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IBAMA QUER DESCENTRALIZAR CONCESSÃO DE LICENCIAMENTOS AMBIENTAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2008

26 de Setembro de 2008 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pretende descentralizar a concessão de licenciamentos que sejam de âmbito local, transferindo essa competência para estados e municípios. Para os empreendimentos pequenos e interesse estritamente local, a própria lei determina que sejam tratados pelo município, observou hoje (26) o presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, em entrevista à Agência Brasil.

Os projetos de grande porte que não tenham interesse nacional devem ter o licenciamento concedido pelo estado. Como alguns estados brasileiros não têm boa estrutura de análise ambiental, Roberto Messias sugeriu que o Ibama colabore para que a análise seja bem feita.

Já os projetos locais que tenham interesse nacional serão licenciados pelo órgão. Um exemplo é a Usina de Ondas, que a Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) está construindo no Ceará.

Para Messias, o crescimento acelerado acarreta vantagens para o país, mas também desafios para o licenciamento ambiental, preservando os direitos e o bem-estar da sociedade e a proteção do meio ambiente. Diante do grande número de empreendimentos em curso, ele afirmou que o Ibama tem que aliar a qualidade da análise com a presteza no resultado.

“Esse é o primeiro grande gargalo”, afirmou. O presidente do Ibama disse que do lado dos empreendedores e grandes grupos empresariais, o desafio que se impõe é a realização de estudos ambientais de qualidade. “É preciso que façam direito”. Esse é um grande empecilho ao licenciamento, comentou.

Segundo Roberta Messias, se os estudos ambientais e de viabilidade forem de boa qualidade, “sempre a licença sai mais rápido. É isso que os empresários têm que entender”. Caso contrário, acabam gastando fortunas para trabalhos sem qualidade. Ele reafirmou o rigor com que o instituto trata a questão ambiental, mas negou que esse rigor seja excessivo. “Não é. Quando você tem um empreendimento grande, que afeta um pedaço da natureza e as gerações futuras, a gente tem que ser cuidadoso. Tem que ser exigente mesmo. E vamos ser”, prometeu. “Nós queremos é proteger a sociedade e a natureza”, acrescentou.

Outro entrave que o Ibama enfrenta, na opinião de Messias, é a limitação da capacidade para atendimento à demanda crescente de licenças ambientais de projetos. “E nós temos que aumentar a capacidade, tanto em número quanto em qualidade dos analistas ambientais”. Nesse sentido, ele lembrou que a formação de melhores recursos humanos nas universidades “é fundamental” para o instituto.

De acordo com Roberto Messias, os grandes projetos em análise atualmente pelo Ibama vão despertar polêmica em algum momento. Entre os empreendimentos hidrelétricos, ele citou a Usina de Belo Monte, no Xingu, os projetos de modernização dos portos, os grandes projetos petrolíferos, de gasodutos e oleodutos, as grandes linhas de transmissão.

Acrescentou que o licenciamento referente às recentes descobertas de petróleo na camada pré-sal também está sob análise do Ibama. O processo está correndo normalmente, disse.

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Instituto Chico Mendes suspende licença ambiental para Hidrelétrica do Baixo Iguaçu (PR)

25 de Setembro de 2008 - Morillo Carvalho - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A concessão da licença ambiental prévia para a construção da Hidrelétrica do Baixo Iguaçu, no Paraná, foi suspensa hoje (25) pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Uma ação civil pública contra a construção da usina motivou a decisão.

O empreendimento seria construído nos municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques, a cerca de 500 metros do Parque Nacional do Iguaçu. A ação afirma que o estudo de impacto ambiental e o relatório de impacto ambiental (EIA/Rima) têm lacunas e omissões que impedem o dimensionamento adequado dos impactos que a construção provocaria.

A licença prévia ambiental já havia sido concedida, mas os argumentos apresentasdos na ação fizeram com que o presidente do ICMBio, Rômulo José Fernandes Barreto Mello, voltasse atrás. De acordo com o site da Procuradoria Geral da República (PGR), ele afirmou que a autorização estava condicionada ao cumprimento de condições. Como isso não ocorreu, instituto suspendeu a licença.

Sem a autorização do ICMBio, ninguém mais pode condeder o licenciamento. De acordo com a lei 9.985/00, para que o licenciamento seja válido é necessária a concordância do órgão ambiental responsável pela gestão do Parque Nacional do Iguaçu, que, no caso, é o Instituto Chico Mendes.

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Ibama busca maior integração com universidades e centros de pesquisa

26 de Setembro de 2008 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está buscando uma maior agilização em todos os processos de licenciamento e controle, sem perda de qualidade. “Esse é o grande desafio”, disse hoje (26) à Agência Brasil o presidente do órgão, Roberto Messias Franco.

Para atingir esse objetivo, Messias está buscando integrar as universidades e centros de pesquisa nacionais à parte técnica da política ambiental. “Queremos trazer para dentro da política ambiental o saber que tem nas universidades e academias. Para poder ter, então, a prática ligada com os conceitos, com o desenvolvimento e o trabalho nas fronteiras do conhecimento, que é próprio das universidades”, destacou.

O Ibama já possui um acordo de cooperação técnica com a Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e com a Universidade Federal de Lavras (MG). Já existem negociações em curso para o estabelecimento de parcerias com a Universidade Federal do Pará e a Universidade de Brasília.

A idéia do presidente do Ibama é estender essa cooperação “a todos os centros universitários importantes do país, porque nós acreditamos que as pessoas e as equipes que trabalham na pesquisa na fronteira do conhecimento são o grande apoio científico e tecnológico para decisões administrativas que nós vamos tomar”. A aproximação com a academia e os pesquisadores é uma diretriz do ministro Carlos Minc, assinalou Messias.

O coordenador do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig) da UFRJ, Marcos Freitas, informou à Agência Brasil que a Coppe contribui com a análise de projetos pelo Ibama de três formas. Uma delas é voltada para a capacitação. A Coppe identifica com o Ibama as áreas em que há necessidade de reforço na parte de conhecimento tecnológico para colaborar com especialistas. A entidade elabora também notas técnicas, cruzando informações com especialistas nacionais e, inclusive, de outros países.

Freitas informou ainda que a integração entre o Ibama e os técnicos da Coppe ocorre também no âmbito da engenharia de produção, numa relação direta com as diretorias do órgão ambiental, visando acelerar o processo de licenciamento. A Coppe possui 350 doutores em seu quadro de pesquisadores, além de mil doutores colaboradores. Mesmo assim, a instituição necessita, algumas vezes, buscar especialistas dentro da própria universidade e em outros centros de pesquisa do país para responder às questões levantadas pelo Ibama, afirmou Marcos Freitas.

O presidente do Ibama debateu hoje (26) questões ligadas ao licenciamento ambiental com professores e estudantes da Coppe, no auditório do Ivig.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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