23/10/2008
- Carlos Américo - O diretor do Departamento
de Zoneamento Territorial do Ministério do
Meio Ambiente, Roberto Vizentin, propôs uma
parceria entre os oito países amazônicos
para a elaboração do Zoneamento Ecológico-Econômico
na fronteira, durante reunião da Estratégia
Internacional para Redução de Desastre
(EIRD) das Américas, realizada nos dias 20
e 21 de outubro, no Panamá.
O objetivo da proposta é
ampliar o diálogo entre os países
para avançar na consolidação
do ZEE na área. O tema gestão de risco
foi abordado como uma das principais preocupações
na faixa de fronteira. A idéia é que,
com o apoio da Organização dos Estados
Americanos, possa redefinir objetivos e metas de
forma integrada e coordenada por todos os países
e assim poder aproveitar os trabalhos do ZEE já
realizados de forma bilateral com a Colômbia,
Venezuela, Peru e Bolívia.
A proposta está em fase
de elaboração pelo Ministério
do Meio Ambiente, acompanhado pela Agência
Brasileira de Cooperação. Os oito
países que abrigam porções
da Amazônia são: Brasil, Peru, Colômbia,
Venezuela, Bolívia, Equador, Guiana e Suriname.
A EIRD é um mecanismo da
Organização das Nações
Unidas para apoiar criação de plataformas
nacionais de estratégias de redução
de desastres. O Brasil não possui essa plataforma,
entretanto, toda a estratégia para redução
de desastre está dentro do processo do Zoneamento
Ecológico-Econômico. O Brasil participou
do evento a convite da Agência de Cooperação
Técnica Alemã (GTZ).
A EIRD assumiu, na reunião,
o compromisso de apoiar, institucionalizar e integrar
a iniciativa brasileira na estratégia internacional,
além de instalar no Brasil uma ou mais oficinas
da EIRD, para melhorar o conhecimento científico
brasileiro sobre redução de desastres.
Durante o evento também foi discutida a possibilidade
de a EIRD organizar um evento paralelo durante a
próxima reunião da Conferência
das Partes da Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas, que ocorre em Bali, em dezembro.
Em abril de 2009, representantes
da EIRD vêm ao Brasil para acompanhar a experiência
brasileira com o tema. Antes, será realizada
uma videoconferência durante reunião
da Rede Brasileira para Gestão de Risco,
para detalhamento sobre o que o Brasil tem feito
na área de riscos.
A iniciativa brasileira de criar
estratégias na intenção de
reduzir esses desastres foi do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais e do Instituto Nacional
de Pesquisas na Amazônia. Hoje, mais de 40
organizações estão envolvidas
com o tema no Brasil.
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Secretária do MMA destaca
biodiversidade como tema central na sociedade
20/10/2008 - O grande desafio
da biodiversidade é ser tratada como tema
central na sociedade e na economia. A busca da transversalidade
é, portanto, a síntese do exposto
pela secretária de Biodiversidade e Florestas
do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, e pelo
diretor de Departamento de Conservação
da Biodiversidade, Bráulio Dias, na abertura
nesta segunda-feira (20) do workshop de Lançamento
do Projeto Nacional de Ações Integradas
Público-Privadas para Biodiversidade (Probio
II).
Com ações previstas
para os próximos seis anos, o Probio II tem
como objetivos promover ações de conservação
e uso sustentável da biodiversidade nas principais
estratégias de planejamento e práticas
dos setores público e privado em nível
nacional, além de consolidar e fortalecer
a capacidade institucional para produzir e disseminar
informações e conceitos relevantes
sobre a biodiversidade.
Para tanto, contará com
o apoio de parceiros como Embrapa, Fiocruz, Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade,
Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Ministério da Ciência e Tecnologia,
Ministério da Saúde, Fundo Brasileiro
para a Biodiversidade - Funbio, Banco Mundial e
Caixa Econômica Federal para impulsionar a
transversalidade do tema biodiversidade nos diversos
setores produtivos brasileiros.
Durante a abertura foram apresentados
resultados do Probio I, como o monitoramento de
ecossistemas (recifes de corais e remanescentes
dos biomas brasileiros) e a definição
de áreas prioritárias para conservação,
uso sustentável e repartição
de benefícios, que subsidiam outras políticas
públicas como o licenciamento ambiental e
a criação de áreas protegidas.
Também foram apresentados outros resultados
como o apoio a inventários sobre a biodiversidade
e a sistematização do conhecimento
acerca da biodiversidade, que até então
encontrava-se principalmente em inglês.
O encontro continua nesta terça-feira
(21) na 505 Norte e na quarta-feira (22) no Cenaflor
- Edifício sede do Ibama, em Brasília,
com apresentações dos parceiros e
suas ações previstas para o Projeto.
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Oficina apresenta experiências
positivas em corredores ecológicos
21/10/2008 - O Ministério
do Meio Ambiente promove a partir desta quarta-feira
(22) a oficina sobre Implementação
de Corredores Ecológicos. O evento, organizado
pelo Projeto Corredores Ecológicos (PCE)
do MMA, será aberto pelo ministro do Meio
Ambiente, Carlos Minc, às 14h, no Airam Brasília
Hotel, no setor Hoteleiro Norte, Q. 5, Bloco A.
Também participarão da solenidade
a secretária de Biodiversidade e Florestas
do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, os secretários
de Meio Ambiente dos Estados do Amazonas, Bahia
e Espírito Santo, além de doadores
e sociedade civil.
Nos três dias do encontro,
de 22 a 24 de outubro, técnicos discutirão
experiências positivas em 19 apresentações
sobre a gestão de corredores e oficinas abertas
ao debate sobre questões como reconhecimento
legal de Corredores Ecológicos e próximos
passos do Projeto.
Será lançada também,
durante o evento, a Série Corredores Ecológicos
- Experiências em Implementação
de Corredores Ecológicos, que traz neste
segundo volume dez artigos que reforçam a
importância desta experiência piloto
como instrumento de planejamento para a Política
Nacional de Áreas Protegidas do Brasil.
O Projeto Corredores Ecológicos
- que teve início em 2002 no âmbito
do Programa Piloto para a Proteção
das Florestas Tropicais no Brasil - lida com a dinâmica
da fragmentação e promove a formação
e a conservação de grandes corredores
de conservação da biodiversidade,
formados por unidades de conservação,
terras indígenas e áreas de interstício.
Dos sete grandes corredores identificados,
representando aproximadamente 25% das florestas
tropicais úmidas do Brasil, foram priorizados
dois como experiências-piloto - Corredor Central
da Amazônia, com 52 milhões de hectares,
e Corredor Central da Mata Atlântica, com
21,5 milhões de hectares.
Os critérios de seleção
variavam desde a integridade da paisagem natural,
abundância e riqueza de espécies, grau
de ameaça dos grupos de organismos mais conhecidos,
até a diversidade de ecossistemas e comunidades
de espécies e potencial de conectividade
entre comunidades terrestres e aquáticas.
O Projeto Corredores Ecológicos
diferencia-se por uma abordagem abrangente, descentralizada
e participativa, permitindo que governo e sociedade
civil compartilhem a responsabilidade pela conservação
da biodiversidade, podendo planejar, juntos, a utilização
dos recursos naturais e do solo.