Panorama
 
 
 

NOVAS REGRAS BUROCRATIZAM TITULAÇÃO DE TERRAS QUILOMBOLAS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Outubro de 2008

05/10/2008 - Movimento quilombola denuncia que o texto final da nova Instrução Normativa sobre titulação de terras, elaborado pela AGU, é um retrocesso e teme que o governo use os erros desse processo como modelo para outros casos que exijam consulta prévia aos povos afetados.

Publicada no Diário Oficial da União de 1º de setembro de 2008, a Instrução Normativa (IN) Incra nº 49, que disciplina o Decreto nº 4.887/2003, prevê novos procedimentos para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação, titulação e registro das terras quilombolas. Leia o conteúdo aqui.

O texto tem como base o relatório do Grupo de Trabalho (GT) coordenado pela Consultoria-Geral da União (CGU) da Advocacia-Geral da União, formado em 2007 para rever as normas que garantem a titulação de terras de remanescentes de quilombos.

A criação desse grupo se deu após a veiculação, na grande mídia nacional, de supostos abusos em processos de titulação de terras de quilombos, sobretudo na Bahia. Um dos principais pontos que foram questionados, notadamente por organizações representativas do setor agropecuário, definia que, pela regra agora revogada, a “autoidentificação” de uma comunidade rural como quilombola já era suficiente para se dar início ao processo administrativo de titulação, que muitas vezes implica a desapropriação de terras particulares para entregá-las às comunidades quilombolas. Para essas organizações, a possibilidade de autoidentificação, prevista num tratado internacional ratificado pelo Brasil (Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho), possibilitava abusos e trazia “insegurança jurídica” aos produtores rurais. Esse foi o principal argumento utilizado pelo então Partido da Frente Liberal – PFL (atual Democratas) para ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o Decreto 4887/03, ainda em 2004.

Obstáculos

“No momento em que o Governo Federal começou a acenar com a possibilidade de tirar do papel o mandamento constitucional de titular as terras de quilombos, criando uma estrutura jurídica para dar suporte a sua ação administrativa, os setores mais conservadores da sociedade se articularam para matar o mal pela raiz e tentaram derrubar o decreto. Não conseguiram isso no Supremo Tribunal Federal (STF), que até o momento não se pronunciou sobre a questão, mas estão conseguindo levar parte da fatura agora, após uma intensa campanha na mídia desacreditando o trabalho que vem sendo feito pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a própria idéia de se regularizar a situação fundiária dos quilombos” avalia Raul Silva Telles do Valle, coordenador do Programa de Política e Direito Socioambiental do ISA e um dos advogados do amicus curiae que tenta defender o decreto no STF.

Uma das mudanças resultantes da nova regra determina que é preciso apresentar uma certidão de autoidentificação, dada pela Fundação Cultural Palmares (FCP), para que o Incra vá a campo começar os trabalhos de identificação de determinado território. Antes, embora essa certidão já existisse, ela não era requisito para que se iniciasse o processo administrativo. Agora, além de ser necessária, ela não se baseia mais na simples autodefinição do grupo, que precisa também levar documentos históricos que comprovem “sua trajetória comum”, estando sujeitos a uma “visita técnica” da Fundação Palmares para atestar a veracidade das informações.

Para a antropóloga Lúcia Andrade, da Comissão Pró-índio de São Paulo (CPI-SP), esse temor de que com a autoidentificação milhares de pessoas vão querer se “transformar” em quilombolas não tem lastro na realidade. “Eu nunca vi uma pessoa querer ser algo que não é para conseguir uma terra que tem de ser coletiva e não pode ser vendida. Ao contrário, já vi vários casos de comunidades que são quilombolas mas que, em função dessas restrições, não querem ser reconhecidas oficialmente como tal”. Segundo ela, com essa nova regra todos os processos de identificação, que eram tocados pelas superintendências do Incra nos estados, vão ter que passar pela Fundação Palmares, atrasando ainda mais o que já era demorado. “A FCP não tem como atender a todas essas demandas em Brasília, pois não tem gente suficiente” pondera.

Outro ponto levantado pela antropóloga é que agora haverá uma duplicidade na certificação, já que na regra antiga não bastava uma comunidade se autoidentificar como quilombola para ganhar a terra: era necessário que o Incra fizesse um relatório de identificação para verificar se realmente aquele grupo cumpria os requisitos estabelecidos em lei. Além da obrigatoriedade da dupla identificação, o próprio relatório se tornou mais complexo do que já era. “A nova regra exige quesitos e informações detalhadas que não são relevantes para o processo de identificação da terra, o que resulta em um estudo muito mais caro e demorado, ou seja, desperdício de tempo e dinheiro público” , diz a representante da CPI-SP. E completa: “Se já estava parado, agora é que vai parar de vez”.

Na avaliação da advogada especialista em Direitos Humanos do Programa Vale do Ribeira do ISA, Luciana Bedeschi, a nova Instrução Normativa burocratiza o acesso dos quilombolas a seus direitos: “Estabelece ritos burocráticos que vão desde a abertura do processo até o registro do título, passando pela , contestações e consultas. As consultas aos oito órgãos e entidades da administração pública de que trata o artigo 12, por exemplo, devem ocorrer duas vezes durante o processo. A primeira na abertura e a segunda após a publicação do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID)”.

Titulações em atraso

Não é despropositada a preocupação com a demora no processo de titulação. Desde que assumiu o poder, há quase seis anos, o governo Lula só titulou seis terras de quilombo em todo o País. De acordo com o Incra, existem 736 processos abertos em todas as Superintendências, com exceção de Roraima, Marabá e Acre. São 71 Relatórios Técnicos de Identificação e Delimitação (RTIDs) publicados, totalizando 53.458.981,93 hectares identificados em benefício de 7.152 famílias. O Instituto também informou que há 31 portarias publicadas, totalizando 188.159,35 hectares reconhecidos em benefício de 3. 139 famílias, e 97 títulos emitidos.

Segundo dados do ISA, no Estado de São Paulo há 45 processos em andamento no Incra, vários há mais de quatro anos, mas nenhum título outorgado. Enquanto isso, a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), órgão do governo estadual, conseguiu entregar títulos para seis territórios. Pouco, mas muito mais do que o Governo Federal. “Se olharmos para os estados que têm legislação própria, como o Pará e o Piauí, veremos que elas são muitos mais simples que a federal e que, nesses lugares, as coisas estão andando muito mais rapidamente” observa Lúcia Andrade.

Já para o presidente do Incra, Rolf Hackbart, as mudanças só trazem benefícios: "As novas regras melhoram o processo porque agilizam a titulação das terras, reparando uma dívida histórica do Estado com essas comunidades. A nova IN também torna os laudos técnicos mais simples e uniformes. Além disso, todas as desapropriações de imóveis rurais dentro das áreas quilombolas serão indenizadas em dinheiro e não mais em Títulos da Dívida Agrária e dinheiro”. Hackbart também destaca que a IN prevê câmaras de conciliação na AGU, quando há conflito ou sobreposição de interesses públicos: “Nos casos, por exemplo, de quilombo com sobreposição de Terras Indígenas ou quilombo e Unidades de Conservação", explica.

As queixas dos grupos ligados às comunidades quilombolas vão além do conteúdo da nova norma. Para eles, houve uma sucessão de equívocos na condução do processo de consulta com as lideranças quilombolas que prejudicaram seriamente o resultado.

Desrespeito ao direito de consulta prévia

O grupo de trabalho criado pelo governo federal era formado apenas por membros do governo. A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras (Conaq) foi convidada a participar de algumas reuniões, mas recusou em protesto contra a falta de participação de representantes das comunidades desde o começo do processo de revisão da norma.

Em abril deste ano, foi realizada uma audiência pública, em Luziânia (GO), organizada para esclarecer e deliberar sobre a nova Instrução Normativa - com cerca de 300 representantes de comunidades quilombolas. Para o governo, a metodologia adotada – o preenchimento, em três dias, de uma tabela com colunas com o texto-base da IN e as propostas acolhidas ou não pela CGU, com a redação final da IN no último dia – seria a primeira aplicação correta, no País, do direito de consulta prévia previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Para representantes de movimentos quilombolas e parceiros, porém, o resultado do evento de abril não pode ser considerado uma consulta prévia porque não é aceitável que, em um único evento, os interessados tomem conhecimento da minuta e decidam se concordam ou não com o proposto. Segundo Lucia Andrade, não houve espaço para refletir: “Além disso, os representantes do governo que participaram da consulta não tinham poder de decisão. Não houve diálogo com ministros e Presidente da República. A missão do grupo de trabalho era rever as normas para terras indígenas e quilombolas, mas ninguém do movimento teve oportunidade de participar. Quando a proposta já estava pronta é que foram informados”, afirma.

Para a CPI-SP é preocupante que, na primeira vez em que o governo convoca uma consulta em atendimento à Convenção 169, o faça de forma tão distante do que realmente determina a OIT. “A nossa preocupação é que esse caso sirva de modelo para próximas consultas. É um perigo para o País a possibilidade de o governo considerar que a metodologia utilizada atende ao tratado internacional”, conclui Lúcia Andrade.

O procedimento adotado na consulta e seu encaminhamento está agora sob questionamento da OIT, em denúncia apresentada à organização pela Central Única dos Trabalhadores, relatada por dez organizações quilombolas e 12 organizações de apoio, que entre outros informes informa a indisposição do Estado Brasileiro em acordar uma proposta comum no procedimento da consulta.

A nova Instrução Normativa passa a valer desde já, inclusive para processos de identificação e titulação em trâmite. Espera-se, portanto, ainda muita divergência entre governo e quilombolas pela frente.

O Direito de Consulta Prévia

O direito de os povos indígenas e tribais serem consultados, de forma livre e informada, antes de serem tomadas decisões que possam afetar seus bens ou direitos, foi previsto pela primeira vez, em âmbito internacional, em 1989, quando a Organização Internacional do Trabalho - OIT adotou a Convenção 169. Desde essa época, o chamado direito de consulta prévia tem demonstrado ser uma poderosa ferramenta política na defesa dos direitos desses povos ao redor do mundo, especialmente na América Latina, onde está o maior número de países que já ratificaram e incluíram em sua legislação nacional as disposições da Convenção 169.

O direito de consulta prévia pode ser resumido como o poder que os povos indígenas e tribais têm de influenciar efetivamente o processo de tomada de decisões administrativas e legislativas que lhes afetem diretamente. A consulta deve sempre ser realizada por meio de suas instituições representativas e mediante procedimentos adequados a cada circunstância.

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Encontro e feira mostram experiências e debatem a conservação na Bacia do Xingu, no Mato Grosso

10/10/2008 - A cidade matogrossense de Canarana recebe na próxima semana o II Encontro Nascentes do Xingu e a I Feira de Iniciativas Socioambientais, nos quais serão exibidos projetos, atividades e as ações da Campanha Y Ikatu Xingu nos últimos quatro anos. Questões como energia, infra-estrutura e mercado de carbono na região do Xingu estarão em debate e experiências novas com restauração florestal estarão expostas.

Produtores da região do Xingu no Mato Grosso irão expor suas iniciativas de conservação e recuperação dos recursos naturais no II Encontro Nascentes do Xingu e I Feira de Iniciativas Socioambientais, de 16 a 18 de outubro, no Parque de Exposições Cidade Jardim, em Canarana, a 800 quilômetros de Cuiabá. A idéia é mostrar projetos e iniciativas empreendidos pela Campanha Y Ikatu Xingu nos últimos quatro anos, que aliem conservação dos recursos naturais da Bacia do Xingu – em especial das matas ciliares - e alternativas econômicas sustentáveis. Trinta e cinco estandes exibirão iniciativas divididas nas categorias: Recuperação Florestal, Adequação Socioambiental, Educação Socioambiental, Alternativas Econômicas Sustentáveis e Iniciativas Socioambientais dos Povos Indígenas.

Para se ter uma idéia, na Bacia do Xingu existem 22.525 nascentes. Porém, dados recentes sobre desmatamento no Mato Grosso apontam para a necessidade de ações urgentes voltadas à conservação da água na região: até o ano passado, foram desmatados cerca de 300 mil hectares somente na beira dos rios. Daí a necessidade de incentivar e implementar iniciativas realizadas de forma compartilhada com produtores e trabalhadores rurais, movimentos sociais, pesquisadores, professores, estudantes, governos, organizações da sociedade civil e comunidades indígenas.

Mesas redondas, palestras, mini-cursos, oficinas e estandes levarão ao público amostras do que a campanha tem realizado na região, além de promover a discussão sobre temas relevantes para a população que vive na Bacia do Xingu como mercado de carbono, questão energética e de infra-estrutura, diferentes usos econômicos do Cerrado e da Floresta. Também se pretende desenhar novas estratégias voltadas ao desenvolvimento territorial sustentável, e iniciar as discussões para a criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Xingu. Os interessados em participar dos mini-cursos e das oficinas poderão fazer suas inscrições durante os eventos.

Da produção orgânica à recuperação de mata ciliar

Muitas das iniciativas destinadas à recuperação das matas ciliares e das Áreas de Preservação Permanente (APPs) são realizadas nos Projetos de Assentamentos (PAs) existentes na região pelos agricultores familiares do PA Brasil Novo, no município de Querência, e PA Jaraguá, em Água Boa. Em seus lotes os agricultores praticam da produção orgânica de gêneros alimentícios até a recuperação de áreas degradadas por meio de técnicas agroecológicas, como os Sistemas Agroflorestais (SAFs).

No PA Jaraguá, por exemplo, criado em 1998 e onde vivem 400 famílias, na região da Bacia Hidrográfica do Rio Sete de Setembro, a agropecuária causou forte impacto nas últimas décadas. Em 2006, a Campanha Y Ikatu Xingu iniciou o projeto "Agricultura e Matas Ciliares no PA Jaraguá" com a intenção de proporcionar a 30 agricultores condições para que desenvolvessem alternativas de produção sustentáveis aliadas a técnicas de restauração florestal e conservação de matas ciliares.

Os SAFs buscam unir o plantio de espécies de crescimento rápido – feijão-guandú, feijão-de-porco, milho, abóbora - com o de espécies de crescimento lento – pequi, baru, jatobá, caju. As espécies de crescimento rápido sombreiam aquelas de crescimento mais lento, além de servirem de adubo verde, enriquecendo o solo com matéria orgânica e nutrientes. Assim, espécies nativas do Cerrado são plantadas em consórcio com culturas temporárias. Primeiro colhem-se milho, feijões e abóbora. Após três ou quatro anos, algumas árvores começam a frutificar e tornam-se fonte de renda alternativa para o agricultor. Algumas famílias do PA Jaraguá também estão conciliando a prática do reflorestamento e da conservação das matas ciliares com a exploração de novas fontes de renda sustentáveis.

Outro exemplo é o PA Brasil Novo, em Querência, município vizinho a Canarana. Os agricultores criaram a Associação Comunitária Agroecológica Estrela da Paz, que reúne 30 famílias. Criada em 2003 pelos próprios agricultores, o objetivo da Estrela da Paz era buscar alternativas de renda para cerca de 40 parceleiros. Foi assim que se dividiram em grupos para trabalhar com produções específicas, como farinha, seringa, cachaça, pupunha e ovelha. Cada família se envolve nas atividades comunitárias de acordo com seus interesses e conhecimentos.

A partir de 2006, os Sistemas Agroflorestais (SAFs) começaram a ser introduzidos no Brasil Novo por meio da Campanha Y Ikatu Xingu. O uso de agrotóxicos foi eliminado e os agricultores passaram a trabalhar com adubo verde e projetos agroflorestais. Por exemplo, a beira do Córrego da Serraria foi cercada e suas matas ciliares recuperadas com os SAFs

Reflorestamento mecanizado, plantio direto e SAFs

A Fazenda Simone, em Canarana, deu início à recuperação de uma área de três hectares de mata ciliar ao redor da represa do Garapu. Com uma máquina plantadeira de soja, começou um experimento de reflorestamento mecanizado com base nos Sistemas Agroflorestais (SAFs). Além disso, mais duas técnicas de plantio estão sendo experimentadas na beira da represa: o plantio manual de mudas e o plantio de sementes a lanço.

Já na Fazenda Bang Bang, no município de São José do Xingu, está outro exemploda economia que o produtor pode conseguir com o reflorestamento feito com plantio direto. Em 2006, a fazenda começou a participar do projeto Recuperação de Nascentes e Matas Ciliares do Xingu - Um Exemplo de Concertação Intersetorial, promovido pela Campanha Y Ikatu Xingu, com financiamento do Fundo Nacional do Meio Ambiente, e passou a receber assistência técnica do ISA. Iniciou, então, o plantio de sementes de 46 espécies nativas em Sistema Agroflorestal (SAF), associando espécies nativas ao feijão-guandú e ao feijão-de-porco. Foram plantadasaté o momento mais de 70 mil mudas de espécies nativas e 1,5 tonelada de sementes em quase 104 hectares à beira de nascentes e cursos d’água na propriedade. A área tornou-se um campo experimental de reflorestamento em larga escala e diversas técnicas foram ali testadas, incluindo o plantio direto a lanço, com lançadeira mecânica (Vincon) de sementes.

Gado com pequi

No Sítio Recanto Água limpa, de 90 hectares, além de criar gado, o proprietário, Sr. Édemo, plantou arroz e milho por mais de dez anos. Em 1995, iniciou o cultivo do pequi – árvore que é símbolo do Cerrado – em consórcio com o gado e hoje possui 5 mil pés de 20 variedades diferentes. No consórcio com o pasto reside o diferencial da experiência: à sombra dos pés de pequi, Édemo cria cem bezerros. “Se você tem uma árvore que lhe dá lucro, você não a derruba. Tem árvore que dá mais de dois mil frutos por ano, o que pode significar uma bezerra por ano de renda. E dá pra você consorciar o gado com o pequi, e deixar aquela floresta no lugar”, avalia o agricultor.

Em 2006, ele participou do processo de formação de agentes socioambientais, realizado pela Campanha Y Ikatu Xingu e seus parceiros, e se comprometeu a implementar uma série de ações em sua propriedade. Cercou as matas ciliares e passou a enriquecê-las através dos Sistemas Agroflorestais (SAFs). Junto dos pés de pequi, ele planta mangaba, cagaita, baru, murici, araticum e jatobá. “Meu sonho é ver os campos do cerrado cobertos de pés de pequi”. Para difundir seu conhecimento e suas experiências, Édemo realiza palestras e seminários sobre cultivo de frutos do Cerrado na Universidade de Brasília (UnB), na Embrapa e nos municípios de São Félix do Araguaia e Confresa. Em Confresa, onde há mais de 36 mil assentados, ele dissemina a idéia de combinar pasto com pequi nos assentamentos para aumentar a produtividade e criar uma nova fonte de renda para as famílias.

Esta e outras experiências podem ser conferidas nos estandes da feira, no Parque Cidade Jardim, em Canarana.

Os eventos da semana que vem serão realizados pelo ISA e pela Prefeitura de Canarana, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde, Instituto Centro de Vida (ICV), Fórum Matogrossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad) e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), com apoio da Fundação Rainforest da Noruega, União Européia, Usaid/The Nature Conservancy e Fundação Doen.

 
 

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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