25 de
Setembro de 2008 - Luana Lourenço - Repórter
da Agência Brasil - Marcello Casal Jr/Abr
- Brasília - Os ministros da Ciência
e Tecnologia, Sergio Rezende, e do Meio Ambiente,
Carlos Minc, apresentam o Plano Nacional de Mudança
Climática
Brasília - O desmatamento é a principal
fonte de emissões de gases responsáveis
pelo efeito estufa do Brasil. Apesar de a devastação
da mata contribuir com cerca de 75% do total desses
gases lançados pelo país na atmosfera,
o tema não teve prazos ou metas quantitativas
de redução definidas pelo Plano Nacional
de Mudança Climática, apresentado
hoje (25).
O plano cita a busca pela “redução
sustentada das taxas de desmatamento até
que se atinja o desmatamento ilegal zero”, mas não
faz nenhuma referência a data limite ou prazos
a serem cumpridos.
Para recuperar as áreas
já degradadas, a proposta é investir
“em projetos agressivos de reflorestamento”, de
acordo com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
“A partir de 2015 vamos estar plantando mais que
derrubando”, calculou Minc.
O objetivo é chegar a 11
milhões de hectares de florestas plantadas
no Brasil até 2015, o dobro da área
atual. No entanto, apenas 2 milhões de hectares
deverão ser reflorestados com vegetação
nativa. A maior parte vai receber espécies
exóticas, com fins comerciais, como eucalipto
e culturas para produção de biocombustíveis,
principalmente babaçu, dendê e pinhão
manso.
Em relação ao estímulo
à produção de etanol previsto
pelo plano, Minc voltou a afirmar que o avanço
da cana-de-açúcar não comprometerá
áreas de preservação. A estimativa
é dobrar a produção de álcool
combustível até 2017 e chegar a 53,7
bilhões de litros anuais.
“Não vai ter um novo hectare
de cana em área de produção
de alimentos, na Amazônia e no Pantanal. Não
há nenhuma possibilidade do nosso etanol
não ser verde, senão será rejeitado”,
apontou.