanhando o ritmo das chuvas na região semi-árida.

A ave encontrada foi anilhada ainda jovem por pesquisadores da Escola Superior de Agricultura de Mossoró (Esam). O fato poderia ser apenas parte da rotina do Cemave, que há trinta anos coordena o uso de anilhas e a distribuição destes anéis entre pesquisadores e instituições de ensino e pesquisas no Brasil, mas o caso assumiu importância porque a espécie é alvo permanente de caça e vive numa das regiões onde as alterações climáticas são constantes.

A arribaçã, uma autentica viajante da caatinga, vive no limiar de sua existência sob fogo cruzado de centenas de caçadores que praticam, pelo menos, três modalidades de caça – a esportiva, em que os praticantes apenas se divertem ao abaterem as suas presas; a comercial, que abastece uma rede de consumo com ramificações que se estendem pelas feiras dos grandes centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro; e a caça de subsistência, que é utilizada para saciar a fome de sertanejos pobres, principalmente nos longos períodos de estiagem.

Até então, acreditava-se que esta espécie poderia ter uma vida de até 15 anos, tendo sido este o mais longo registro já conhecido. A nova informação, obtida com a localização da arribação anilhada há 24 anos, traz para os pesquisadores a certeza de que a conservação e o monitoramento da avoante é uma das peças fundamentais para o conhecimento das dinâmicas de aves com potencial cinegético.

A arribaçã-vovó, localizada na Paraíba, conseguiu superar as adversidades do ambiente semi-árido, as intempéries climáticas, a pressão de uso e tempo de vida. A ave, cuja circulação se concentra no polígono das secas, deve ter procriado inúmeras vezes. Esse fato demonstra a necessidade de se ter um amplo programa de monitoramento e manejo da arribaçã, espécie que cantada em verso e prosa na literatura regional.

 
 

Fonte: ICMBio – Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

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