Panorama
 
 
 

NOTA À IMPRENSA SOBRE COMPLEXO DE HIDRELÉTRICAS DO RIO JURUENA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2008

16 de outubro de 2008 - Acerca das atividades da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em Terras Indígenas, a Funai esclarece que os estudos para inventário dos potenciais hidroenergéticos, realizados pela EPE em diversos rios no território nacional, está desvinculado do processo de licenciamento do Complexo de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) do rio Juruena. Este conjunto de empreendimentos possui espaço próprio de diálogo com os órgãos competentes do governo federal, estadual e comunidades indígenas.

O processo de licenciamento ambiental do Complexo do Juruena teve início em 2003 e, neste mês de outubro/08, em encontro com povos indígenas impactados pelas PCHs, foi estabelecido compromisso dos empreendedores em executar Programa de Monitoramento dos Impactos, em resposta ao parecer da Funai de agosto/08. Para garantir isenção e metodologia adequada, a Funai deve articular parceria com universidades para as atividades de monitoramento e adequação das medidas compensatórias e mitigatórias relativas aos impactos identificados.

Para garantir justa execução das atividades da EPE, a Funai promove, desde o início de 2007, reuniões periódicas com as diferentes etnias para esclarecer dúvidas sobre os estudos de inventário, contribuindo para evitar conflitos e estabelecer um diálogo transparente com os povos indígenas. Neste processo, cabe à Funai apoiar a difusão de informações às comunidades indígenas e emitir autorizações para ingresso em Terra Indígena, com a anuência dos índios, conforme garantias da Convenção 169 da OIT, ratificada por decreto presidencial em 2004. Respeitando essa sistemática, os órgãos governamentais envolvidos nos estudos acataram todas as decisões das comunidades indígenas. Nas localidades onde o ingresso não foi autorizado, os relatórios devem conter menção à decisão dos índios, resguardando a decisão das comunidades sem comprometer de forma significativa o resultado dos estudos de inventário.

No diálogo com as comunidades indígenas, a Funai utilizou mapas que auxiliam no processo de esclarecimento, contendo informações de fácil visualização gráfica dos empreendimentos existentes e planejados para as bacias dos rios Juruena e Aripuanã, com legendas que indicam a fase atual de cada um. Do planejamento energético exposto nos mapas, disponíveis nos sites da EPE e da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a Funai conseguiu a suspensão de 30 empreendimentos hidrelétricos em fase de estudo ou outorga, por meio de despacho da ANEEL publicado no Diário Oficial em três de julho/08.

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Indígenas assumem mais cargos políticos em 2009

13 de outubro de 2008 - São Gabriel - AM - As eleições de domingo (5/10) terminaram com saldo positivo para os povos indígenas do país. Mais de 60 candidatos indígenas foram eleitos como vereadores em suas cidades e seis municípios serão comandados por prefeitos indígenas nos próximos quatro anos. Os municípios São João das Missões/MG e Marcação/PB reelegeram os indígenas José Nunes Xakriabá e Paulo Sérgio Potiguara, respectivamente. Em Roraima dois prefeitos indígenas assumirão em 2009: Eliésio Cavalcante, em Uiramutã/RR, e Orlando Oliveira Justino, em Normandia/RR, ambos do povo Makuxi.

Em São Gabriel da Cachoeira/AM, onde 95% da população é indígena, será a primeira vez que um índio chega ao cargo máximo da Prefeitura. Com 51,68% dos votos válidos, o candidato Pedro Garcia, da etnia Tariano, e o vice André Baniwa, da etnia Baniwa, irão governar para os 40 mil habitantes de 22 etnias diferentes, com suas peculiaridades. “É um avanço a eleição de dois indígenas em uma prefeitura no Estado do Amazonas, mas esse avanço tem que ser cuidado para não retroceder. Os índios é que vão dar continuidade a esse processo de maior representatividade indígena, não só no Amazonas mas em todo país”, comemora Pedro Garcia. Também no Amazonas, Mecias Sateré Mawé elegeu-se para a prefeitura de Barreirinha/AM.

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Governo de Pernambuco se compromete em institucionalizar políticas indigenistas

16 de outubro de 2008 - O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em reunião com o presidente da Funai, Márcio Meira, e lideranças indígenas pernambucanas comprometeu-se em desenvolver mecanismos institucionais para criar políticas públicas voltadas aos mais de 11 povos indígenas de Pernambuco.

O encontro aconteceu na tarde desta quarta-feira, 15/10, no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual. “Vamos criar uma agenda de trabalho para um estado que nunca teve uma instância para discutir e encaminhar questões indígenas”, disse Eduardo Campos, que também mostrou preocupação em desenvolver projetos de sustentabilidade nas comunidades. O governador responsabilizou-se, ainda, em reverter um quadro onde historicamente não havia participação dos indígenas. A proposta é que a meta seja cumprida até 2009.

Márcio Meira sugeriu que fosse criada uma coordenação de assuntos indígenas estadual, para que junto com o governo federal, o estado desenvolva as políticas voltadas à realidade de Pernambuco. “Proponho que a primeira reunião seja pautada com a discussão sobre regularização fundiária, que é a garantia que os povos indígenas têm para combater, inclusive, a violência”, destacou Márcio Meira.

Violação dos direitos indígenas é tratada em Audiência Pública

A decisão do governador também é fruto das discussões acontecidas durante toda a manhã, em Audiência Pública realizada na Assembléia Legislativa de Pernambuco, onde o presidente Márcio Meira ouviu as lideranças e os representantes indígenas do Estado. “Viemos escutar a voz das lideranças para ver uma luz, pois existe uma violência acentuada aos povos indígenas pernambucanos”, afirmou Meira. Presidido pelo Deputado Estadual Isaltino Nascimento, a mesa também foi composta pelo secretário adjunto da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos, Paulo Moraes, pelo coordenador geral do Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, Fernando Matos e pelo articulador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Manoel Moraes.

Pernambuco tem um histórico de homicídios de lideranças indígenas. No ano de 2007, sete índios foram assassinados e em agosto de 2008 o indígena Mozenir Araújo de Sá, da etnia Truká, candidato a vereador do município de Cabrobó, no Sertão, também foi assassinado.

Durante a Audiência diversas etnias expuseram suas preocupações e pediram providências.“A segurança do nosso povo é na terra. Somos um patrimônio vivo desse país. O branco só lembra o índio na hora triste.” Com esse desabafo, Gustavo Pankararu, liderança indígena Pankararu, pediu justiça aos crimes e violências cometidos aos povos pernambucanos.

O estado de Pernambuco tem uma das maiores populações indígenas do Brasil, com 39 mil índios de mais de 11 etnias (Pankararu, Truká, Tuxá, Pipipan, Atikun, Fulni-ô, Xukuru, Pankaiuká, Kapinawá, Kambiwá), que habitam aproximadamente 117 mil hectares de terras distribuídos no Agreste e no Sertão pernambucano.

 
 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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