8 de Outubro
de 2008 - Marcos Chagas - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - A Amazônia e o
Pantanal Matogrossense estão fora do zoneamento
ecológico e econômico para o plantio
da cana-de-açúcar. A afirmação
é do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc,
acrescentando que os estudos para a definição
das áreas passíveis de plantio para
posterior exploração de etanol estão
em fase final de elaboração.
A expectativa é de que,
até o fim deste ano, o estudo seja concluído.
"Não haverá novas usinas de cana
na Amazônia nem no Pantanal", afirmou
o ministro após audiência pública
da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária
do Senado Federal.
Minc acrescentou que a preocupação
do governo está na ampliação
da área destinada ao plantio de alimentos,
assunto que está sob discussão, neste
momento, pelos técnicos do Executivo. "Não
basta não afetar áreas ambientais,
nós queremos evitar que o aumento do etanol
e do biocombustível causem carestia alimentar".
De acordo com o ministro, "o
que está sendo afinado até o fim do
mês é garantir a expansão da
área de alimentos simultaneamente à
expansão do etanol". Ele ressaltou que
o primeiro plano brasileiro de mudanças climáticas
prevê um aumento na produção
do etanol em 11% ao ano.
Para que possa cumprir essa meta,
o governo necessita de uma área nova de plantio
de 6 milhões de hectares. "Temos 60
milhões [de hectares] disponíveis
e vamos escolher esses seis nos 60 milhões.
O Brasil é o único país que
tem terra para aumentar a proteção,
aumentar o etanol e aumentar a produção
de alimentos com a Amazônia e o Pantanal preservados."
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Minc diz que área para
plantio de cana-de-açúcar terá
mais 7 milhões de hectares
8 de Outubro de 2008 - Priscilla
Mazenotti - Repórter da Agência Brasil
- Brasília - O ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc, disse hoje (9) que a área autorizada
para plantio de cana-de-açúcar será
ampliada em 7 milhões de hectares. Para isso,
os plantadores receberão incentivos. Entretanto,
a fiscalização também será
aumentada. Segundo ele, haverá parceria entre
estados e a União, além do maior monitoramento
por satélite.
"Estamos intensificando a
fiscalização dos parques nacionais
para combate à irresponsabilidade ambiental",
disse em audiência pública no Senado.
"O Brasil é o único país
do mundo que tem terra suficiente que permite expansão",
completou.
A idéia, segundo o ministro,
é garantir o aumento da produção
de etanol sem prejudicar a produção
de alimentos. "Sem quebrar a produção
de alimentos, que foi o que aconteceu com o milho
americano e sem provocar a carestia alimentar",
comentou. "Queremos fazer isso com toda a segurança,
com toda a parte técnica, e não apenas
com invasão de área protegida."
Em entrevista no Rio de Janeiro
em 25 de agosto, Minc negou que o governo estivesse
estudando alguma proposta para permitir o avanço
da cultura da cana-de-açúcar no pantanal
mato-grossense, ao contestar informações
veiculadas pela imprensa sobre a exploração
de canaviais e a instalação de usinas
no bioma.
Na ocasião, ele afirmou
que não haverá “um pé de cana
no pantanal ou na Amazônia”.