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DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA CAI 27% NOS MESES MAIS CRITICOS DO ANO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2008

08/10/2008 - Gisele Teixeira - Números do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que a média de desmatamento nos três meses mais secos do ano (junho, julho e agosto) vem caindo desde 2004, chegando ao menor valor agora em 2008 - 649 km2.

Nesses meses tradicionalmente ocorre o maior volume de corte da floresta. A área desmatada no período chegou a ser de 5.858 km2 em 2004, início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E está sendo reduzida desde então: foi de 1.568 km2 em 2005; 1.187 km2 em 2006; 884 km2 em 2007 e 649 km2 em 2008.

"Este ano registramos a menor média em cinco anos para os meses mais críticos e uma redução de 27% sobre o ano anterior", destaca o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Ele acrescenta que os números mostram que seu governo está conseguindo manter a tendência de queda registrada na gestão da ministra Marina Silva. "Mas os números não são bons. Temos que reduzir ainda mais o desmatamento na Amazônia", diz Minc.

Para isso, o Ministério do Meio Ambiente está implementando uma série de medidas de fiscalização, como o aumento do número de portais de fiscalização nos entroncamentos de rodovias na Amazônia. Hoje são apenas dois, nas BRs 364 e 163, mas o objetivo é chegar a oito. Entre as medidas de combate à impunidade ambiental, o MMA anuncia nesta sexta-feira o ajuizamento de ações contra 90 desmatadores.

As ações da agenda positiva, a chamada Operação Arco Verde, também foram reforçadas e devem se refletir em breve na criação de empregos sustentáveis na Amazônia. Uma delas é a consolidação do Distrito Florestal da Rodovia BR-163 (Cuiabá/MT-Santarém/PA) - uma área de 15 milhões de hectares, no Pará, onde serão aplicados 6 milhões de euros em manejo das florestas públicas da região, apoio a iniciativas de produção sustentável e fortalecimento da sociedade civil.

Ações positivas incentivam uso sustentável da floresta - A criação do Fundo Amazônia, que já conta com a doação de US$ 140 milhões pelo governo da Noruega em seu primeiro ano de funcionamento, também irá alavancar a exploração sustentável da floresta e a qualidade de vida dos 24 milhões de pessoas que vivem na região.

As doações do governo norueguês devem totalizar US$ 1 bilhão até 2015. E as melhorias para a região não devem demorar para chegar. A primeira reunião do comitê orientador do fundo está marcada para 24 de outubro, quando será dado o passo inicial para a implementação das ações.

A garantia de preços mínimos para produtos extrativistas também é uma vitória do ministro Carlos Minc. A borracha natural, o açaí, a castanha de babaçu e o pequi foram os primeiros a ter preços fixados pelo Conselho Monetário Nacional, em setembro passado, dentro de uma lista de dez produtos extrativistas da sociobiodiversidade que passarão a ser garantidos pelo governo. Na próxima reunião, o CMN aprovará os valores para os óleos de copaíba e andiroba, além da castanha do Pará e da carnaúba.

Por fim, a primeira versão do Plano Nacional do Mudanças do Clima, em consulta pública até o final de outubro, prevê eliminar a perda líquida da área de cobertura florestal no Brasil até 2015. Isto é, a partir dessa data o Brasil vai plantar mais do que cortar. Teremos um desmatamento legal e ilegal decrescente e um plantio crescente de árvores, tanto de espécies nativas quanto para silvicultura, até chegarmos ao desmatamento ilegal zero , complementou o ministro.

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TAL Ambiental vai apoiar estudos sobre cadeia produtiva da lenha e carvão

03/10/2008 - Daniela Mendes - O Projeto de Assistência Técnica para a Agenda de Sustentabilidade Ambiental (TAL Ambiental) vai apoiar, com recursos do Banco Mundial, um estudo da cadeia produtiva da lenha e carvão de áreas de desmatamento e manejo florestal e do consumo desses produtos nos pólos cimenteiro e de soja.

Com isso, o projeto, que conta com a participação de seis ministérios, além do de Meio Ambiente, pretende contribuir com subsídios para qualificar os instrumentos de controle do desmatamento, uma das prioridades do Ministério do Meio Ambiente e do governo federal.

O projeto também dará suporte a estudos de análise do ciclo de vida das principais cadeias produtivas do país, como a de pneus, borracha e metalurgia e sobre sistemas de monitoramento do licenciamento das propriedades rurais.

O projeto TAL Ambiental tem por objetivo viabilizar ações de caráter técnico que fortaleçam a tomada de decisões político-institucionais, tais como a elaboração de estudos, diagnósticos, capacitação de técnicos e realização de oficinas.

Suas ações constituem-se em um elo entre diferentes políticas ambientais dentro dos diferentes setores do MMA e em um meio de fortalecer o diálogo especificamente com os outros seis ministérios beneficiários para inserir a dimensão ambiental ou articular as políticas ambientais previstas com as políticas setoriais federais dos mesmos.

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Conama discutirá educação ambiental no setor empresarial e sindical

03/10/2008 - O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) realizará de 3 a 5 de dezembro, em Salvador, o seminário "Desafios e Perspectivas da Educação Ambiental no Setor Empresarial e Sindical". Os preparativos para o encontro serão discutidos durante reunião da Câmara Técnica de Educação Ambiental do Conama, na próxima quinta-feira (9), em Brasília.

O objetivo do evento é promover um diálogo sobre as ações de Educação Ambiental realizadas pelo setor empresarial e sindical, contribuindo para o fortalecimento e qualificação destas ações, bem como para uma proposta normativa de regulamentação do artigo 3º da Lei 9.795/99, que dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental.

Esse artigo destaca que, como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação ambiental, incumbindo "às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio ambiente".

A iniciativa quer promover, ainda, um diálogo entre os setores, realizar intercâmbio de experiências e colher subsídios para a construção de termo de referência para orientar diretrizes e indicadores para programas de Educação Ambiental, entre outros.

A programação prevê mesas-redondas sobre os temas Responsabilidade Socioambiental, Comunicação e Consumo Sustentável; Educação Ambiental no Licenciamento, Responsabilidade Socioambiental, Comunicação e Consumo Sustentável e Indicadores, Avaliação e Monitoramento dos Programas de Educação Ambiental nas Empresas.

Estão previstos quatro grupos de trabalho sobre Olhares e experiências das empresas no exercício da responsabilidade socioambiental; Olhares e ações para mecanismos de incentivo, financiamento, compensação ambiental e redes de fundos, Deliberações da III Conferência Nacional do Meio Ambiente e Educação Ambiental no licenciamento no âmbito do Sisnama. Também devem ser apresentados estudos de caso e relatos de experiências de empresas brasileiras.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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