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DECRETO DE CRIMES AMBIENTAIS AMPLIA PRAZO PARA AVERBAÇÃO DE RESERVAS LEGAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2008

08/10/2008 - Lucia Leão - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou nesta quarta-feira (8), durante audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado Federal, que estará concluída até amanhã a proposta de revisão do Decreto 6.514/2008, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais. A construção do novo texto foi construída conjuntamente por quatro ministérios - Meio Ambiente, Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Justiça - representantes dos secretários estaduais e municipais de Meio Ambiente e frentes ambientalistas. O grupo analisou as sugestões apresentadas aos ruralistas e que foram parcialmente assimiladas no novo texto que será submetido ao presidente Lula.

Dos 162 artigos, 15 - 10% do conjunto - foram alvo das 60 sugestões e críticas apresentadas pelos ruralistas. A metade delas, segundo Minc, foi parcial ou integralmente assimilada. As mais importantes dizem respeito ao prazo para averbação das reservas legais. O setor da agricultura pediu que o prazo original de 120 dias fosse ampliado para cinco anos. A versão que será será submetida ao presidente Lula dá um ano para a regulamentação. Também foram acatadas sugestões relativas ao tamanho das multas e à possibilidade de se embargar apenas a área da propriedade onde foi cometido o crime ambiental, e não toda a propriedade.

"Nos pareceu sensato aos quatro ministros não embargar toda a propriedade", explicou Minc. "São questões de bom tempo que não afrouxam o decreto como medida de combate à impunidade, mas viabilizam a sua aplicação".

Minc compareceu ao Senado junto com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Os dois foram convidados para falar sobre o Zoneamento Agroecológico da Cana, que vai nortear a expansão da cultura para a produção de etanol. Eles confirmaram que os estudos estão praticamente concluídos e identificaram 65 milhões de hectares de terras, integralmente fora dos biomas Amazônia e do Pantanal, que atendem aos critérios de produtividade e de proteção ambiental fixados como premissa. Desses, o governo escolherá seis hectares, terra suficiente para cumprir a meta de aumentar em 11% ao ano a produção do etanol, estabelecida no Plano Nacional de Mudanças Climáticas.

"Vamos escolher esses seis dentro dos 60 que temos! O Brasil é o único país que tem terras para aumentar a proteção, aumentar a produção de etanol e aumentar a produção de alimentos", enfatizou o ministro.
Além de excluir a Amazônia e o Pantanal, os 65 milhões de hectares indicados como passíveis de expansão da cultura da cana deixa de fora as terras com cobertura vegetal nativa em qualquer bioma e terrenos inclinados, que não permitem mecanização e portanto exigem a queima das folhas para a colheita manual.

"Vamos acabar gradualmente com a queimada da cana, aproveitar todo o vinhoto que não poluirá mais o rio mas servirá para a geração de energia e aproveitar a palha da cana, que é energia renovável", garantiu Minc.

Questionados pelos parlamentares sobre como o ZAE tratará a região do Bacia do Alto Paraguai, onde uma norma do Conama já proíbe a instalação de novas usinas de álcool por conta dos reflexos que elas possam ter no Pantanal, tanto Minc quanto Stephanes disseram que não cabe ao poder executivo mudar normas legais.
"As decisões do Conama têm força de lei, e o nosso papel é fazer cumprir a lei", afirmou Minc.

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Ministro apresenta Fundo Amazônia em fórum Brasil-Japão, no Rio de Janeiro

10/10/2008 - O Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, vai apresentar o Fundo Amazônia durante o Fórum Internacional do Meio Ambiente Brasil-Japão, nesta segunda-feira (13), no auditório do BNDES, no Rio de Janeiro.

Brasil e Japão vão compartilhar experiências e identificar projetos para cooperação econômica, científica e tecnológica na luta contra o aquecimento global, com destaque para o exemplo brasileiro das energias renováveis.

Minc vai debater com o professor emérito da Universidade de Tokyo e ex-vice reitor da Universidade das Nações Unidas, Itau Yahui, as perspectivas de inovação e de disseminação de tecnologias para alcançar a meta da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima (UNFCCC) de reduzir em 50% da emissão global até 2050. Minc vai falar sobre o Fundo Amazônia e do esforço global para preservação da Amazônia.

O Fundo Amazônia é destinado a captar doações para investimentos em ações de combate ao desmatamento e promoção da conservação e do uso sustentável das florestas no bioma amazônico, tendo por fundamento a redução das emissões de gás carbônico para a atmosfera decorrentes das áreas desmatadas na Amazônia brasileira. A expectativa é que o mecanismo capte US$ 1 bilhão em seu primeiro ano de vigência.

A Noruega foi o primeiro país a fazer doação para o Fundo Amazônia. Em setembro, o governo norueguês anunciou que suas doações devem totalizar US$ 1 bilhão até 2015, condicionadas à manutenção dos esforços brasileiros para conter o desmatamento. O primeiro aporte foi de US$ 20 milhões e ao longo dos próximos doze meses está garantido o depósito de mais US$ 120 milhões, somando US$ 140 milhões no primeiro ano do Fundo.

Interessados em participar do Fórum Internacional do Meio Ambiente Brasil-Japão podem se inscrever no site http://meioambiente-brjp.or.

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Ministro debate desmatamento com parlamentares ambientalistas

09/10/2008 - Carlos Américo - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu, nesta quinta-feira (9), a definição de programas, de instrumentos, de recurso e de procedimentos que garantam, efetivamente, o desmatamento zero na Amazônia, antes do estabelecimento de metas.

Minc participou de reunião da Frente Parlamentar Ambientalista, na Câmara dos Deputados, que discutiu o Pacto pela Valorização da Floresta e pelo Fim do Desmatamento na Amazônia, formulado por nove ongs, e que pretende acabar com o desmatamento na região.

Minc disse que o Brasil não tem uma data-limite para acabar com o desmatamento na Amazônia, mas disse que o MMA é favorável a metas de redução do desmatamento. Ele lembrou que o Plano Nacional de Mudanças Climáticas - em consulta pública pela internet - faz com que o Brasil se comprometa a possuir médias decrescentes de desmatamento em todos os biomas até atingir o desmatamento ilegal zero. A meta é eliminar a perda líquida da área de cobertura florestal no Brasil até 2015. "O Brasil vai plantar mais do que desmatar".

O ministro também destacou a redução da taxa de desmatamento na Amazônia, nos últimos cinco anos (220-2008), nos meses mais secos do ano (junho, julho e agosto).

O sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra que a média de desmatamento nesse período vem caindo, chegando ao menor valor este ano - 649 km2. Ele ressaltou que, mesmo com a redução, não há motivos para comemorar. "Os números são suficientes? Não. Há motivo para comemorar? Não. O desmatamento ainda é muito grande", disse.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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