Devolução
em alto-mar é a primeira experiência
do gênero e servirá para coletar informações
sobre deslocamentos da espécie
São Paulo (13/10/08) -
O Ibama, o Aquário do Guarujá, o Aquário
de Santos, o Aquário de Ubatuba, a ONG Instituto
Argonauta e a ONG Grupo de Resgates de Mamíferos
Marinhos - GREMAR vão devolver ao mar cerca
de 100 pingüins-de-magalhães (Spheniscus
magellanicus) que chegaram ao litoral paulista nos
últimos meses. A operação contará
com o apoio da Marinha do Brasil e da Petrobras
para realizar o transporte dos animais até
os pontos de soltura. A data prevista para a soltura
do primeiro grupo de pingüins é dia
14/10/08, com saída prevista às 9h00
da capitania dos portos em Santos com uso de embarcação
da Marinha do Brasil, a depender das condições
do tempo. O segundo grupo de animais deverá
embarcar às 17h00 do dia 14/10/08 a partir
do Terminal Pesqueiro de Santos.
A soltura em alto-mar é
a primeira experiência do tipo realizada em
SP. Nas solturas anteriores, os pingüins eram
levados de avião até o Rio Grande
do Sul para o Centro de Recuperação
de Animais Marinhos - CRAM da FURG, e de lá
eram lançados de volta ao mar. Agora, eles
serão lançados ao mar já no
litoral de SP. Um dos objetivos é verificar
se as aves conseguem encontrar o caminho de volta,
poupando os custos da repatriação
e permitindo solturas cada vez maiores desses animais.
Espera-se também obter informações
sobre a biologia desses animais e aprimorar as técnicas
de soltura dessas aves em SP.
Pontos de soltura
Um grupo de pingüins deverá
ser solto a cerca de 40 milhas da costa (aproximadamente
64 quilômetros da costa) e outro grupo a cerca
de 100 milhas da costa (aproximadamente 160 km da
costa). A soltura nesses pontos foi planejada para
que as aves sejam auxiliadas pela dinâmica
das correntes marinhas e dos ventos no seu direcionamento
para o sul, onde se encontram as colônias
de reprodução. A maior colônia
reprodutiva da espécie está localizada
em Punta Tombo na Argentina. Espera-se que nessas
faixas de profundidade os pingüins também
encontrem alimento (peixes como a sardinha), item
essencial para garantir sua sobrevivência
durante o deslocamento.
Os animais serão soltos
em grupos de no mínimo 20 indivíduos,
todos já marcados com anilhas (anéis
metálicos de identificação),
o que permitirá a recuperação
de informações, quando os animais
forem reencontrados. Todos os animais selecionados
para o programa de soltura passaram por baterias
de exames clínicos para garantir que estejam
em boas condições de saúde.
Sobre os pingüins
Os pingüins-de-magalhães,
nome científico Spheniscus magellanicus,
são aves marinhas que freqüentam a costa
brasileira durante os meses de inverno desde o RS
até AL. A espécie nidifica em grandes
colônias na costa da Patagônia, Argentina,
Chile e Ilhas Malvinas entre outubro e janeiro.
A maior parte dos animais que
chegam ao Brasil são jovens ou imaturos que
se lançaram ao mar entre os meses de maio
a agosto, após o período reprodutivo,
em busca de alimento. A maioria chega às
praias debilitada, necessitando de trabalhos de
reabilitação, com enfoque no aumento
da temperatura corpórea, ganho de peso e
hidratação, além de outros
tratamentos específicos.
Durante o inverno de 2008, o número
de pingüins chegados à costa brasileira
ultrapassou a média dos anos anteriores,
sendo que somente no estado de São Paulo,
mais de 600 animais, a maioria mortos, foram registrados
pelas instituições que realizam a
recepção e reabilitação
dessas aves em nosso litoral. Ainda não se
sabe o que acarretou o aumento de aves encontradas
nas praias brasileiras durante esse ano. Os animais
que forem considerados inaptos à soltura
serão encaminhados para cativeiro, zoológicos
e aquários.
Ascom/Ibama/SP
Airton De Grande
+ Mais
Treinamento de coletores do Estatpesca
é realizado no Espírito Santo
Vitória (14/10/2008) -
O Ibama irá realizar, no Espírito
Santo, no período de 16 a 17/10/08 na cidade
de Anchieta, o treinamento dos Coletores da Estatística
que irão atuar na Região Sul do Estado.
Neste período serão
treinados nove Coletores que atuarão desde
Guarapari, até Presidente Kennedy, complementando
desta forma o Monitoramento Estatístico em
todos dos municípios litorâneos do
estado. Estes coletores se vão se juntar
aos outro onze que já atuam desde a Grande
Vitória, até Conceição
da Barra.
De acordo com a metodologia do
Estatpesca, atividade desenvolvida pelo Núcleo
de Pesca do Ibama, a coleta de dados em todo o estado
será realizada através do processo
de amostragem, a qual contemplará todas as
modalidades de pesca existentes, levando em consideração
as faixas de comprimentos da frota pesqueira capixaba.
Neste programa, além do
monitoramento dos desembarques, também serão
monitorados os preços de primeira comercialização
do pescado, ao mesmo tempo em que se realiza uma
atualização do cadastro da frota pesqueira,
e das artes de pesca utilizadas no Espírito
Santo.
Ascom Ibama ES