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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SUSPENDE LICENCIAMENTO DA BR-319

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2008

26 Sep 2008 - Carlos Minc anunciou que a licença está condicionada a um plano de implementação das unidades de conservação existentes ao longo da rodovia.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou na última quarta-feira (24.09) que o processo de licenciamento das obras de pavimentação da BR-319, que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM), está suspenso por 60 dias.

Durante esse período, um grupo de trabalho analisará a situação de sete unidades de conservação (UC) federais e três estaduais localizadas ao longo da rodovia, que de acordo com o ministro são “parques de papel”. As unidades federais foram criadas, mas foram implementadas, e as estaduais nem chegaram a ser criadas. O objetivo é fazer o levantamento da situação de cada UC e uma previsão dos custos necessários para sua efetiva implementação.

Esses custos devem fazer parte do projeto de pavimentação da rodovia, e os trabalhos de implementação das UCs devem ser iniciados antes das obras de asfaltamento. Essa seria a condição exigida pelo MMA para a emissão da licença, de modo a evitar que se repita na BR-319 o que aconteceu na BR-163, onde apenas o anúncio do asfaltamento ampliou o desmatamento em 500%, segundo Carlos Minc.

A efetiva implementação dessas unidades de conservação significa demarcá-las, realizar a regularização fundiária, com as respectivas desapropriações de terras, construir a sede de administração, constituir o conselho gestor e capacitar seus membros, contratar a capacitar técnicos e elaborar o plano de manejo. No caso das reservas extrativistas, é importante lembrar que a regularização fundiária inclui a concessão de uso da terra, para que as comunidades que vivem dentro das reservas possam explorar os recursos naturais de forma legal e adequada.

As sete unidades de conservação federais somam 6,3 milhões de hectares, e as estaduais, que nem ao menos foram criadas oficialmente, totalizam 1,7 milhão de hectares. Segundo o ministro, essas UCs encontram-se no coração da Amazônia, em uma das áreas mais preservadas da floresta, e funcionam como defesa contra o desmatamento potencializado pela pavimentação da rodovia. “Não atravessaremos a Amazônia de ponta a ponta sem criar essa faixa de proteção”, assegura Minc.

O superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, no entanto, afirma que “a iniciativa do MMA é positiva, e o WWF-Brasil está à disposição para colaborar com a implementação dessas áreas, mas ainda é preciso discutir se, do ponto de vista ambiental, a rodovia deve ou não ser pavimentada”.

Entre as áreas federais a serem implementadas, duas são reservas extrativistas localizadas no estado do Amazonas, que contam com o apoio do WWF-Brasil. A Resex do Médio Purus, criada em maio desse ano, e a Resex do Ituxi, criada um mês depois, tiveram o apoio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) para a elaboração do estudo de criação.

Uma vez criadas as reservas, ambas passaram a contar com recursos do ARPA para ações de manutenção e fiscalização. Cláudio Maretti explica que “é importante completar o trabalho, com a criação das UCs estaduais previstas para a região: a Floresta Estadual ao norte da Flona Balata Tufari, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Igapó Açu e a Floresta Estadual de Samaúma, todas no Amazonas”.

O grupo de trabalho responsável pela análise da situação dessas UCs é formado pelos ministérios do Meio Ambiente, Transportes, Cidades e Integração, além do ICMBio e do Ibama e dos governos do Amazonas e de Rondônia.

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RPPN do Mato Grosso do Sul recebe prêmio de turismo

25 Sep 2008 - O Recanto Ecológico Rio da Prata, localizado no entorno do Pantanal, na cidade de Jardim, Mato Grosso do Sul, recebeu o primeiro lugar como a "Melhor Atração do Guia Brasil 2009" pelo Guia 4 Rodas. O concurso - divulgado no último dia 22 de setembro, no Citibank Hall, em São Paulo - foi promovido pelo Guia Quatro Rodas, da Editora Abril, que durante dois meses realizou uma enquete pelo site Viajeaqui. É a segunda vez consecutiva que a reserva recebe a premiação.

Dentro do Recanto Ecológico localiza-se a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Cabeceira do Prata. Na propriedade, são desenvolvidas atividades de pesquisa científica, conservação e ecoturismo. O passeio oferece aos visitantes atividades como cavalgadas, observação de pássaros e trilhas onde podem ser observados animais típicos da fauna pantaneira e ainda levam os turistas ao principal atrativo da RPPN, o mergulho nas águas cristalinas do rio da Prata um dos principais mananciais hídricos e de belezas cênicas da região da Serra da Bodoquena.

A reserva Cabeceira do Prata integra a Associação de Proprietários de RPPN do MS (REPAMS), parceira do Programa Pantanal para Sempre do WWF-Brasil em ações de conservação no Mato Grosso do Sul, por meio do estímulo e apoio aos proprietários para a criação de RPPNs. No Pantanal, essa é uma estratégia importante de conservação uma vez que a maioria das terras pertence a particulares.

Eduardo Folley Coelho, proprietário da RPPN premiada, avalia que aliar conservação e produção é um desafio para os proprietários rurais que decidem proteger os recursos naturais da propriedade. É preciso dedicação, empenho e, sobretudo parceria. “Acredito que a REPAMS tem papel fundamental neste processo. Por meio do apoio técnico-financeiro temos conseguido bons resultados em conservação e sustentabilidade o que é importante porque conseguimos cumprir nosso papel enquanto protetores da natureza e ainda temos a oportunidade de incentivar outros proprietários a acreditar e apoiar essa idéia”, avalia Coelho.

No ano de 2006 a RPPN concluiu seu Plano de Manejo, por meio de recursos aportados pelo Programa de Incentivo às RPPNs do Pantanal, uma parceira REPAMS e CI-Brasil. O estudo que consiste em levantamento de fauna, flora, uso turístico da área, entre outros levantamentos auxiliou o proprietário nas tomadas de decisões sobre o manejo da reserva.

Em 2008, a RPPN trabalhará ações baseadas nas atividades previstas no Plano por meio de um programa de sustentabilidade econômica que visa à restauração da vegetação nativa na zona de recuperação da RPPN através de plantio de mudas que serão realizadas pelas escolas da região, criação de um banco de sementes nativas da RPPN, aquisição de materiais para combate a incêndios florestais e implantação de armadilhas fotográficas como método de constatação de fauna da RPPN.

O que é uma RPPN?
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é uma categoria de unidade de conservação criada pela vontade do proprietário rural, ou seja, sem desapropriação de terra. No momento que decide criar uma RPPN, o proprietário assume compromisso com a conservação da natureza.

Além de preservar belezas cênicas e ambientes históricos, as RPPNs assumem, cada vez mais, objetivos de proteção de recursos hídricos, manejo de recursos naturais, desenvolvimento de pesquisas cientificas, manutenção de equilíbrios climáticos ecológicos entre vários outros serviços ambientais. Atividades recreativas, turísticas, de educação e pesquisa são permitidas na reserva, desde que sejam autorizadas pelo órgão ambiental responsável pelo seu reconhecimento.

 
 

Fonte: WWF-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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