Meio Ambiente
/ Ecossistema - 24/09/2008 - 11:49
Um estudo baseado na modelagem ambiental - que utiliza
imagens de satélites para identificar áreas
onde ocorrem espécies ameaçadas -
será apresentado no evento promovido pelo
Museu Paranaense Emílio Goeldi (MPEG/MCT).
Esses estudos geram modelos de distribuição
potencial para 32 espécies amazônicas
ameaçadas de extinção e subsidiam
o Extinção Zero, programa do Governo
do Pará que monitora plantas e animais que
correm risco de desaparecer e, principalmente, aponta
medidas para evitar a extinção.
O trabalho de modelagem ambiental
é uma das ações do Projeto
de Espécies Ameaçadas do Pará,
realizado em parceria com a Conservação
Internacional (CI). "A técnica de modelagem
ambiental é uma das ferramentas mais modernas
e poderosas para o estudo de áreas potenciais
de ocorrência de espécies animais e
vegetais. A integração de informações
ambientais e climáticas, com pontos de distribuições
das diferentes espécies e uso de algoritmos
permite que se projete onde se encontram as condições
mais favoráveis para a ocorrência das
espécies", explica o bolsista da Coordenação
de Ciências da Terra e Ecologia do MPEG, Jorge
Luis Araújo Martins.
Os especialistas em biodiversidade
querem entender quais as variáveis que estão
mais intimamente correlacionadas à ocorrência
das espécies amazônicas. "O uso
dessa ferramenta, aplicada ao estudo de espécies
ameaçadas, gera informações
muito importantes que ajudarão a nortear
planos de ação para proteção
de animais e plantas, além de definir com
mais precisão áreas para novas pesquisas",
acrescenta Martins.
A integração de
dados de bases distintas é outra vantagem
desta ferramenta. Segundo Martins, a integração
de dados gerados por modelagem é feita com
outras bases como o Prodes, que, a partir do uso
de imagens de satélite, faz o levantamento
da interferência humana sobre a floresta Amazônica,
dentro dos limites da Amazônia Legal brasileira.
Os pesquisadores podem, com essas informações,
calcular a cobertura florestal no nicho potencial
de ocorrência das espécies, além
de fazer a sobreposição a bases de
Unidades de Conservação (UC) para
avaliar se o nicho da espécie já esta
contemplado em áreas protegidas (UC’s ou
Terras Indígenas). "A ferramenta também
permite a sobreposição com bases LandSat
classificadas para detalhamento de cobertura do
solo na área de nicho potencial, e cálculo
qualitativo e análise espacial das fitofisionomias
nas áreas de ocorrência potencial",
detalha.
Olhando para o futuro, Jorge Martins
ressalta que as informações geradas
por estudos sobre as mudanças climáticas
globais ajudarão a entender como essas áreas
de nichos evoluirão no futuro e quais serão
os desafios enfrentados pelas espécies e
os ecossistemas amazônicos. A maior capacidade
de previsibilidade das pesquisas, considerando diferentes
cenários de desmatamento, também ajudará
a nortear as estratégias que protejam a biodiversidade
da Amazônia.
Agência Museu Goeldi
+ Mais
MPEG está na Câmara
Técnica Permanente das Espécies Ameaçadas
de Extinção do Pará
Preservação - 24/09/2008
- 12:44
A Câmara Técnica Permanente de Espécies
Ameaçadas de Extinção do Programa
Extinção Zero do Governo do Pará
será formada amanhã (25), durante
a reunião convocada pela Secretaria de Estado
de Meio Ambiente (Sema). Os pesquisadores da Coordenação
de Zoologia do Museu Paranaense Emílio Goeldi
(MPEG/MCT), Teresa Cristina Ávila-Pires e
Alexandre Aleixo serão os representantes
da Instituição na Câmara. Alexandre
Aleixo coordenou o processo de formulação
do banco de dados geo-referenciado com mais de 900
espécies candidatas e a formulação
da Lista Vermelha definitiva.
Para formar a Câmara Técnica,
a Sema convidou representantes de instituições
científicas e pesquisadores da área,
como o MPEG, que junto com a Conservação
Internacional (CI) e a Sema, coordenam o processo
de elaboração da Lista de Espécies
Ameaçadas do Pará. Para esse trabalho
foram mobilizados tanto a comunidade científica
quanto o setor produtivo, que culminou com a indicação
de 181 espécies de plantas e animais em três
categorias de risco: criticamente em perigo (CR);
em perigo (EN); e vulnerável (VU).
A Câmara Técnica
Permanente tem como objetivo acompanhar e avaliar
permanentemente a Lista, propondo a inclusão
ou a exclusão de espécies, ou ainda
modificações de categoria de ameaça.
A instância vai discutir ainda os critérios
técnico-científicos para o aprimoramento
do método de formulação da
Lista; propor normas e critérios para elaboração
dos planos de proteção e recuperação
da fauna ameaçada, bem como para os planos
de gestão da flora ameaçada. Além
disso, a Câmara deverá sugerir diretrizes
e estratégias para o fomento a pesquisas
sobre espécies ameaçadas de extinção;
a identificação, delimitação
e priorização de áreas críticas
para a biodiversidade; e, por fim, para a monitoração
permanente do estado de conservação
das áreas críticas, propondo medidas
que garantam a integridade desses espaços.
Joice Santos - Agência Museu Goeldi
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Infratores ambientais participam
de programa educativo
Educação Ambiental
- 22/09/2008 - 09:29
Apresentação do mapa acústico
do Parque Zoobotânico marca programação
educativa entre Museu e Juizado do Meio Ambiente
Antonio Carlos Lobo Soares, arquiteto do Museu Paraense
Emílio Goeldi (MPEG/MCT), apresenta hoje
(22) pela manhã, no auditório Alexandre
Rodrigues Ferreira, o resultado de sua pesquisa
que produziu o Mapa Acústico do Parque Zoobotânico.
A exposição compõe
a programação educativa dedicada aos
infratores ambientais, realizada pelo Goeldi em
parceria com o Juizado de Meio Ambiente.
O objetivo da pesquisa é
avaliar as conseqüências do ruído
provocado por motores e buzinas de carros, e música
emitida de fontes sonoras diversas para os animais
da coleção viva do MPEG. Realizado
no âmbito de uma disciplina do curso de mestrado
em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano da Universidade
da Amazônia (Unama), o estudo foi iniciado
em maio último e fez uso do aparelho sonômetro
para medir o som nas proximidades do PZB, levando
em consideração a temperatura, a umidade
do ar e a velocidade do vento.
Entre os principais resultados
encontrados pelo arquiteto, que também é
museólogo, o ruído externo ao Parque
chega a medir 80 decibéis (db), quando o
nível recomendado para áreas residenciais
fica em torno de 55 db, durante o dia, e 50 db,
à noite.
Em decorrência do grande
número de crimes ambientais, o Juizado de
Meio Ambiente realiza o evento hoje, de 8h30 as
12h, e de 14h às 17h, e, amanhã (23),
das 14h às 17h.
Agência Museu Goeldi