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CÂMARA DÁ PARECER CONTRÁRIO A PROJETO QUE TENTA ACABAR COM A DEMARCAÇÃO DE TERRAS DE QUILOMBOS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Outubro de 2008

20/10/2008 - Relator rejeita, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, Projeto de Decreto Legislativo 44/2007, de autoria do Deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), cujo objetivo é sustar a aplicação do Decreto nº 4.887/2003, que regulamenta o procedimento para identificação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos.

O cerco às terras de quilombo está se apertando, mas às vezes surgem notícias alentadoras. Desde que foi editado o Decreto Federal n° 4887 de 2003, que dá poderes ao Incra para identificar e destinar às comunidades quilombolas as terras por elas tradicionalmente ocupadas, atores diversos vêm tentando derrubá-lo.

Primeiro foi o Partido da Frente Liberal (PFL, atual Democratas), que entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal para questionar a medida, mas que até hoje não foi julgada. Mais recentemente, a partir de um escândalo fabricado por uma grande emissora de televisão, o próprio Governo Federal resolveu rever os seus procedimentos para a titulação de terras de quilombos, o que, após um insuficiente processo de consulta com algumas organizações quilombolas, culminou com a publicação de uma nova regra burocratizando e complicando um procedimento que já não era simples. Nesse meio tempo, alguns deputados, contrários à idéia de que o Estado reconheça aos quilombolas direitos sobre as terras que tradicionalmente ocupam ou ocuparam, resolveram apresentar um projeto para anular o decreto 4887/03. Mas nesse campo receberam o seu primeiro revés.

Analisando o mérito do projeto de decreto legislativo apresentado pelo deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), o Deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) recomenda a sua rejeição, argumentando que o decreto é a única norma legal existente para garantir o direito assegurado pela Constituição Federal aos quilombolas e que, portanto, revogá-lo seria o mesmo que tornar sem efeito o art.68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal, que determina ao Estado o dever de titular as terras dos remanescentes de quilombos.

Mesmo assim, o relator critica no texto, que está em análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, vários pontos do decreto, entre os quais o direito à autoidentificação e à desapropriação para remanescentes das comunidades de quilombos, que ele diz não estarem previstos por lei ou pela Constituição.

Para Raul Silva Telles do Valle, coordenador do Programa de Política e Direito do ISA, o relatório vai na direção correta. “O parecer apresentado, apesar de considerar ilegais alguns pontos do decreto que consideramos perfeitamente válidos, toca no ponto central da questão: não pode o Estado se omitir diante da obrigação constitucional de garantir a terra aos quilombos. Se com as regras que estão aí já está muito difícil demarcar essas terras, imagine, então, sem regra alguma que dê suporte à ação do Estado”, conclui.

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PCHs no Xingu preocupam índios e pesquisadores

19/10/2008 - Mesa-redonda realizada durante o II Encontro Nascentes do Xingu colocou em debate a questão energética e obras de infra-estrutura na região do Xingu. Lideranças indígenas querem ser consultadas e propõem a criação de um Comitê de Bacia do Rio Xingu.

A falta de informações sobre as obras projetadas e em andamento para a região do Xingu, incluindo hidrelétricas, estradas e empreendimentos que causam impactos socioambientais foi a queixa comum de várias lideranças indígenas que participaram da mesa-redonda “A questão energética e de infra-estrutura no Xingu”, durante o II Encontro das Nascentes do Xingu nesta sexta-feira (17/10). O evento realizou-se paralelamente à I Feira de Iniciativas Socioambientais no Parque de Exposições Cidade Jardim, em Canarana (MT).

A principal preocupação em relação às obras de infra-estrutura para a região concentra-se nas PCHs – Pequenas Centrais Hidrelétricas - previstas e em construção no entorno do Parque Indígena do Xingu. “Que projetos são esses, quem se beneficia deles?” perguntou o palestrante Pablo Kamaiurá, jovem liderança Kamaiurá, uma das 15 etnias que habitam o Parque Indígena do Xingu. Pablo compôs a mesa de palestrantes com Ianuculá Rodarte, também liderança kamaiurá, Lilian F. Santos, representante da Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Mato Grosso, o professor César Mello, da Universidade Estadual do Mato Grosso, campus de Nova Xavantina e o advogado do ISA, Raul Telles do Valle, que exerceu o papel de moderador. Telles ressaltou na abertura que o tema em questão precisa ser debatido e solucionado e para isso é necessário que se chegue a um acordo coletivo. Uma das palestrantes convidadas era a representante da Fundação Nacional do Índio (Funai), Iara Vasco, mas que na última hora não pode comparecer.

Obras em locais de difícil acesso

Pablo Kamaiurá defendeu que se estabeleça um diálogo entre as comunidades indígenas diretamente afetadas por estes projetos e os órgãos responsáveis por autorizações e pelo licenciamento ambiental e criticou a (Funai) que não aparece para discutir com as comunidades essas questões.

A preocupação com as PCHs não é exclusiva dos índios. Pesquisadores e organizações da sociedade civil dela compartilham.. “Falta entender os reais impactos dessas PCHs e de que forma são monitoradas”, alerta o professor e pesquisador Cesar Mello, da Universidade Estadual de Mato Grosso. Especializado em ecologia de peixes, Mello questiona como é feito o monitoramento dessas PCHs. “Elas são construídas em locais de difícil acesso, sempre nas cabeceiras dos rios”.

De acordo com Mello é muito comum que os estudos de impacto sejam realizados ao mesmo tempo em que se iniciam as obras de construção e os pesquisadores costumam ter pouco conhecimento sobre os locais dos empreendimentos.

“É comum encontrar erros graves na identificação de espécies nos diagnósticos ambientais dessas obras”. O professor diz ainda que as audiências públicas são realizadas apenas nos municípios onde o empreendimento será construído e não inclui os municípios rio abaixo e rio acima. Defendeu ainda que as PCHs deveriam ser objeto de um longo monitoramento para se poder avaliar efetivamente que impactos causaram ou estão causando. E que os rios deveriam ser monitorados pelos menos dois anos antes de se iniciar uma construção. Mello afirmou que a falta de conhecimento da ictiofauna dos rios está sendo usada para validar esses empreendimentos e o uso de equipamentos padronizados nas pesquisas nos rios, não funciona em todos eles e por isso, a maioria dos peixes está ficando fora desses estudos.

Outro argumento utilizado por Mello é que a saída encontrada pelos empreendedores para resolver a questão da reprodução dos peixes, construindo escadas, que supostamente facilitariam a subida dos peixes na piracema, tem eficiência discutível e custo altíssimo. Os peixes não conseguem encontrar a abertura para subir e da mesma forma, não a encontram na descida. Para agravar o quadro, quando as turbinas de uma usina são acionadas, a correnteza do rio torna-se muito mais rápida e o aumento da velocidade faz com que os ovos e larvas que carrega não consigam ultrapassar a coluna d´água, levando-os para o fundo e causando a morte dessas populações de peixes. Sem contar ainda que bancos de algas que antes não existiam no ambiente começam a proliferar acima e abaixo das barragens nos rios. Além de alterar o regime de águas, a operação das turbinas provoca desmatamento nas margens por conta da velocidade da água.

Necessidade de criar comitê de bacia

A representante da SEMA/MT, Lilian Santos, informou que as escadas de subida e descida de peixes na PCH do Rio Culuene – que tanta polêmica causou - vem sendo monitorada 24 horas por dia. De acordo com ela, os peixes não estão enfrentando dificuldades para subir ou descer e não houve significativa redução de espécies. Respondendo à proposta de diálogo colocada de início por Pablo Kamaiurá, Lilian explicou que a Funai faz a ponte com as comunidades indígenas e que elas estavam sendo ouvidas. Disse também que a SEMA sempre consulta a Funai e o Instiuto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) e que as audiências públicas são realizadas da forma como determina a lei. Atualmente são 147 os empreendimentos de portes diversos já instalados no estado.

Outro ponto comum levantado pelas lideranças indígenas é a necessidade de se criar um Comitê de Bacia para o Rio Xingu, como já existe em outros rios brasileiros desse porte, para que a discussão sobre a questão seja melhor debatida e transparente. Ao final, tanto as lideranças indígenas, quanto pesquisadores deixaram claro que ninguém é contra o desenvolvimento do estado., mas que o planejamento não pode ser equivocado. “A energia elétrica não pode vir para destruir itens fundamentais de garantia da qualidade de vida das pessoas”, avaliou Telles do Valle.

Ianuculá Rodarte defendeu ainda a necessidade de os povos indígenas do Xingu dominarem a tecnologia de reprodução de alevinos para poderem repor os peixes que é a garantia de sua sobrevivência. “Não quero ver um Kuarup onde em lugar do peixe no jirau esteja a carne”.
ISA, Inês Zanchetta.

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Vale do Ribeira formará comitê regional para prevenir e denunciar tráfico de seres humanos

19/10/2008 - Pobreza, exclusão social e busca por melhor qualidade de vida acabam fazendo do Vale do Ribeira a região do Estado de São Paulo mais suscetível ao tráfico de seres humanos e à exploração sexual. O tema foi debatido em seminário realizado no dia 14 de outubro e um termo de compromisso foi assinado por diversas instituições, que deverão compor um comitê de combate a esse crime.

Postos de combustíveis, hotéis e locais de pequeno comércio localizados na BR-116 uma das mais movimentadas e mal fiscalizadas estradas federais de São Paulo, são os principais pontos de exploração sexual do Vale Ribeira, facilitando também o tráfico de seres humanos (TSH). Crianças, adolescentes e mulheres, geralmente afrodescendentes, de baixa renda, de baixa escolaridade e provenientes de regiões pobres do Brasil estão na mira das quadrilhas.

Para traçar caminhos de combate e prevenção ao crime que movimenta cerca de US$ 2 bilhões anualmente em todo o mundo e só perde para o tráfico de armamentos e drogas, o ISA e o Pré-comitê Regional de Combate ao Tráfico de Seres Humanos com apoio da Ajuda da Igreja da Noruega/Operação Dia do Trabalho realizaram um seminário em Registro, no dia 14 de outubro.

Estiveram presentes 239 pessoas de quinze municípios do Vale do Ribeira (Eldorado, Registro, Jacupiranga, Cajati, Pariquera-Açu, Barra do Turvo, Itaóca, Iporanga, Apiaí, Iguape, Ilha Comprida, Cananéia, Juquiá, Miracatu e Sete Barras), representantes dos conselhos tutelares municipais, diretores de saúde e educação, médicos, advogados, professores da rede estadual municipal e escolas particulares da região, representantes de organizações locais (ONGs e outros movimentos sociais), comunidades quilombolas, representantes de igrejas e jovens estudantes quilombolas, além de 12 representantes da Ajuda da Igreja da Noruega (AIN).

Na parte da manhã, os palestrantes apresentaram a questão do TSH no contexto nacional, destacando-se a apresentação da representante da Secretaria da Justiça e da Cidadania do Estado de São Paulo, Dr. Anália Ribeiro. Ela apresentou o quadro do tráfico no estado, as ações que estão sendo feitas para a formação de comitês regionais. Explicou que o Comitê Paulista de Enfrentamento ao Tráfico está assessorando o governo do Estado de São Paulo na formulação de um decreto determinando uma política mais eficaz do estado em relação ao problema.

A delegada da Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa, da Polícia Federal, Dra. Márcia Luiza Mendonça Ruiz, lembrou que, o Comitê Paulista é composto por 32 instituições que contribuem e estão comprometidas com o enfrentamento do TSH e que, é perfeitamente possível ao Comitê Regional do Vale do Ribeira ser o órgão apoiador do estado na prevenção e denúncia do tráfico.

Dificuldades em identificar os exploradores

O juiz federal, Dr. Paulo Sergio Domingues apresentou em sua palestra o perfil daqueles que exploram o tráfico e destacou a dificuldade de identificá-los. “Não estou falando de aliciadores que vivem em fazendas com chicote para os trabalhadores, mas de alguém que vive no ar condicionado e tem boas condições sociais”. Destacou ainda que só existe material humano para ser traficado porque há desigualdade social. Tanto o juiz quanto a delegada da PF mencionaram a mesma dificuldade enfrentada pela repressão policial e legal deste crime. É que as vítimas não se enxergam como vítimas, muitas vezes estão nesta situação em busca de um prato de comida, um emprego e atrás de uma promessa de melhora de vida, e são pessoas extremamente excluídas da sociedade.

No debate, os participantes puderam esclarecer suas dúvidas sobre o tema e foram relatados indícios e casos de tráfico no Vale do Ribeira, observados pelos profissionais de saúde que atuam na região.

Na parte da tarde, Priscila Siqueira do SMM (Serviço da Mulher Marginalizada) informou que no II Congresso Internacional de Enfrentamento ao Tráfico de Seres Humanos ouviu a Rainha da Suécia dizer que na história da humanidade nunca houve tanta escravidão como hoje. Priscila referiu-se ao tráfico de pessoas como um crime organizado comparado com a cadeia de produção de um produto de bom valor no mercado. As causas da vulnerabilidade ao tráfico são socioeconômicas e culturais, como a falta de oportunidade de trabalho, famílias desagregadas, e o inconsciente coletivo de nossa sociedade atual que torna a mulher mais suscetível à exploração sexual. Enfatizou ainda a necessidade do apoio e mobilização da sociedade civil para que sejam formuladas políticas públicas de enfrentamento e combate ao TSH, bem como o amparo às vítimas que deve ser responsabilidade do Estado.

De acordo com o Inspetor Cardoso da Polícia Rodoviária Federal foi possível, durante a Operação Força-Tarefa, mapear e diagnosticar pontos de vulnerabilidade à exploração sexual ao longo da BR-116. Em 2007 47 crianças com características de exploração sexual foram retiradas da área pelo patrulhamento.

Os profissionais da educação que atuam no Vale do Ribeira enfatizaram as dificuldades encontradas nas salas de aula devido à distração das crianças, dificuldade de aprendizado por falta de auto-estima, e sofrimento por problemas familiares decorrentes de problemas socioeconômicos que as deixam vulneráveis ao tráfico, havendo a necessidade de apoio de psicólogos e médicos que possam identificar a violência sexual nas escolas.

No encerramento, um termo de compromisso foi entregue às instituições que formarão o Comitê Regional de enfrentamento ao tráfico de seres humanos no Vale do Ribeira. Todas as pessoas e instituições que assinaram o termo serão convocadas a compor o Comitê. Inicialmente a Secretaria Executiva do Comitê será sediada na Diretoria de Ensino de Registro e a primeira convocação dos interessados em colaborar com a causa e enfrentar o crime será em 28 de novembro.
ISA, Silvani Alves, Raquel Passinato e Renata Barroso.

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Criar fundos de financiamento e reduzir a burocracia ajuda a conservar os recursos naturais

20/10/2008 - Essas foram as principais considerações da mesa-redonda que debateu os diferentes usos do Cerrado e da Floresta no dia 17 de outubro, sexta-feira, durante o II Encontro Nascentes do Xingu e I Feira de Iniciativas Socioambientais, em Canarana (MT).

Formada pelos pesquisadores Luciano Mattos, da Embrapa Meio Ambiente, Leonel Pereira, do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pelo agricultor de Canarana Édemo Corrêa, dono do Sítio Recanto Água Limpa, a mesa-redonda “Os Diferentes Usos Econômicos do Cerrado e da Floresta” levantou questões como a criação de fundos para financiamento de práticas sustentáveis e pagamento por serviços ambientais. Os palestrantes lembraram ainda a necessidade de desburocratizar os mecanismos legais de conservação dos recursos naturais, como o manejo florestal.

Luciano Mattos mostrou ao público algumas definições de serviços ambientais e como eles podem ser aplicados em favor dos agricultores familiares, povos indígenas e grandes produtores rurais. Mattos explicou que existem os serviços de provisão (produzidos pelos ecossistemas, como a água e os alimentos), regulação (regula processos ecossistêmicos, como a qualidade do ar, a purificação da água e a qualidade do clima), suporte (necessários para produzir outros serviços, como a produção de oxigênio, a polinização e a reciclagem de nutrientes) e os chamados serviços culturais que geram benefícios não materiais, como a diversidade cultural e as formas de conhecimento tradicional.

O pesquisador da Embrapa ainda fez uma comparação entre a economia ambiental - muito propalada hoje na sociedade e que leva em conta somente mecanismos de mercado - e a economia ecológica que incita a criação de novos instrumentos econômicos. Na primeira, o meio ambiente é pensado somente depois que ocorrem os impactos, enquanto na segunda ele é pensando antes da degradação.

Ele explicou também que ponto de vista da economia ecológica, a transição para sistemas agroecológicos deve acontecer através da redução e racionalização do uso de insumos químicos, da substituição de insumos e do redesenho dos sistemas produtivos e do manejo da biodiversidade. Renovação das políticas agrárias, seguro agrícola, inovações na legislação ambiental, formulação de políticas públicas com enfoque agroecológico, novas políticas de crédito e extensão rural configuram algumas das responsabilidades do setor público nessa mudança de paradigma. Ele sugeriu a criação de um Fundo de Serviços Ambientais, que seja baseado no controle social e “ecotaxas” sobre a exploração de combustíveis fósseis, minerais, recursos hídricos e solos (por exemplo, Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, empresas químicas e de papel e celulose).

A importância do Cerrado

Já Leonel Pereira destacou em sua palestra a importância da conservação do Cerrado, visto que mais de 40% desse bioma já foi desmatado. Com relação à política ambiental brasileira, Pereira afirmou que alguns conceitos e instrumentos de conservação ainda são pouco compreendidos e utilizados, como Reserva Legal e manejo florestal. Para ele, as Unidades de Conservação de usos sustentável carecem de planos de manejo de investimentos, e o acesso aos recursos genéticos e à biodiversidade ainda está muito burocratizado e com exigências de difícil cumprimento. “Assim fica mais fácil desmatar do que manejar. Facilidades do ilegal levam à desvalorização do ilegal”, disse Pereira.

A necessidade do pagamento por serviços ambientais (PSAs)também foi ressaltada como um caminho importante para a conservação dos recursos naturais dos biomas brasileiros. Leonel Pereira revelou a criação do Fundo Novo Refloresta que está sendo desenvolvido com apoio do BNDES. É dividido em seis modalidades que visam valorizar a floresta em pé através da destinação de recursos para manejo florestal, reflorestamento, conservação e recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais, fomento da cultura florestal (produção, distribuição e plantio de mudas) e a instalação de plantas de produção de carvão florestal vinculadas ao plano de suprimento industrial.

O homem do pequi

Édemo Corrêa concluiu as apresentações mostrando a sua experiência no cultivo do pequi – árvore que é símbolo do Cerrado. Em 1995, ele iniciou a plantação e hoje possui 5 mil pés de 20 variedades diferentes. O diferencial do seu sítio, o Recanto Água Limpa, é que o gado é criado à sombra das árvores.

O agricultor salientou as vantagens desse cultivo, que possui baixo custo de implantação e manutenção e boa adaptação às diversas condições de clima, solo e umidade presentes na região Centro-Oeste.

No debate que finalizou a mesa-redonda, representações indígenas pediram que os caminhos que levam aos financiamentos de iniciativas comunitárias sejam menos burocráticos. “Quando o dinheiro chega, ele já está bem pequeno. Por que não se melhora isso?”, indagou Pablo Kamaiurá.
ISA, Sara Nanni.

 
 

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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