Boa Vista
(26/09/2008) - A Superintendência do Ibama
em Roraima inaugura no próximo dia 01 de
outubro, o prédio destinado ao Centro de
Triagem de Animais Silvestres – CETAS, localizado
na Av. do Sol com Andrômeda s/n, Bairro Cidade
Satélite, Boa Vista/RR.
A abertura do evento será às 10 h
com a presença da superintendente do Ibama,
Nilva Cardoso Baraúna, do diretor de Uso
Sustentável da Biodiversidade e Florestas,
Antonio Carlos Hummel, do prefeito de Boa Vista,
Iradilson Sampaio, do governador de Roraima, José
de Anchieta Júnior, do senador Romero Jucá
e do presidente do Ibama, Roberto Messias Franco.
Após pronunciamento das autoridades haverá
o descerramento da placa inaugural, visitação
ao Cetas e coquetel de comemoração.
Ibama/RR
Foto: Felipe Melo Rezende
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Tartaruga marinha encalhada nos
Lençóis Maranhenses recebe tratamento
no Cetas/Ibama
São Luis (26/09/2008) -
Uma tartaruga-verde viva, da espécie Chelonia
mydas, foi encontrada encalhada com um quadro de
pneumonia e fibrose pulmonar na praia do Atins (município
de Barreirinhas/MA) e nesta semana está recebendo
tratamento no Centro de Triagem de Animais Silvestres
(CETAS) em São Luís visando sua posterior
reintrodução no ambiente natural.
Em informação repassada pelo CETAS
hoje (26), o réptil ainda necessita de auxílio
dos técnicos para se alimentar, não
está mergulhando, apenas flutuando devido
ao problema respiratório, e encontra-se bastante
debilitada, ainda em risco de morte.
Alguns anos atrás, o Maranhão
não era reconhecido como um estado de ocorrências
freqüentes de tartarugas-marinhas nas praias
do segundo maior litoral do Brasil, mas este quadro
vem mudando e gerando informações
relevantes para o Projeto TAMAR.
O Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio) supervisiona o programa
de monitoramento realizado desde o dia 18 de agosto
nas praias da Ilha de São Luís, Alcântara,
Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses
e Baía do Tubarão. Este programa é
uma complementação do monitoramento
de biota marinha requerido pela Coordenação
de Petróleo e Gás do Ibama no processo
de licenciamento do empreendimento das pesquisas
sísmicas para a exploração
do bloco BM-BAR-4 leiloado pela ANP (Agência
Nacional de Petróleo) na Bacia de Barreirinhas,
cuja fase de execução com o navio
de sísmica está prevista para começar
em dezembro de 2008.
O monitoramento de fauna está
sendo feito por técnicos e monitores contratados
pela empresa que observam se há alguma ocorrência
de encalhe de mamíferos aquáticos
e tartarugas marinhas, além de detectarem
se existe alguma ocorrência de reprodução
desses animais, como ninhos e rastros para áreas
de desova. Ainda nessa atividade nas praias, os
técnicos e monitores observarão se
existe alguma alteração física
e comportamental nas espécies marinhas relacionada
à atividade sísmica. E essa alteração
pode ser percebida, devido à pequena distância
de 10 quilômetros mar adentro do bloco BM-BAR-4
em relação ao Parque Nacional dos
Lençóis Maranhenses, o programa vai
permitir a avaliação se a atividade
sísmica provoca algum dano físico
ou desorientação nos movimentos dos
animais marinhos em virtude das ondas sonoras que
serão disparadas para o fundo do oceano na
pesquisa para encontrar pontos de concentração
de petróleo e gás natural passíveis
de exploração no local.
Esse monitoramento nas praias
já detectou 45 ocorrências, entre elas
encalhes de mamíferos aquáticos, tartarugas
marinhas e meros (grande peixe ósseo ameaçado
de extinção que ocorre no Maranhão
e é objeto de proibição de
pesca). A tartaruga-verde em questão deu
entrada no CETAS na segunda-feira, 22 de setembro.
O programa de monitoramento visa também à
implantação de um projeto de comunicação
para a comunidade que será um meio de trocas
de informações entre as populações
litorâneas e a equipe responsável pelo
programa nas praias. Os moradores dessas áreas
são orientados a avisar o IBAMA/ICMBIO por
telefone qualquer ocorrência de encalhe que
encontrarem, com o animal vivo ou morto, para serem
tomadas as providências cabíveis.
Características da tartaruga
verde (Chelonia mydas): É uma tartaruga marinha
distribuída por todos os oceanos, nas zonas
de águas tropicais e subtropicais. O nome
tartaruga-verde deve-se à coloração
esverdeada da sua gordura corporal.
As tartarugas-verdes crescem,
em média, até 120 cm de comprimento
curvilíneo de carapaça e pesam 160
kg em média, podendo atingir até 300
kg. É uma espécie inteiramente marinha,
sem contatos com a terra, a não ser as fêmeas
que põem os ovos nas praias.
A espécie encontra-se ainda
ameaçada após um longo período
de caça intensa devido à sua carne
(usada para fazer sopa), couro e casca.
A tartaruga-verde habitualmente
se encontra em águas costeiras com muita
vegetação (áreas de forrageio),
ilhas ou baías onde estão protegidas,
sendo raramente avistadas em alto-mar.
Paulo Roberto
Ascom/Ibama/MA