29 de
Setembro de 2008 - Luana Lourenço - Repórter
da Agência Brasil - Brasília - O ministro
do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou hoje (29)
a criação de um grupo ministerial
para definir estratégias de combate ao desmatamento.
“Vai ser um Copom do desmatamento”, comparou, em
referência ao Comitê de Política
Monetária do Banco Central.
Além do ministério
do Meio Ambiente, outros cinco ministérios
farão parte do grupo, entre eles a Casa Civil
e o da Justiça, segundo Minc.
Batizado de Comitê Interministerial
de Combate ao Desmatamento (Cide), o grupo se reunirá
a cada dois meses para acertar medidas de intervenção
em políticas que respondam ao avanço
do desmatamento na Amazônia.
A criação do Cide
é uma das 12 medidas anunciadas hoje por
Minc em resposta ao avanço do desmatamento
em agosto, registrado pelo Inpe.
Entre as medidas, também
está a criação da Força
Federal de Combate aos Crimes Ambientais, com 3
mil agentes "para atuar em caráter de
combate", a retirada de mais "bois piratas"
de uma Floresta Nacional em Rondônia, o monitoramento
dos planos de manejo estaduais e iniciativas para
dar "mais sustentabilidade" aos assentamentos
da reforma agrária, apontados pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) como líderes da
lista de 100 maiores desmatadores da Amazônia.
+ Mais
Minc classifica avanço
do desmatamento na Amazônia como "muito
ruim"
29 de Setembro de 2008 - Luana
Lourenço - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc, classificou como “muito ruim” o avanço
do desmatamento registrado pelo Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe), que mostrou crescimento
de 134% do desmate em agosto, em relação
ao mês anterior. No entanto, Minc fez questão
de registrar que o número é inferior
ao desmatamento medido nos meses anteriores a sua
chegada no governo.
“Os dados são péssimos.
Mas cada um escolhe sua comparação,
o número não ultrapassou junho e ficou
muito abaixo do desmatamento de abril e maio”, comparou.
O aumento da atividade agropecuária,
a pressão fundiária, a expectativa
de regularização fundiária
em terras públicas na Amazônia, a redução
no efetivo de fiscalização do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) na primeira quinzena de
agosto por problemas com veículos foram listados
pelo ministro como fatores que resultaram no aumento
do desmate em agosto.
Outra explicação,
segundo Minc, é o período eleitoral.
O ministro apresentou dados do Ibama que apontam
média maior de desmatamento em anos com eleições
municipais, se comparados com anos sem pleito. “Em
anos de eleição se desmata mais”,
apontou.
De acordo com o ministro, o MMA
vai tomar 12 medidas para conter o avanço
do desmatamento.