Panorama
 
 
 

CLIMA MERECE MAIS DO QUE UM PLANO SEM INOVAÇÃO OU SENSO DE URGÊNCIA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Outubro de 2008

29 de Outubro de 2008 - O PNMC ignora propostas como o Desmatamento Zero, ferramenta essencial para eliminar a principal causa das emissões no Brasil, que é a derrubada da floresta amazônica.
São Paulo (SP), Brasil — Por isso enviamos ao Ministério do Meio Ambiente propostas para melhorar o Plano Nacional sobre Mudança do Clima do governo.

O Greenpeace encaminha nesta quarta-feira (29/10) ao Ministério do Meio Ambiente um documento com propostas a serem incorporadas ao Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), lançado pelo governo no dia 29 de setembro. As propostas do governo, na avaliação do Greenpeace, são fracas.

"Trata-se de uma colagem de ações já existentes, sem inovações ou senso de urgência. O PNMC ignora propostas como o Desmatamento Zero, ferramenta essencial para eliminar a principal causa das emissões no Brasil, e não reconhece os oceanos como o principal sumidouro de CO2", afirma o coordenador da campanha de clima do Greenpeace, Guarany Osório.

O plano também não considera a possibilidade de uma revolução energética com o uso de fontes renováveis e, assim, desperdiça a oportunidade de dar um salto tecnológico.

Além disso, o governo não apresenta posição inovadora para ser levada às negociações internacionais. Nesse sentido, o Greenpeace defende como proposta de negociação internacional o “Florestas pelo Clima”, mecanismo com potencial de arrecadar até € 14 bilhões por ano para reduzir rápida e drasticamente as emissões provenientes de desmatamento.

O Florestas pelo Clima permite que países desenvolvidos alcancem uma porcentagem do total de suas reduções de emissões obrigatórias com a compra de Unidades de Redução de Emissão de Desmatamento de Florestas Tropicais (TDERUs). O financiamento do mecanismo virá de uma contribuição mínima obrigatória dos países desenvolvidos. Em contrapartida, nações em desenvolvimento que concordarem em participar deste mecanismo, terão a obrigação de reduzir emissões permanentes.

Conheça aqui a íntegra das propostas do Greenpeace ao Plano Nacional sobre Mudança do Clima, do governo federal.

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Ciclo de palestras e filmes discutem meio ambiente na Vila Madalena

28 de Outubro de 2008 - São Paulo (SP), Brasil — Evento acontece toda quarta-feira no Cineclube Socioambiental Crisantempo. No dia 12 de novembro, debate será sobre Amazônia e as mudanças climáticas.

Vai de vento em popa o 1o. Ciclo de Filmes e Palestras que vem acontecendo todas as quartas-feiras no Cineclube Socioambiental Crisantempo, na Vila Madalena (rua Fidalga, 521 - Vila Madalena, São Paulo). Iniciado em 15 de outubro, o evento tem promovido o debate sobre questões sociais e ambientais com nomes de destaque do setor, sempre com a projeção de um filme ligado ao tema.

Nesta quarta-feira (29/10), o assunto é sustentabilidade, economia e política, com os debatedores convidados Ricardo Abramovay e Armando Barros. O filme programado é The Corporation (versão curta de 30 minutos), do diretor Mark Achbar.

Na quarta-feira, dia 12 de novembro, o debate será sobre a Amazônia e seu papel nas mudanças climáticas, com a presença da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O filme programado é SOS Amazônia, do Greenpeace (30 minutos).

Revolução Energética, a missão: gerar 50% da eletricidade mundial com renováveis27 de Outubro de 2008Imprimir Enviar Ativista do Greenpeace instala turbina eólica próximo a uma usina nuclear. Apesar de termos inúmeras opções mais baratas, limpas e seguras, ainda há países que insistem em gastar bilhões em reatores atômicos.
Aumentar a ImagemBerlim (Alemanha) e São Paulo (SP) — Segundo estudo lançado pelo Greenpeace, investimentos em fontes limpas podem resultar em indústria com faturamento de US$ 360 bi/ano.

Metade da eletricidade consumida no mundo poderia ser gerada por fontes renováveis, diz a segunda edição do estudo [R]evolução Energética: Perspectivas para uma Energia Global Sustentável (clique aqui para o sumário executivo do relatório em português, arquivo pdf), lançado nesta segunda-feira (27/10) na Alemanha.

Atualmente, apenas 13% da demanda mundial de energia primária é suprida pelas renováveis. De acordo com a pesquisa elaborada pelo Centro Aeroespacial da Alemanha, por encomenda do Greenpeace e da Comissão Européia de Energia Renovável (EREC, na sigla em inglês), investimentos agressivos em renováveis poderiam resultar em uma indústria com faturamento de US$ 360 bilhões anuais.

Dentro do cenário traçado, as termelétricas fósseis desapareceriam, o que geraria uma economia de US$ 18 trilhões na compra de combustíveis fósseis - valor mais que suficiente para financiar o aumento das renováveis na matriz energética mundial.

A adoção de fontes alternativas de energia é fundamental para combater as mudanças climáticas, que já estão alterando ecossistemas e provocando cerca de 150 mil mortes por ano. Um aquecimento global médio de 2°C ameaçará milhões de pessoas com o aumento de fome, malária, inundações e escassez de água. O principal gás responsável pelo efeito estufa é o dióxido de carbono (CO2), produzido pela queima de combustíveis fósseis para a geração de eletricidade e transporte.

O cenário [R]evolução Energética tem como meta para 2050 a redução de 50% das emissões mundiais de CO2, em relação aos níveis de 11000, a fim de manter o aumento da temperatura global abaixo de 2°C. A eficiência energética tem o papel principal na redução destas emissões. O estudo considera a adoção de padrões rígidos de eficiência, essenciais para a redução da demanda energética e também para a redução dos custos energéticos globais. Esta redução pode ser obtida em indústrias, residências e nos setores comercial e público.

Empregos – No contexto da atual instabilidade econômica, outro benefício do uso de renováveis é a geração de postos de trabalho, muito maior que nos mecanismos de geração a partir de fontes fósseis.

"O mercado global de energia renovável pode crescer a taxas de dois dígitos até 2050, e ultrapassar o tamanho da atual indústria de combustíveis fósseis. Hoje, o mercado de energia renovável movimenta US$ 70 bilhões e dobra de tamanho a cada três anos", avalia Oliver Schäfer, diretor de Política da EREC.

"A indústria de renováveis está pronta para responder à necessidade de fazer da revolução energética uma realidade. O que impede uma reestruturação do setor energético mundial é a falta de vontade política", completa Schafer.

"A proposta do cenário [R]evolução energética pode ser perfeitamente aplicada nacionalmente. O potencial de energias renováveis como eólica, solar e cogeração a biomassa é extremamente alto e a implantação destas energias vai reduzir a construção de mais termelétricas fósseis no futuro", diz Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de energias renováveis do Greenpeace no Brasil.

"A intensificação de programas de eficiência energética e a redução dos gastos com combustíveis fósseis serão tão positivos para o meio ambiente quanto para a nossa economia, haja visto o aumento das tarifas de eletricidade por conta da operação excessiva das termelétricas neste ano", diz Baitelo.

O cenário traçado pelo estudo assegura que países desenvolvidos economizem a maior parte da energia e assegurem que países em desenvolvimento como Brasil, China e Índia tenham acesso à energia que necessitam para seu crescimento.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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