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POVOS INDÍGENAS DE SEIS ESTADOS INICIAM DISCUSSÃO SOBRE ESTATUTO DO ÍNDIO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2008

24 de setembro de 2008 - Cem indígenas de Alagoas, Pernambuco e Sergipe e outros cem de Goiás, Maranhão e Tocantins participam das primeiras oficinas regionais da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), nas quais irão discutir sobre a atualização do Estatuto do Índio. Concomitantemente, as cidades de Recife/PE e Imperatriz/MA sediam os encontros, entre os dias 23 e 26 de setembro, reunindo representantes de entidades de defesa da causa indígena nacional.

Ao todo, as oficinas regionais serão promovidas, com apoio da Funai, em 10 capitais brasileiras a partir dessa semana. As atividades propostas são exercícios para as comunidades indígenas debaterem o tema considerado vital para suas populações. O atual Estatuto do Índio, a Lei 6.001, de 1973, continua em vigor até hoje e três Projetos de Lei foram enviados à Câmara dos Deputados com o objetivo de gerar um Estatuto que substituísse o de 1973.

Em 1994, uma comissão realizou vários debates em torno dos três Projetos de Lei e, como resultado, surgiu o Substitutivo ao Projeto de Lei 2.057/91, que foi o primeiro dos três Projetos de Lei a tramitar na Câmara. Até hoje, o Substitutivo não foi aprovado pelos deputados.

Agora, para fins de debate, os povos indígenas devem elaborar propostas para modificar o Substitutivo. Questões como “O que é patrimônio indígena”, “Quem administra o patrimônio indígena”, “Quem autoriza o ingresso nas terras indígenas”, “Qual o papel da Polícia Federal e das Forças Armadas em relação aos povos indígenas”, “Quais são as terras indígenas e a que se destinam essas terras”, “Uma demarcação pode ser modificada?” e outras polêmicas vão estar na pauta.

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Funai busca consolidação de parcerias com instituições que atuam em aldeias indígenas no Tocantins

24 de setembro de 2008 - Em uma iniciativa inédita no estado do Tocantins, a Funai, em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT), realiza o Seminário de Experiências Institucionais com Povos Indígenas, em que as diversas instituições envolvidas em projetos nas aldeias do Estado apresentam suas atividades e oferecem subsídios para mapeamento de experiências. “Nosso propósito é materializar o compartilhamento de ações. Para isso é fundamental que tenhamos parceiros e que identifiquemos as potencialidades capazes de tornar a política brasileira mais eficaz em relação aos povos indígenas”, afirma a diretora-substituta de Assistência, Salete Miranda.

O Seminário é uma oportunidade de diálogo interinstitucional, com o qual se pretende viabilizar a normatização de procedimentos para atuação de profissionais em Terras Indígenas. Foram convidadas as Secretarias de Cidadania e Justiça e de Educação e Cultura do Estado, além do Ruraltins, órgão que trabalha com a assistência técnica em extensão rural nas comunidades indígenas, e a Embrapa, que já é parceira da Funai há mais de dez anos. “Os principais projetos da Funai nas comunidades indígenas do Tocantins são relativos às atividades produtivas, mas também há experiências interessantes, como o apoio aos Krahô para trocas de sementes tradicionais e o programa Procambix, fruto de uma compensação por conta da usina hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães”, conta o coordenador de Desenvolvimento Comunitário Martinho Andrade.

Edvaldo Sullivan Xerente, vice-presidente da União dos Estudantes Indígenas do Tocantins, exprime a necessidade de que, durante o Seminário, surjam propostas que envolvam parcerias da UFT e da Funai com outras instituições, para garantir a qualificação dos acadêmicos indígenas. “Acredito que algo de concreto possa ser decidido aqui, ou ao menos que se busquem meios para atender a demanda dos índios. Todos temos anseio de entrar na faculdade, de se inserir na sociedade e de buscar o conhecimento para nossa comunidade”, desabafa Edvaldo. O representante da União dos Estudantes destacou a importância de ter indígenas multiplicadores de conhecimento em suas aldeias.

A coordenadora de Educação, Maria Helena Fialho, explica que ainda não existe uma política consolidada para ensino superior indígena no Brasil. “Estamos num momento de construção, que é o que o Gersem Baniwa tem feito na Coordenação-geral de Educação Escolar Indígena no Ministério da Educação”, afirma. Segundo Maria Helena, a Funai presta apoio técnico e financeiro para os estudantes indígenas no Tocantins e avalia como necessária a participação das organizações indígenas no evento. “É importante que eles participem para que tenham noção do contexto político e ajudem a reivindicar por um política pública mais específica”, afirma a coordenadora da Funai.

Outras instituições, como Funasa e Instituto Chico Mendes, participam do evento. O Centro de Trabalho Indigenista (CTI) e o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) também estão presentes nas atividades. Participam ainda as organizações indígenas INY MAHÃDU, AIX, CONJABA, KAPEY, WYTY CATE, KRINURÉ, IRARU MAHÃDU, PEMPXÀ, COIAT, OIT e PEP CAROC. O encerramento do Seminário deverá resultar em um Comitê articulador para formatação de Acordo de Cooperação Técnica entre a UFT e Funai.

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Indígenas do Nordeste discutem GEF Índigena

23 de setembro de 2008 - Os indígenas do nordeste se reúnem em Recife no período de 29 de setembro a 1 de outubro para discutir o GEF Indígena – Projeto de Catalização da contribuição das Terras Indígenas para a conservação dos ecossistemas florestais brasileiros, com apoio da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste Minas Gerais e Espírito Santo – APOIME e Fundação Nacional do Índio através da Coordenação Geral de Desenvolvimento Comunitário. A oficina tem como objetivo de consolidar a contribuição dessas terras para a conservação da diversidade biológica e cultural nos principais biomas brasileiros.

As oficinas propiciam ao movimento indígena um momento de reflexão sobre a situação ambiental de seus territórios e avaliar qual seria a contribuição do Projeto para a conservação biológica e o uso sustentável dos recursos naturais em seus territórios. Além disso, se discutira em conjunto com os financiadores do projeto o caminho a ser trilhado naquele bioma, a forma de articulação das organizações indígenas com o projeto, além das temáticas que devem ser enfrentadas para discussão de uma política de gestão ambiental em Terras Indígenas.

 
 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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