Rondônia (17/09/2008)
- De acordo com dados do satélite NOAA-15,
até dezessete de agosto de 2008 ocorreram
914 focos de incêndio no estado de Rondônia,
o que demonstra uma queda de 280% se comparados
aos 2560 focos de incêndio ocorridos até
esta data em 2007.
Esta vertiginosa queda pode ser
explicada por diversos fatores, dentre os quais
podemos citar a diversas operações
de fiscalização do Ibama, a formação
de brigadas de incêndio, a farta atuação
dos órgãos ambientais do governo estadual
na mídia local que informam e propõem
alternativas ao uso do fogo, além da própria
conscientização da população
local diante da percepção dos prejuízos
causados pelo uso indiscriminado do fogo.
Das operações de
fiscalização destacamos a operação
Arco de Fogo que aconteceu nos meses de março,
abril e maio no município de Machadinho D’Oeste,
entre maio e julho no município de Cujubim
e de julho até a presente data em Nova Mamoré.
Outra ação que merece destaque é
a operação Rondônia legal 3
que ocorreu entre abril e maio no município
de Buritis.
O Prevfogo do Ibama em conjunto
com algumas Secretarias Municipais de Meio Ambiente,
formaram cinco brigadas municipais no estado, sendo
duas em Porto Velho (45 brigadistas) e uma em cada
um dos municípios de: Buritis, Machadinho
do Oeste e Nova Mamoré, com 30 participantes
cada. Totalizando 135 brigadistas atuantes no estado.
Se por um lado houve pouca necessidade
de atuação destes grupos, por outro
a sua presença tanto inibe as queimadas quanto
incentiva pecuaristas a buscarem soluções
corretas ao uso da terra, isso pode ser comprovado
observando a vertiginosa ocorrida, por exemplo,
no município de Nova Mamoré, onde
até 17/09/2007 haviam ocorrido 227 focos
de incêndio enquanto até 17/09/2007
foram apenas 39 focos, evidenciando uma queda de
630%.
Valdemir Tedesco
Ascom/Ibama/RO
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Queimada registrada em portal
é averiguada no Amapá
Macapá (18/09/2008) - A
ocorrência de uma possível queimada
registrada em um portal nacional de notícias
específicas sobre a região amazônica
mobilizou uma equipe de fiscalização
da Superintendência do Ibama no Amapá
para apurar denúncia, que contabilizava mais
de 3,4 mil protestos de usuários (internautas).
Todavia, antes de ir a campo, foi necessário
realizar levantamento junto ao sistema de Detecção
de Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e obter as
coordenadas geográficas do local do incidente.
A partir da indicação
do ponto, os agentes seguiram pela rodovia BR-156
até as proximidades do Km 41, no município
de Macapá, e adentraram em vários
ramais até localizar o acesso da área
indicada pelas coordenadas, na qual foi constatada
a ocorrência de queimada em uma propriedade
particular. A área atingida pelo fogo é
de vegetação de campo cerrado, em
local sem benfeitoria ou plantio, sendo que a queima
atingiu da margem direita do ramal de acesso a casa
sede da propriedade até a borda da floresta
de galeria, totalizando uma área de 23,915
hectares. A área foi fotografada e georreferenciada
e não foi possível identificar o local
de origem do fogo.
Em contato com um empregado, a
equipe obteve informações que o proprietário
da área seria um empresário do ramo
imobiliário, sendo que o funcionário
não sabia informar como o fogo foi provocado.
O proprietário será notificado a prestar
esclarecimentos junto ao Ibama.
Apesar de não ter conseguido
identificar a origem ou autoria da queimada, os
fiscais não descartaram a possibilidade de
o fogo ter sido acidental, considerando que toda
a região atravessa um período de estiagem,
o que facilita a ocorrência de incêndios
em áreas de campo cerrado, seja por descuido
ou até mesmo pela possibilidade de combustão
espontânea ocasionada por uma lata ou um vidro
que, com ação direta dos raios solares,
potencializa o aquecimento da vegetação
rasteira ressequida até o início de
combustão e conseqüentemente incêndio.
A contratação de
94 novos brigadistas pelo Centro de Prevenção
e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo)
do Ibama, prevista para outubro, que ficarão
baseados nos municípios de Macapá,
Porto Grande e Tartarugalzinho conforme estabelece
a Portaria nº 23/2008 do Ibama, reforçará
o atendimento a esse tipo de demanda, além
de auxiliar na prevenção e combate
a incêndios no estado do Amapá.
Patrícia Sullivan
Ascom/Ibama/AP