02/10/2008
- A secretária de Biodiversidade e Florestas
do Ministério do Meio Ambiente, Maria Cecília
Wey de Brito, representará o ministro Carlos
Minc no Congresso Mundial de Conservação
da Biodiversidade, organizado de quatro em quatro
anos pela União Internacional para a Conservação
da Natureza (UICN). Maria Cecília será
palestrante na mesa-redonda Negócios e Biodiversidade,
que terá também a participação
dos ministros de Meio Ambiente da África
do Sul, da Espanha e de Portugal.
Com 8 mil participantes de governos,
organizações não-governamentais,
setor privado, organismos das Nações
Unidas, organizações sociais e academia,
o Congresso Mundial de Conservação,
que inicia dia 6 de outubro, em Barcelona (Espanha),
é uma oportunidade de intercâmbio de
experiências de gestão de unidades
de conservação e de captação
de recursos.
Moderada pelo presidente da UICN,
Valli Moosa, a mesa-redonda pretende ampliar o diálogo
entre governos, empresariado e organizações
não-governamentais de forma a criar sinergias
efetivas para alcançar metas como as da Biodiversidade
de 2010 da Convenção sobre Diversidade
Biológica (CDB), que buscam uma diminuição
significativa na atual taxa de perda de diversidade
biológica no mundo.
"É também um
espaço para apresentar os avanços
alcançados pelo Brasil na consolidação
do Sistema Nacional de Unidades de Conservação
da Natureza (Snuc) e com o Programa Áreas
Protegidas da Amazônia", afirma Maria
Cecília.
A participação no
congresso segue no dia 7 de outubro com a mesa-redonda
Ação local para a Biodiversidade:
a solução ignorada? que é parte
dos Diálogos da Sustentabilidade, uma série
de sete encontros de alto nível para discutir
e explorar os grandes desafios e inovações
para uma economia sustentável. O foco dos
encontros está nas cidades, uma vez que ocupam
2% da superfície da Terra e consomem 75%
dos seus recursos naturais.
Para iniciar os debates será
lançada a Parceria Global para as Cidades
e a Biodiversidade, com o objetivo de fortalecer
os aglomerados urbanos no gerenciamento e conservação
da biodiversidade por meio de projetos de cooperação
técnica e capacitação, comunicação,
campanhas, entre outros.
Após a primeira fase de
discussões do Congresso Mundial será
realizada uma Assembléia de Membros da UICN,
com o tema "Um mundo diverso e sustentável",
desdobrado em três grandes objetivos: como
responder às mudanças climáticas,
à globalização e à demanda
energética; de que modo um meio ambiente
sadio contribui para o desenvolvimento de comunidades
e economias saudáveis; e como salvaguardar
a diversidade única da vida em todas as suas
formas.
UICN - Fundada em 1948, a União
Mundial pela Natureza (UICN) reúne estados,
organismos públicos e um grande leque de
organizações não-governamentais
em uma aliança mundial que reúne mais
de 800 membros em 125 países.
A UICN tem por missão influir
sobre as sociedades do mundo inteiro, encorajá-las
e ajudá-las a conservar a integridade e a
diversidade da natureza para que fiquem atentas
ao uso justo e ecologicamente sustentável
dos recursos naturais.
Mais informações: http://www.iucn.org
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Minc anuncia concurso público
para 400 vagas no Ibama e Instituto Chico Mendes
29/09/2008 - Em palestra de abertura
da XII Bio-Semana UFRJ 2008, no campus universitário
da Ilha do Fundão, na Cidade do Rio de Janeiro,
nesta segunda-feira (29), o ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc, destacou várias iniciativas
do ministério e anunciou, para novembro,
o lançamento de edital para a realização
de concurso público para 400 vagas de analistas
ambientais do Ibama e do Instituto Chico Mendes.
Desse total, 225 vagas serão para o Ibama,
que serão distribuídas para a fiscalização,
licenciamento e qualidade ambiental. O restante,
175, será destinado ao ICMBio.
Diante de um auditório
lotado, no Centro de Ciências da Saúde,
o ministro foi muito aplaudido após enumerar
várias ações preservacionistas
já em curso, como a aprovação
do Fundo Amazônia e o reforço da administração
das unidades de conservação federais,
a partir da promoção do concurso público.
O ministro voltou a defender um
novo modelo de desenvolvimento para o país,
em especial para a Amazônia, que privilegie
ações de sustentabilidade, com a promoção
de atividades econômicas que estimulem os
habitantes a manter a floresta em pé, sem
novos desmatamentos. Segundo Minc, apenas com atividades
repressivas não se combaterá com eficácia
o desmatamento na Amazônia.
Dentre as iniciativas para se
chegar a esse modelo, Minc citou o processo de licitação
para a elaboração de 40 planos de
manejo florestal em reservas extrativistas e a aprovação,
pelo governo federal, de preços mínimos
para diversos produtos extrativistas.
Minc lembrou que o governo da
Noruega já anunciou que deverá doar,
até 2015, US$ 1 bilhão para o Fundo
Amazônia, se houver a queda continuada dos
índices de desmatamento na região.
Com os recursos destinados ao fundo, pela Noruega
e outros países e companhias, serão
promovidas, entre outras, ações de
recuperação de áreas degradadas
e o pagamento de serviços ambientais na região.
Minc anunciou também que
conseguiu com o presidente Lula a constituição
de um grupo, formado por três mil homens,
dentro do Ibama e do Instituto Chico Mendes, para
ações de repressão aos crimes
ambientais em várias partes do país.
Além disso, anunciou
que, horas depois, estaria em Brasília divulgando
a lista dos 100 maiores desmatadores da Amazônia
e anunciando a formação de uma força
federal de combate aos crimes ambientais, com o
Ministério Público Federal e a Advocacia-Geral
da União, para a agilização
do ajuizamento de ações contra os
desmatadores da floresta.