Panorama
 
 
 

OPERAÇÃO QUEBRA PEDRA COMBATE EXTRAÇÃO ILEGAL DE QUARTZITO NA SERRA DA CANASTRA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2008

Carla Lisboa - Brasília (17/10/2008) - Fiscais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Ibama realizam, juntamente com a Polícia Federal e a Polícia Militar Ambiental, a Operação Quebra Pedra de fiscalização para coibir a extração de quartzito no Parque Nacional Serra da Canastra, em Minas Gerais.

A fiscalização, que começou no dia 6 com 30 agentes, já apreendeu três caminhões e vários equipamentos de beneficiamento da pedra, embargou atividades ilegais de mineração dentro do parque e lavrou 15 autos de infração em virtude de queimadas e desmatamento irregulares cujas multas já somam cerca de R$ 700 mil. O chefe do parque, Joaquim Maia Neto, disse que não há ainda uma previsão para o encerramento da operação.

O quartzito é uma rocha de arenito usada em larga escala pela construção civil, sobretudo, em piscinas e em calçamentos, e sua extração é feita com a explosão, por dinamite, das pedreiras, o que provoca profundos danos ambientais, como, por exemplo, a implosão de serras inteiras formadas por esse tipo de rocha, as quais levam de 100 a 150 anos para se recuperar.

O chefe do parque estima que há cerca de 300 garimpeiros exercendo ilegalmente a atividade de extração do quartzito em uma área da Serra da Canastra que está em processo de regularização fundiária. Além das rochas, eles destroem, com as explosões, uma das regiões do País que mais apresentam animais em risco de extinção, tais como o lobo-guará, o urubu-rei, a onça parda, a jaguatirica, o tatu-canastra, bem como várias nascentes de grandes rios nacionais, como as do Rio São Francisco e as do Rio Paraná.

Um dos rios mais conhecidos que nascem no chapadão e formam a bacia do Paraná, é o Araguari, também chamado de Rio das Velhas em sua parte inicial O parque ocupa uma área de 200 mil hectares (ha), dos quais 71.525 ha estão regularizados e demarcados e 128.475 ha estão em fase de regularização fundiária.

Com a Operação Quebra Pedra, a equipe de fiscalização pretende paralisar a extração ilegal do quartzito e sua comercialização, bem como a exploração de gado, as plantações de café e o turismo irregular desenvolvido no local.
Ascom/ICMBio

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Operação desmonta 4 mineradoras que devastaram 40 hectares de mata na Serra da Canastra

Carla Lisboa - Brasília (22/10/2008) – Encerrada nesta semana, a Operação Quebra Pedra, promovida pelos fiscais do Instituto Chico Mendes no Parque Nacional (Parna) Serra da Canastra, em Minas Gerais, constatou a devastação de cerca de 40 hectares da vegetação do parque por mineradoras que atuam ilegalmente na extração de quartzito, um tipo de rocha utilizada em larga escala pela construção civil. A destruição é provocada, principalmente, pela explosão de dinamites. Além disso, os fiscais fecharam quatro mineradoras cujos proprietários foram flagrados praticando vários crimes ambientais.

De acordo com o laudo dos fiscais, as quatro empresas autuadas tiveram suas atividades embargadas por terem descumprido o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Os 30 agentes que atuaram na operação identificaram extração de quartzito em áreas proibidas pelo TAC e flagraram mineradoras “esquentando” pedras de origem ilegal. “Elas recebem a pedra de forma clandestina e retirada de áreas proibidas e emitem nota fiscal como se as pedras tivessem sido extraídas da natureza de forma lícita”, explica o chefe do Parna, Joaquim Maia Neto.

Segundo informações do chefe do Parna, dos nove TACs assinados, cinco foram suspensos por causa do descumprimento do acordo. Das cinco empresas que tiveram os TACs suspensos, apenas uma vai permanecer atuando por estar protegida por um liminar judicial. Os proprietários das mineradoras também arrendaram a terceiros áreas proibidas para exploração do quartzito.

DEMOLIÇÃO – Durante a operação, realizada em conjunto com o Ibama, a Polícia Federal e a Polícia Militar Ambiental de Minas Gerais, os agentes tiveram de demolir vários barracões, que serviam de abrigo aos garimpeiros, e depósitos de ferramentas e de pedras. Apreenderam ainda caminhões e obstruíram várias estradas construídas para dar passagem aos veículos que transportavam o produto. Eles também lavraram 15 autos de infração por causa de queimadas e desmatamentos e aplicaram mais de R$ 700 mil em multas.

Os fiscais descobriram a devastação de 40 hectares de mata dentro da unidade, provocada pelas explosões para extração do quartzito e pela construção de estradas e acampamentos para os garimpeiros. E constataram a poluição e o assoreamento dos rios por causa do depósito dos rejeitos advindos da atividade mineradora jogados nos cursos d'água.

No Parna Serra da Canastra, há, atualmente, duas mil propriedades que exploram, dentre outras atividades econômicas, a extração do quartzito, criação de gado bovino, plantação de café e turismo todas de forma irregular.

O Parna Serra da Canastra foi criado em 1972 com uma superfície de 200 mil hectares – o que só foi confirmado em 2001. Atualmente, apenas 71.525 hectares estão regularizados. Com isso, várias empresas e proprietários obtiveram terrenos numa área de 128.475 ha da unidade, a qual está em fase de regularização fundiária. Desde então, o governo busca regularizar a situação de todo o parque.

ACIDENTE – Na tarde da terça-feira (20), durante uma ação de fiscalização realizada na rodovia MG-050, nas proximidades da cidade de São João Batista da Glória, duas viaturas, uma da Polícia Federal e outra do ICMBio, foram atingidas por um caminhão da prefeitura de Bom Jesus da Penha com carregamento de calcário.

O acidente ocorreu por volta das 15h30, quando uma das equipes da Operação Quebra Pedra, formada por dois agentes da Polícia Federal e quatro fiscais do Instituto Chico Mendes, abordavam e conferiam um caminhão de pedras oriundo do Parna Serra da Canastra. Desgovernado, o caminhão da prefeitura de Bom Jesus da Penha atravessou o acostamento e se chocou contra duas viaturas, provocando a destruição não só dos veículos das duas instituições, mas também de um carro da TV Globo que acompanhava a operação.

De acordo com o chefe do Parna, ninguém ficou ferido, mas os três automóveis foram destruídos. Quanto ao caminhão de pedras que estava sendo fiscalizado na hora do acidente, segundo ele, estava dentro da legalidade.

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MMA recorrerá contra liminar em Fernando de Noronha

Brasília (17/10/2008) - Procuradores do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama vão recorrer da liminar do juiz Flávio Lima, da 10ª Vara Federal de Pernambuco, que suspendeu o prazo dado aos moradores para entrega de bovinos e caprinos que estão no Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha, unidade conservação de proteção integral pertencente à União. O prazo para entrega dos animais estava marcado para dia 18, sob pena de multa diária e apreensão.

Existe na área cerca de 180 bovinos e 340 caprinos. Em vez de apreender os animais, o Ministério do Meio Ambiente, o Ibama e a administração do parque firmaram acordo com 90% dos proprietários desses animais para ajudá-los na venda a agricultores do continente pelo preço real de mercado. A Marinha Brasileira iria transportar os animais para o continente sem custo para os moradores da ilha. O assessor especial do Ministério do Meio Ambiente, José Maurício Padrone, esclarece que cavalos e galinhas não serão retirados da ilha.

A liminar pode atrasar em oito meses a operação devido à falta de disponibilidade do barco cedido pela Marinha Brasileira, que tem agenda cheia em até junho de 2009. O MMA se empenhará para concluir o processo administrativo e poder retirar os animais que causam grande impacto.

A agropecuária é uma atividade permitida em Fernando de Noronha. Contudo, a presença de bovinos e de caprinos no Parque Nacional gera vários impactos ao meio ambiente como destruição de ninhos de tartaruga marinha, degradação de áreas verdes e sujeira nas praias.
Ascom/MMA

 
 

Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

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