Panorama
 
 
 

OPERAÇÃO DO IBAMA INIBE PESCA PREDATÓRIA DA LAGOSTA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2008

17/10/2008 - Carlos Américo - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou, nesta sexta-feira (17), da operação Lagosta Legal, realizada pelo Ibama no litoral norte do estado do Rio Grande do Norte, que resultou na apreensão de 70 quilos de lagostas, de cinco barcos e detenção de 26 pescadores. O objetivo da fiscalização, que continuará até o final do ano, é acabar com a pesca ilegal da lagosta praticada na região.

As multas para pesca ilegal de lagosta variam de R$ 300 a R$ 100 mil, e mais R$ 20 para cada quilo de lagosta apreendido. A operação Lagosta Legal, iniciada no dia 7 de outubro, acontece simultaneamente na Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Oito embarcações do Ibama estão no litoral do Nordeste flagrando pescadores ilegais. Mais de uma tonelada de lagosta e cerca de 14 km de rede caçoeira foram apreendidos na primeira semana da operação.

O foco da fiscalização é apreender lagostas juvenis (com calda inferior a 13 cm - para espécie vermelha - e 11cm do tipo cabo verde) capturadas por rede caçoeira ou por compressor de ar. A rede caçoeira causa sérios estragos ao ambiente marinho e o compressor do ar prejudica a saúde do pescador. A prática da pesca ilegal da lagosta destrói corais e causa a morte de tartarugas-marinhas.

O ministro Carlos Minc ressaltou a importância de uma parceria com empresários para que eles só comprem lagostas que estejam com o tamanho permitido pelo Ibama. Junto com o pacto com os empresários, Minc aposta na conscientização do consumidor para ajudar a fiscalizar e não comer lagostas ilegais.

"Tem que conscientizar. Então, vamos fazer um pacto com o setor empresarial da lagosta no sentido de incentivar outras práticas, monitorar os barcos com chip e conscientizar o consumidor a só aceitar a lagosta no tamanho permitido. O consumidor tem um papel muito importante", disse Minc, alertando o consumidor para o consumo consciente para reverter esse quadro.

O Nordeste é responsável por cerca de 90% da produção e exportação de lagosta no Brasil, terceiro maior exportador do mundo. A pesca ilegal da lagosta influenciou na redução da produção do crustáceo no Brasil pela metade, em 12 anos.

Investir no pescador é outra forma eficiente para reduzir a prática predatória. Para Minc, é preciso qualificar os pescadores, além de apoiar a aqüicultura e a piscicultura como alternativa para que a quantidade de lagosta no litoral brasileiro, que é sobreexplotada, volte a crescer. "É importante conversar com os pescadores. A gente quer dá mais apoio aos pescadores, garantir terras, qualificação, fábrica de gelo, escolinha para os filhos. O pescador é quem põe o peixe fresquinho na mesa da gente", destacou.

Minc também falou que há recurso para investir nos pescadores para que eles saiam da captura predatória e comece a fazer a captura legal. "Temos que financiar alternativas de capturas não predatórias, senão a degradação vai prevalecer, e a gente não quer isso. Nós queremos criar meio para as pessoas pescarem e sobreviverem com dignidade. Reprimir o que está errado e subsidiar e fornecer para quem está certo" enfatizou.

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PNMC será debatido no Rio de Janeiro no dia 27

23/10/2008 - O Ministério do Meio Ambiente promoverá na próxima segunda-feira (27), às 9h30, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o último debate público para divulgar a consulta ao Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). O evento contará com a participação do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Suzana Kahn.

O primeiro debate foi realizado no dia 21 na Universidade de Brasília (UnB), que reuniu cerca de 80 pessoas. A iniciativa tem como objetivo chamar a comunidade acadêmica, o setor privado, a classe política e a sociedade civil a contribuir na elaboração do plano, que está em consulta, debatendo seus objetivos e apresentando sugestões para incrementar o Plano.

O PNMC é fruto do trabalho do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (formado por sete ministérios e pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas) e também recebeu contribuições da Conferência Nacional do Meio Ambiente, que este ano teve as mudanças do clima como tema.
Entre os objetivos do plano estão a previsão de o País chegar a 2015 plantando mais árvores do que cortando, o aumento de 1% para 20% na co-geração de energia e o crescimento de 11% ao ano na participação do etanol na matriz energética brasileira.

Desde 29 de setembro, o PNMC já recebeu diversas sugestões, com destaque para transporte e mobilidade urbana, resíduos sólidos e energia. O texto ficará em consulta pública pela internet até o dia 31 de outubro no site www.mma.gv.br.

Após a consulta pública, o Grupo Executivo do Comitê Interministerial sobre Mudanças do Clima se reunirá para avaliar e incorporar as sugestões recebidas. A expectativa é de que o PNMC fique pronto antes da Conferência do Clima da ONU, marcada para dezembro, na Polônia


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Auditoria do Ibama confirma multas de assentamentos do Incra na Amazônia
MMA propõe medidas para reforma agrária sustentável

21/10/2008 - O Ministério do Meio Ambiente confirmou hoje (21/10), após minuciosa revisão feita pelo Departamento de Proteção Ambiental do Ibama, que foram mantidas as multas por prática de desmatamento que levaram sete assentamentos do Incra no Mato Grosso a figurar na lista dos cem maiores desmatadores da Amazônia.

A auditoria realizada nos processos de sete assentamentos no Mato Grosso, realizada a pedido do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, concluiu que as coordenadas utilizadas para delimitar as áreas onde ocorreram os danos ambientais estão corretas e correspondem aos assentamentos.

As coordenadas foram questionadas pelo Incra, bem como a área total desmatada. A revisão solicitada pelo MMA constatou que houve sim pequenos erros nas medições em determinados assentamentos, para mais e para menos, mas que não reduziram a área total desmatada nem o valor das multas.

A maior parte das autuações efetuadas pelo Ibama nas áreas dos assentamentos - 59% - corresponde a desmatamentos posteriores a 2002, sendo que 41% ocorreram entre 1997 e 2002. Mas segundo a auditoria do Ibama, mesmo no caso dos desmatamentos mais antigos, as multas aplicadas são procedentes, já que havia uma ordem para que as áreas em questão, onde não havia reserva legal demarcada, fossem mantidas desocupadas para permitir a regeneração da floresta; o que não ocorreu.
Reforma agrária ecológica

A revisão dos processos foi solicitada pelo ministro Minc após a divulgação da lista dos cem maiores desmatadores da Amazônia. Com a confirmação dos dados, o MMA já iniciou entendimentos com a direção do Incra para promover a cobrança dos danos ambientais com a doação de terras que o instituto possui nas região, para a criação de grandes corredores florestais de reservas que contribuam para a proteção do Bioma Amazônia.

"Estão sendo escolhidas terras do Incra, de interesse para proteção de unidades de conservação do Instituto Chico Mendes, para que possamos criar corredores florestais contínuos de áreas preservadas. Essas terras serão avaliadas para que as doações correspondam aos valores das multas", explicou Carlos Minc.

Os presidentes do Ibama e do Incra, Roberto Messias e Rolf Hackbart, já estão elaborando programa e cronograma conjuntos para a recuperação das áreas degradadas dentro dos assentamentos e implantar alternativas sustentáveis para os pequenos agricultores já assentados na Amazônia, com o fortalecimento de um modelo para os futuros projetos de reforma agrária, que resgate e amplie os projetos do Incra PAF (Projeto Agroflorestal) e PAE (Projeto Agroecológico).

"Há consenso de que é preciso um modelo de reforma agrária em que, por exemplo, a reserva legal seja demarcada previamente para todo o assentamento, sob a forma de corredor florestal, e não por cada assentado individualmente. E que os assentados tenham prévia qualificação para manejo florestal e uso de óleos, frutos e fibras da floresta, sem destruir as florestas", afirmou o ministro.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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