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MINC DIZ QUE NÃO CEDERÁ A PRESSÕES PARA LICENCIAR HIDRELÉTRICA DE JIRAU

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2008

16 de Outubro de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou hoje (16) que não cederá a pressões para agilizar a licença de instalação da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. Ontem (15), o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, cobrou agilidade da área ambiental no licenciamento.

“Não há licença política. Estamos tratando isso com a máxima prioridade, mas o tempo das licenças não é o tempo das chuvas, é o tempo do cumprimento dos termos da lei”, afirmou Minc.

O consórcio responsável pela obra chegou a pedir ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) uma licença de instalação específica para o canteiro de obras, para permitir que a construção da usina aproveite a “janela hidrológica” e comece antes do aumento da vazão do rio. A hipótese foi descartada por Minc.

O ministro voltou a afirmar que sua orientação ao Ibama é que o licenciamento seja ágil, mas com garantia de preservação ambiental. “Todo mundo tem o direito de questionar. Mas queremos segurança jurídica. Daremos a licença com o máximo rigor”.

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Minc diz que "não há possibilidade" de conceder licença especial para canteiro de obras de Jirau

14 de Outubro de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou hoje (14) que “não há possibilidade” de conceder uma licença de instalação especificamente para o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (Rondônia). O grupo responsável pela obra argumentou que a medida é necessária para aproveitar a janela hidrológica de baixa vazão do rio e evitar atrasos no empreendimento.

“O tempo da licença não é o tempo da chuva, é o tempo do rigor ambiental. Temos que ter segurança jurídica, senão não adianta ter janela, teto nem porta hidrológica”, afirmou Minc.

Não há impedimentos legais para a concessão de licença específica para o canteiro de obras. Em setembro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu uma autorização desse tipo para a Usina Nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro.

Segundo Minc, o entrave no caso de Jirau se deve às mudanças no projeto da usina, apresentadas pelo consórcio empreendedor após a licitação. Uma das mudanças previstas é o deslocamento da usina para um local 9,2 quilômetros distante do ponto previsto nos estudos de impacto ambiental.

Minc disse que, orientado pela Advocacia Geral da União, o Ibama já cobrou do grupo Suez, responsável pela obra, “uma série de documentos com informações sobre a mudança de local” e que, nos próximos dias, o assunto será tema de audiência pública. “Estamos assessorados para que a decisão tenha ampla segurança jurídica”, disse o ministro Carlos Minc.

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Minc recebe doação de R$ 11 milhões de empresário multado por crimes ambientais

14 de Outubro de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Wilson Dias/Abr - Brasília - O empresário Eike Batista, do Grupo EBX, e o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciam investimento de R$ 11,4 milhões em três parques nacionais
Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o empresário Eike Batista, do grupo EBX, assinaram hoje (14) um acordo de cooperação de R$ 11,4 milhões para investimentos nos parques nacionais de Fernando de Noronha (PE), dos Lençóis Maranhenses (MA) e do Pantanal Mato-grossensse (MT).

O montante da doação é menos da metade do valor devido pela empresa em multas por crimes ambientais, como uso de carvão vegetal sem certificação, produzido com madeira de desmatamento.

Em julho, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou uma das empresas de Batista, a siderúrgica MMX, instalada em Corumbá (MS), em R$ 25 milhões, após constatar que 90% dos fornecedores de carvão da mineradora operavam na ilegalidade. A multa se soma a pelo menos outras três, entre elas uma de R$ 3 milhões, por compra de carvão feito a partir de desmatamento ilegal no Pantanal, e outra de R$ 1 milhão, por adquirir carvão produzido ilegalmente em terra indígena.

De acordo com Minc, a doação não vai significar “anistia” das multas ou pendências ambientais dos empreendimentos do grupo EBX.

“Tudo que é devido, será pago. Nenhuma carta de alforria foi comprada aqui. Tudo será cobrado duramente. Não vai haver nenhuma vantagem, a doação não significa nenhum tipo de facilitação de licenciamentos [ambientais]”, afirmou o ministro.

Minc disse esperar que o acordo com “o importante empresário Eike Batista” sirva de exemplo para outras grupos e estimule parcerias público-privadas em ações ambientais. “Esse dinheiro não exime doadores de responsabilidades. As empresas são fiscalizadas, têm que pagar as multas devidas, cumprir suas obrigações, mas podem fazer ações voluntárias. Seria negativo se, em vez de cobrar multas, aceitássemos doações como compensação”, justificou.

De acordo com o ministro, o processo de cobranças das multas da MMX seguirá normalmente. Batista negou que tenha utilizado carvão irregular, disse que a empresa está recorrendo das multas do Ibama e lembru que chegou a pensar em fechar a siderúrgica por causa dos problemas com os órgãos ambientais.

“No contexto das nossas companhias, isso [a siderúrgica] é uma operação pequena, e está nos causando muito problema, estamos pensando inclusive em fechar. É uma coisa pequena, que nos traz um mal tão grande, que a gente não precisa disso”, disse o empresário.

Segundo Batista, os problemas ambientais da siderúrgica apontados pelo Ibama prejudicam “barbaramente a imagem da companhia” e já causaram prejuízos de “centenas de milhões de dólares”.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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