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MODELAGEM AMBIENTAL REFINA INFORMAÇÕES DAS ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO NO PARÁ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2008

Biodiversidade - 16/10/2008 - 10:38
Na lista de espécies amazônicas ameaçadas de extinção está o cuxiú-preto (Chiropotes satanas), primata classificado como criticamente em perigo.

Programas de computador estão ampliando a capacidade de pesquisadores de prever a distribuição da biodiversidade amazônica. A redução de tempo gasto hoje com a geração de mapas de distribuição potencial de plantas e animais ameaçados poupará, no futuro, perdas econômicas e ecológicas para a região Amazônica.

Na Amazônia paraense, ecólogos e sistematas aplicam técnicas de modelagem ambiental para identificar e mapear a ocorrência dos nichos ecológicos de espécies ameaçadas. Os mapas produzidos com auxílio de softwares avançados resultam de uma das etapas do Projeto "Espécies Ameaçadas e Áreas Críticas para a Biodiversidade no Estado do Pará", parceria entre o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT) e a Conservação Internacional (CI), que dá continuidade ao Biota Pará – programa de inventariamento e mapeamento da fauna e flora paraense. Os resultados obtidos vão auxiliar a elaboração de políticas públicas de conservação ambiental, como o Programa Extinção Zero, lançado pelo Governo do Pará no início de 2008.

Uma das etapas do projeto "Espécies Ameaçadas e Áreas Críticas" visa gerar modelos de distribuição potencial de 32 espécies amazônicas ameaçadas de extinção. Nesta lista figuram plantas de alto valor econômico como o Mogno (Swietenia macrophilla), e animais como a Arara-Azul (Anodorinchus hiacinthinus) e o cuxiú-preto (Chiropotes satanas), primata classificado como criticamente em perigo. A definição das áreas críticas para a biodiversidade será feita a partir dos registros pontuais de ocorrência de cada espécie, sem passar pela modelagem, através de uma metodologia própria.

O pesquisador Jorge Martins (bolsista da Coordenação de Ciências da Terra e Ecologia – CCTE/MPEG) apresentou recentemente, durante os Seminários Interdisciplinares do Museu Goeldi, os dados utilizados para modelar a ocorrência e a distribuição das espécies estudadas. Utilizando bases ambientais e climáticas integradas a pontos de registros das espécies, coletados por diferentes projetos, foi possível gerar um conjunto de mapas bastante relevante para o estudo e proteção futura destas espécies. Martins explica que não basta ter só um grande número de informações. Muitas vezes os melhores resultados são obtidos pela melhor combinação de dados.

Para modelar a distribuição de uma determinada espécie de planta ou animal, os pesquisadores utilizam dados diversos sobre a Região Amazônica, como: centros de endemismo, solos (tipologia, compactação, susceptibilidade ao encharcamento, drenagem, textura, fertilidade), posição das bacias hidrográficas, altitude, tipologia vegetal (fitofisionomia), amplitude térmica anual, precipitação pluviométrica e sazonalidade climática. Estes dados são integrados através de um algoritmo aos pontos de registros das espécies que devem estar em latitude e longitude.

A zoóloga do MPEG e coordenadora do projeto "Espécies ameaçadas e áreas críticas para a biodiversidade no Estado do Pará", Teresa Cristina Ávila Pires, ressalta que a modelagem aparece nesse projeto como uma das principais ferramentas, pois através dela será possível visualizar as áreas mais prováveis de ocorrência de parte das espécies ameaçadas, mesmo em locais onde não há registro da espécie por falta de estudos. "A importância da modelagem reside em identificar as áreas onde as pesquisas deverão ser inicialmente focalizadas, visando à proteção dessas espécies", explica Ávila Pires. Contudo, também é importante esclarecer que a modelagem ajuda, mas definitivamente não prescinde de muito estudo de campo. "Proteger uma espécie com base em sua distribuição potencial, que não é, necessariamente, a distribuição real, significa correr o risco de proteger um fantasma, ou seja, onde a espécie não existe", esclarece Teresa Cristina.

Modelagem

No momento de escolha das espécies para modelagem, os pesquisadores levaram em consideração o grau de ameaça que o animal ou planta está exposta e a disponibilidade de dados seguros e adequados a respeito de cada uma delas - em quantidade e qualidade compatível para se empreender modelagens. A definição em que as coordenadas foram coletadas é importante, sendo desejável que a resolução destes dados seja a mais precisa possível. Os dados devem ser convertidos para uma mesma unidade de georreferenciamento, observando a data de obtenção dos mesmos - dados mais antigos podem indicar a ocorrência da espécie em áreas que atualmente já estão degradadas.
Agência Museu Goeldi

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Microalgas: novas perspectivas para os biocombustíveis

Evento - 16/10/2008 - A utilização de microalgas poderá mudar a perspectiva para a produção de biocombustíveis. Estudos indicam que a produção de óleo desta cultura pode superar em até seis vezes a produtividade das principais oleaginosas. Outra vantagem é que neste sistema é possível efetuar colheitas o ano inteiro.

Esses e outros benefícios serão apresentadas no seminário "Microalga como matéria-prima para produção de biocombustíveis". A palestra será ministra pela química Cláudia Maria Luz Lapa Teixeira no próximo seminário do ciclo Terças Tecnológicas, na terça-feira (21), no auditório do Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT). O evento integra a programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

Na apresentação também será destacado o aspecto ecológico e de sustentabilidade da cultura, que permite o aproveitamento do dióxido de carbono (CO²) residual proveniente de uma grande variedade de indústrias.

Doutora em ciências biológicas e tecnologista da área de Energia, a palestrante liderou no INT o primeiro estudo publicado sobre o assunto no Brasil. Outras pesquisas apresentam ainda formas de agregar valor à produção, por meio da utilização do resíduo da extração do óleo da biomassa das microalgas para a fabricação de ração, extração de metano e desenvolvimento de fármacos.

O evento Terças Tecnológicas é voltado para estudantes de graduação e pós-graduação. O objetivo do INT com este ciclo é estimular o debate e a interação entre tecnologistas e o público universitário, e divulgar tecnologias inovadoras para sociedade.

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CTNBio aprova nova regra para Liberação Planejada no Meio Ambiente

Organismos Geneticamente Modificados - 16/10/2008 - A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio/MCT) aprovou hoje (16) a Resolução Normativa nº 6, que trata das normas para Liberação Planejada no Meio Ambiente (pesquisa) de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) de origem vegetal e derivados. O texto segue agora para a análise da Consultoria Jurídica da Comissão. A RN nº 6 passará a vigorar após a publicação no Diário Oficial da União (DOU), o que deve ocorrer nas próximas semanas.

A nova resolução, que ficou em consulta pública do dia 22 de setembro até o dia 13 deste mês, substituirá a Instrução Normativa nº 3, e promoverá pequenas alterações no processo de Liberação Planejada. Uma das mudanças será a necessidade de um maior detalhamento dos mapas e da localização dos campos de pesquisa.

Os integrantes da Comissão também aprovaram mais 10 solicitações para Liberação Planejada, além de outros itens da pauta da 117º Reunião, que foi encerrada no início da tarde desta quinta-feira (16)

Diversidade Amazônia é tema do Mamirauá na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2008

Semana Nacional de C&T - 13/10/2008 - A diversidade da fauna amazônica é um dos temas enfocados pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM/MCT) na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2008, que se realiza entre os próximos dias 20 e 26. De hoje (13) a sexta-feira (17), em Tefé (AM), a organização promove palestras, exposições, jogos e concursos de poesia e redação em escolas municipais e estaduais direcionados para esse e outros temas.

As atividades serão realizadas em parceria com o Centro de Estudos Superiores de Tefé (Cest), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

A programação de amanhã (14) inclui palestras ministradas por pesquisadores do Instituto para 17 turmas de estudantes do 5° ao 9° anos do Ensino Fundamental. Eles abordarão a diversidade da fauna e dos recursos madeireiros encontrados nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã, ambas co-geridas pelo Instituto Mamirauá, em parceria com o governo do Amazonas. Durante todo o dia, 32 turmas de Jardim 1 e 2 e do 1º ao 4º anos participam do "Jogo da Ecologia", que consiste em perguntas e respostas sobre esse tema.

Paralelamente à brincadeira e às palestras, será exposta, no ginásio da Escola Estadual Gilberto Mestrinho, a coleção de material biológico, utilizada como referência pelo IDSM em pesquisas e em taxonomia. Esse acervo é composto, por exemplo, por crânios e por outras partes dos animais que, freqüentemente, são utilizados como alimentos pela população local. Esse material é coletado nas reservas Mamirauá e Amanã e é resultado da caça de subsistência feita pelas comunidades.

Nessa mesma escola, também haverá uma exposição de 11 banners, mostrando as principais espécies animais, além de recursos madeireiros e não-madeireiros (entre eles, sementes), das reservas Mamirauá e Amanã.

Ainda serão expostas amostras de madeira, artesanato e artefatos amazônicos, além de aparelhos em miniatura de pesca artesanal. Todas essas exposições são abertas também ao público em geral, e os estudantes que as visitarem serão convidados para participar de concursos de poesia e redação.

Na quinta (16) e sexta-feira (17), pesquisadores do Instituto Mamirauá tomam parte em conferências voltadas para o público acadêmico, realizadas na Escola de Educação Profissional José Márcio Ayres, do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam). Os temas são A Diversidade Indígena na Amazônia e Manejo e Conservação da Biodiversidade.

O IDSM

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) é uma Organização Social (OS), supervisionada pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). Criado em 1999, sua missão é promover a conservação da biodiversidade mediante o manejo participativo e sustentável de recursos naturais. É co-gestor das reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã, duas unidades de conservação com, respectivamente, 1,12 milhão e 2,35 milhões de hectares. Tem o apoio do governo do Amazonas, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), da Petrobras, do Wildlife Conservation Society/Fundação Gordon Moore, do programa inglês Darwin Initiative, do Zoological Society of London (ZSL), entre outras.
Maria Carolina Ramos - Assessoria de Imprensa do Instituto Mamirauá

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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